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Manchete dos Jornais desta quarta-feira, 11 de Março de 2015

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Marcha marcada para domingo começa a ser levada a sério

O panelaço virou notícia não apenas porque a imprensa critica (como é sua função) o governo federal. Virou notícia porque foi surpresa, e foi aviso. A marcha marcada para domingo (15) começa a ser levada a sério. Há divisão entre pobre e rico? Claro que há; estatisticamente, os mais pobres votam no PT. Mas é absurdo achar que sejam ricos todos os eleitores de Aécio…

O Globo

Manchete : Governo cede, negocia com PMDB e faz acordo sobre IR

Levy se reúne com Renan e aceita reajuste escalonado
Na Câmara, manutenção de regra do mínimo é aprovada

Para evitar nova derrota, o governo cedeu à pressão do Congresso e concordou com proposta de reajuste escalonado da tabela do Imposto de Renda. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se reuniu com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB e que estão em atrito com o Planalto por causa da Lava Jato. O acordo prevê a correção da tabela do IR com reajustes que variam de 4,5% a 6,5%. Com isso, nova MP será editada hoje, quando o governo deveria ser derrotado na votação do veto da presidente Dilma à correção de 6,5% para toda s as faixas. Na Câmara, o projeto que mantém a atual regra de correção do salário mínimo foi aprovado. (Págs. 3 e 4)

Na CPI, Barusco expõe divisão de propina com PT

Em depoimento à CPI, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco detalhou com naturalidade o esquema de corrupção, reafirmou que o PT recebeu propina de até US$ 200 milhões e contou que US$ 300 mil da holandesa SBM foram repassados à campanha da presidente Dilma em 2010. O PT negou. Barusco disse que dividia o dinheiro da corrupção, na sua área, com o ex-diretor Renato Duque, indicado pelo PT, e o tesoureiro do partido, João Vaccari. E reafirmou que começou a receber propina em 97-98, no governo FH, mas de forma “individual”, frisando que o esquema só começou a funcionar de forma “institucionalizada” em 2003-2004, no governo Lula. (Pág. 5)

Toffoli presidirá julgamentos da Lava-Jato no STF

Solução interna resolveu o impasse causado pela demora da presidente Dilma a indicar o 11º integrante do STF. Um ministro da Primeira Turma irá para a Segunda, que concentrará a maior parte da Lava-Jato. Toffoli se ofereceu para a vaga e vai presidir o colegiado. (Pág. 7)

Foto-legenda : Vaias após panelaço

A presidente Dilma foi recebida com vaias e gritos de “fora!” ao visitar o Salão da Construção, em SP. Em discurso, a presidente admitiu momento difícil na economia. O governo pediu à CUT para suspender manifestação de sexta. (Pág. 8)

Empreiteira suspende obras em rodovia

A Galvão Engenharia parou as obras da BR-153, entre Goiás e Tocantins, um dos seis trechos leiloados em 2014, informa Danilo Fariello. Citada na Lava-Jato, a empresa não obteve crédito inicial do BNDES. Outras construtoras que participaram do leilão receberam empréstimo inicial do BNDES, mas ainda negociam o crédito de longo prazo para os projetos. (Pág. 17)

Conta de luz da Ampla subirá 35%

A tarifa das residências atendidas pela Ampla subirá 34,95% no domingo. Para a indústria, a alta será de até 56,15%. A Ampla tem 2,5 milhões de clientes em Niterói e no interior do Estado. (Pág. 18)

Conselho da Petrobras mudará

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, foi convidado para o Conselho de Administração da Petrobras e deverá assumir a presidência do órgão, no lugar do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. (Pág. 19)

Maduro pede mais poder a Congresso

O presidente venezuelano promoveu a ministro um dos punidos pelos EUA e evocou a “ameaça imperialista” para pedir carta branca para governar por decreto. (Pág. 23)

Ilimar Franco

A pedra no caminho

O ministro Aloizio Mercadante está na linha de tiro do PT e do PMDB. Ele é apontado como o grande responsável pelos erros do Planalto. O maior deles foi ter bancado que derrotaria o principal aliado do governo na eleição para a presidência da Câmara. Esse embate semeou a desconfiança que explodiu com a lista Janot. A presidente Dilma, que ontem esteve com Lula, foi aconselhada a mudar a Casa Civil e reorganizar o Palácio. (Pág. 2)

Merval Pereira

Popularidade de Dilma no chão

As vaias de ontem no 21º Salão Internacional da Construção, no pavilhão do Anhembi, em São Paulo, e o panelaço de domingo são exemplares do sentimento generalizado de rejeição ao governo Dilma que pesquisas de posse do Palácio do Planalto mostram com exatidão. (Pág. 4)

Míriam Leitão

Anatomia do crime

O país veio sendo informado aos poucos. Mesmo assim, ouvir o depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco na CPI chocou pela naturalidade com que certos fatos aconteciam. A cobrança de propina passou a ser institucionalizada, endêmica, sistêmica a partir do começo do governo Lula. Para explicar melhor, ele disse: “esse era o modus operandi a partir de 2003.” (Pág. 18)

Editoriais

Levy alerta para a estagnação se não houver ajuste

As despesas têm crescido sempre à frente do PIB, e por isso falta prever cortes em gastos de custeio. Não faz sentido manter 39 ministérios e 22 mil ‘cargos de confiança’ (Pág. 14)

Delação premiada serve de aula de fisiologismo

Os operadores do esquema mostram o que acontece quando partidos políticos são responsáveis por nomeações para cargos que gerenciam grandes orçamentos (Pág. 14)

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Zero Hora

Manchete : A propina em detalhes

Por quase seis horas, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco falou à CPI que investiga a corrupção na estatal sobre funcionamento do esquema envolvendo empreiteiras e partidos

NA ERA FHC COMEÇO DO SUBORNO FOI EM 1997, COMO “INICIATIVA PESSOAL”
ELEIÇÃO 2010 DELATOR DISSE QUE REPASSOU US$ 300 MIL À CAMPANHA DE DILMA
EMPREITEIRAS NÃO HAVERIA EXTORSÃO DE EMPRESAS, MAS SIM “ACORDOS NORMAIS”
NA ERA LULA DESVIOS TERIAM OCORRIDO DE FORMA SISTEMÁTICA A PARTIR DE 2003

GOVERNO PEDE À CUT QUE CANCELE PROTESTO MARCADO PARA SEXTA
PLANALTO CEDE E TABELA DO IR TERÁ CORREÇÃO ESCALONADA

(Notícias | 6 a 10 e 19 a 21)

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Brasil Econômico

Manchete : Cidades produtoras de petróleo pedirão ajuda ao governo

Findo o período de fartura com os royalties, prefeituras do Norte Fluminense querem agora socorro para enfrentar uma perda de arrecadação estimada em até 60%, provocada pela queda das cotações internacionais e pela crise na Petrobras. Em fevereiro, a receita com a produção de petróleo despencou 27% em apenas um ano. (Págs. 6 e 7)

Barusco: antes propina era só minha

Ex-gerente de Tecnologia da Petrobras, Pedro Barusco negou conexão entre o dinheiro desviado antes de 2004 com o esquema de corrupção agora investigado. “Antes era coisa só minha. Depois ficou institucionalizado”, disse à CPI. (Págs. 4 e 5)

Dilma enfrenta São Paulo novamente

A presidenta ouviu vaias do público no Salão Internacional da Construção, onde mais uma vez afirmou que o país enfrenta o momento mais difícil dos últimos anos. Os empresários gostaram do discurso. (Pág. 3)

Cotação do dólar recua para R$ 3,10

A moeda chegou a ser negociada a R$ 3,17 e caiu sem novidades econômicas. Onde há “realização” não há crise, ou pelo menos não aquela que estava sendo alardeada, alerta Luiz Sérgio Guimarães. (Págs. 36 a 38)

Safra recorde vai minimizar tombo do PIB em 2015

Produção agrícola deve crescer 3,5%, mas a queda dos preços das commodities será obstáculo a uma expansão maior da receita.(Pág. 8)

Mosaico Político

Leonardo Fuhrmann

CUNHA: POR SI E PELOS ALIADOS

À sombra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o PP tenta se manter vivo no Parlamento. O partido foi o mais atingido pelos pedidos de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em razão das investigações da Operação Lava Jato. (Pág. 2)

O mercado como ele é…

Luiz Sérgio Guimarães

NA CRISE, NÃO SE “REALIZA”

Se alguém ainda precisava de uma prova de que a escalada recente do dólar não derivava de “pânico” causado por crise “institucional”, basta analisar o comportamento dos investidores ontem. Justamente num dia de alta da moeda americana do exterior, o mercado resolveu “realizar”. (Pág. 38)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Governo recua e amplia a faixa de isenção do IR

Após derrota no Congresso, Fazenda aceita correção maior na tabela do imposto

O governo Dilma recuou e fechou acordo com o Congresso sobre a correção na tabela do Imposto de Renda. A presidente quis evitar que seu veto ao reajuste fosse derrubado no Senado, e representasse nova derrota—a medida que taxava empresas foi devolvida ao Executivo. A presidente defendia correção linear de 4,5%, e o Congresso, de 6,5% (por isso o veto). O Planalto resistia à mudança por não querer reduzir sua arrecadação. Pelo acordo, o ajuste da tabela do IR será escalonado, com correção de 6,5% para os salários mais baixos. Dessa forma, a faixa de isenção foi ampliada de R$ 1.787,77 para R$ 1.903,98. Já a fatia de renda mais alta, que paga alíquota de 27,5% do imposto, passará de R$ 4.463,81 para R$ 4.664,68. A mudança começa a valer em abril e será publicada no “Diário Oficial” de hoje. A correção da tabela é mais um capítulo da disputa política entre base aliada e governo, que tenta aprovar seu ajuste fiscal. Mesmo com o recuo, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) disse que a União encontrará recursos para a correção sem deixar a meta fiscal de lado. (Mercado B4)

Petrobras arma força- tarefa, e balanço vai incluir propina

Para conseguir publicar até 31 de maio balanços auditados de 2014, a Petrobras armou força-tarefa para calcular o prejuízo com propinas a ex-funcionários e políticos. Já as perdas com sobrepreço em obras só serão incluídas após a investigação da Lava Jato. Se o prazo não for cumprido, credores poderão exigir a imediata quitação de dívidas. (Mercado B1)

Murilo Ferreira, da Vale, deve presidir o Conselho da Petrobras. (B1)

Presidente é hostilizada em SP e volta a pedir paciência

A presidente Dilma foi recebida no Salão Internacional da Construção Civil, em São Paulo, aos gritos de “fora, Dilma” e “fora, PT” de expositores e funcionários da feira. Ela visitou o local antes da abertura ao público. Depois, num discurso para convidados, a petista pediu paciência com as “incertezas econômicas”. (Poder a4)

Campanha tucana ilustra divulgação de ato anti-Dilma

Grupos que divulgam o ato de domingo (15) contra a presidente Dilma têm utilizado imagens da campanha presidencial do tucano Aécio Neves para ilustrar vídeos em redes sociais. O PSDB nega ter cedido material de propaganda. (Poder a6)

Ex-gerente da Petrobras confirma repasses para o PT

O ex-gerente Pedro Barusco disse na CPI da Petrobras que tinha reuniões em hotéis e trocava mensagens com o tesoureiro do PT, João Vaccari. Confirmou ter repassado US$ 300 mil para a campanha presidencial de 2010. Em nota, o PT negou. (Poder a7)

Rede pública de SP deixa 1 em cada 12 alunos sem kit escolar

Passado mais de um mês do início das aulas, 1 de cada 12 alunos das redes municipal e estadual de São Paulo não recebeu o kit com material escolar. O número corresponde a 7,8% dos quase 5 milhões de estudantes. A gestão Haddad (PT) diz que a situação em outros anos nas escolas paulistanas era pior. O governo Alckmin (PSDB) afirma que resolverá o problema até dia 20 nos colégios do Estado. (Cotidiano C1)

Marcelo Coelho

Marcha marcada para domingo começa a ser levada a sério

O panelaço virou notícia não apenas porque a imprensa critica (como é sua função) o governo federal. Virou notícia porque foi surpresa, e foi aviso. A marcha marcada para domingo (15) começa a ser levada a sério. Há divisão entre pobre e rico? Claro que há; estatisticamente, os mais pobres votam no PT. Mas é absurdo achar que sejam ricos todos os eleitores de Aécio. (Ilustrada e8)

Painel

Em reunião com senadores, Dilma ouviu conselhos de Collor para não se isolar numa crise política. (a4)

Editoriais

Leia “Doação como álibi”, acerca de origem de dinheiro para campanhas políticas, e “Novo ritmo chinês”, sobre modelo de crescimento do país.

EBC

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