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Manchete nos Jornais para esta Quarta-Feira 15 de Setembro de 2010

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José Dirceu diz que Lula é maior que o PT e que Dilma Rousseff, sim, levará o ‘acúmulo’ petista ao poder – Fazenda promete controle maior na Receita – Vereadora assume Câmara, mas juiz ainda segue prefeito – Atella cita mais 2 nomes para “solucionar” quebra – Só 29% das ações foram julgadas em 2009 – Governador do AP queria embolsar US$ 10 mi, diz PF…

Folha de S. Paulo

Caso Erenice põe governo na ofensiva e partidos batem boca

Em nota com o timbre da Presidência da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, classificou o tucano José Serra de “candidato aético e já derrotado” e relacionou as acusações contra ela e seu filho a uma “exploração político-eleitoral”.

O texto, assinado pela própria ministra, aponta uma “impressionante e indisfarçável campanha de difamação” contra ela e sua família, na “tentativa desesperada da criação de um “fato novo” que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado”.

Apesar da referência direta ao tucano, a nota não cita nominalmente Serra.

Auditoria liga irmão de Erenice a desvios

O irmão da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil, José Euricélio Alves de Carvalho é apontado por auditoria do governo como responsável pelo desvio de R$ 5,8 milhões da editora da UnB em contratos fantasmas, o que incluiu pagamentos a ele próprio e a Israel Guerra, filho da ministra que atua como lobista.

A folha de pagamentos suspeitos da editora traz pelo menos R$ 134 mil destinados a José Euricélio e a Israel Guerra entre os anos de 2005 e 2008, período em que Erenice ocupava a Secretaria Executiva da Casa Civil e era subordinada à então ministra Dilma Rousseff.

José Euricélio era da direção da editora da UnB e coordenador-executivo dos programas que, segundo relatório da CGU (Controladoria-Geral da União), tiveram R$ 5,8 milhões desviados para 529 pessoas. Essas pessoas receberam sem a comprovação de que o serviço foi feito.

Serra leva à TV fala em que Dirceu chama Dilma de “companheira de armas”

Ainda que de forma velada, o programa eleitoral de José Serra na TV fez ontem à noite, pela primeira vez na campanha, uma menção à participação de Dilma Rousseff (PT) em grupos da luta armada contra a ditadura.

A peça exibiu trecho de discurso em que o ex-ministro José Dirceu chama Dilma de “camarada de armas”.

O comando da campanha de Serra alega que a intenção foi associar Dilma aos escândalos da Casa Civil e diz que não vai explorar a atuação da adversária na guerrilha, apesar da pressão de aliados, especialmente do DEM.

PT divulga crítica de Dirceu à mídia e depois recua

O PT da Bahia divulgou uma nota sobre palestra dada pelo ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), na noite de segunda-feira, em Salvador, na qual o petista fala em “excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa”. Depois, o partido recuou do teor da nota.

O presidente do PT baiano, Jonas Paulo, atribuiu a frase a um “equívoco da assessoria de imprensa” e disse que o ministro recriminou o erro no texto.

Na nota, Dirceu criticou “articulistas da Globo”, sem citar nomes, e disse que o problema do Brasil é o “monopólio das grandes mídias, excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa”.

DEM diz que presidente segue “práticas nazistas”

Numa reação aos ataques do presidente Lula ao DEM, a cúpula do partido disse ontem que o petista tem como hábito “ingerir bebida alcoólica” antes de comícios e segue “práticas nazistas”.

O presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen, sugeriu que Lula bebeu antes de discursar em Joinville (SC) durante comício ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Na ocasião, o petista afirmou que é preciso “extirpar” o DEM da política brasileira.

“Aconselho Lula a não faltar com a verdade, a não inaugurar obras inacabadas e a não ingerir bebida alcoólica antes dos comícios.”

Outros dirigentes do DEM também censuraram Lula. O presidente nacional do partido, Rodrigo Maia, afirmou que o petista age de forma autoritária.

Governador do AP queria embolsar US$ 10 mi, diz PF

O governador do Amapá Pedro Paulo Dias (PP) pretendia ficar com pelo menos US$ 10 milhões que uma empresa doaria para sua campanha. A informação, obtida pela Polícia Federal em 2009, consta do inquérito da Operação Mãos Limpas.

Dias e mais 17 pessoas foram presas temporariamente na sexta suspeitas de vários crimes, entre eles corrupção.

O dinheiro que o governador Dias negociava viria do grupo Salim, da Indonésia, que tem a intenção de investir no Brasil, segundo a PF. Em novembro do ano passado, quando ainda era secretário de Saúde e vice-governador, Dias foi para o país asiático e de lá conversou com uma de suas assessoras, Lívia Gato de Mello. Ele revelou que a intenção era conseguir US$ 30 milhões para sua campanha deste ano.

Só 29% das ações foram julgadas em 2009

Apenas 29% dos processos que tramitavam na Justiça em 2009 foram julgados, revela levantamento estatístico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) sobre o Poder Judiciário divulgado ontem.

“O principal gargalo está no total de processos que não são finalizados na primeira instância. De cada 100 processos em tramitação, apenas 24 foram finalizados até o final do ano”, diz o relatório.

A pior situação encontra-se na primeira instância dos juizados especiais, que apresentou uma taxa de congestionamento de 90% -ou seja, de cada 100 processos, apenas 10 foram resolvidos.

Pivô do escândalo do mensalão, ex-deputado Janene morre aos 55

O ex-deputado José Janene (PP), 55, que estava internado desde 4 de agosto com uma cardiopatia grave, morreu de ontem no InCor (Instituto do Coração) de São Paulo. Ele aguardava por um transplante do coração.
Apontado como tesoureiro do PP no escândalo do mensalão, em 2005, o ex-deputado era réu no processo que apura o esquema. Ele era acusado de ter recebido R$ 4,1 milhões em nome do PP para votar em projeto do governo federal -sempre negou a acusação.

Para fugir à cassação de seu mandato, ele pediu aposentadoria por invalidez na Câmara.

Vereadora assume Câmara, mas juiz ainda segue prefeito

Apesar da posse da vereadora Délia Razuk (PMDB) como presidente da Câmara de Dourados, o juiz Eduardo Machado Rocha, prefeito interino da cidade, vai seguir no cargo até nova ordem.

“Estou cumprindo uma decisão judicial. Até que seja normalizada a situação do município, exercerei o cargo”, disse o juiz, que esteve em Brasília para, de acordo com ele, “viabilizar verbas para a saúde”.

A posse da vereadora ocorreu em uma tumultuada sessão na noite de anteontem, logo após a oficialização da renúncia à presidência do vereador Sidlei Alves (DEM), que continua preso sob suspeita de ser um dos articuladores de suposto esquema de propinas.

Atella cita mais 2 nomes para “solucionar” quebra

O advogado do contador Antonio Carlos Atella Ferreira entrega hoje à Polícia Federal de São Paulo um adendo a seu depoimento com o nome de duas pessoas que “podem ajudar a solucionar” o caso de quebra de sigilo fiscal de Veronica Serra, segundo o próprio defensor, Alexandre Trindade.
Os nomes são os do advogado Marcel Schinzari e do despachante Arão Queiroz.

Fazenda promete controle maior na Receita

Quase três meses após a abertura de sindicância na Corregedoria da Receita Federal para apurar os vazamentos de dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem uma série de medidas para aumentar a segurança dessas informações.

Em 12 de junho a Folha revelou que dados fiscais de EJ circularam entre o “grupo de inteligência” da campanha da candidata petista Dilma Rousseff. No dia 21 do mesmo mês foi aberta sindicância, que ainda não foi concluída.

Candidatos ao governo de SP debatem hoje

Em parceria com a RedeTV!, a Folha promove hoje, às 21h50, debate eleitoral com os candidatos ao governo do Estado de São Paulo Aloizio Mercadante (PT), Celso Russomanno (PP), Fábio Feldmann (PV), Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Bufalo (PSOL) e Paulo Skaf (PSB).

O debate será mediado por Kennedy Alencar, repórter especial da Folha e apresentador do programa “É Notícia”, da Rede TV!.

Os convites foram feitos com base na lei eleitoral, que prevê a participação de candidatos de partidos com representação na Câmara.

Alckmin pede votos para Tuma pela 1ª vez

Mesmo internado no hospital Sírio-Libanês, o senador Romeu Tuma (PTB) ganhou ontem o apoio do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, à sua campanha à reeleição.

Ele pediu voto para Tuma ontem pela primeira vez durante evento que reuniu dirigentes das associações comerciais do Estado, na Liberdade (centro de SP).

Desde a desistência de Orestes Quércia (PMDB) da campanha ao Senado para tratar um câncer, Alckmin pedia votos só para Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).

Marta cobra mais apoio de Mercadante

O crescimento de Netinho de Paula (PC do B) nas pesquisas de intenção de voto para o Senado deflagrou uma crise entre as campanhas dos dois maiores nomes do PT em São Paulo.

Pressionada pelo desempenho da campanha do cantor associado à saída de Orestes Quércia (PMDB) da corrida eleitoral, Marta Suplicy decidiu cobrar do PT -e de Aloizio Mercadante, candidato da sigla ao governo do Estado- mais apoio.

Desde o início da corrida, Netinho adotou a estratégia de colar sua campanha à de Mercadante, o que lhe rendeu apreço entre os petistas.

Em alta, Lindberg já tem dívida de R$ 1,5 milhão

Subindo nas pesquisas de intenção de voto, o candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro Lindberg Farias (PT) já contraiu R$ 1,5 milhão em dívidas de campanha, mesmo sendo o que mais arrecadou na disputa.

Na segunda prestação de contas parcial enviada ao Tribunal Superior Eleitoral, o ex-prefeito de Nova Iguaçu declarou ter gasto R$ 5,6 milhões em dois meses de campanha, contra uma arrecadação de R$ 4,1 milhões.

Ao mais que quintuplicar a arrecadação do primeiro mês, o petista saiu da terceira colocação do ranking de receita entre os postulantes ao Senado no Estado para a liderança. Tornou-se também o que mais gastou.

Em MG, Costa tenta resistir com ajuda petista

A coordenação da campanha de Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas batizou de “onda vermelha” o momento atual da campanha, em que o PT se articula para evitar a virada do governador Antonio Anastasia (PSDB).
O socorro vem com o presidente Lula, a candidata Dilma Rousseff e o apoio do grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, que vai articular as ações na região metropolitana de BH.

Ibope indica empate técnico entre Collor, Lessa e Teo Vilela na disputa ao governo

Os três principais candidatos ao governo de Alagoas estão empatados tecnicamente, segundo pesquisa Ibope divulgada ontem pela TV Gazeta de Alagoas.

Fernando Collor de Mello (PTB) oscilou um ponto percentual em relação à pesquisa anterior e lidera com 29% das intenções de voto.

Ronaldo Lessa (PDT), que liderava a disputa com 29% no levantamento divulgado em 24 de agosto, aparece agora com 28%.

PSDB dá descanso de imagem a Aécio para que Anastasia ganhe “identidade própria”

A coordenação da campanha do PSDB deu descanso a Aécio Neves no programa do tucano Antonio Anastasia para não desgastar a imagem do ex-governador e padrinho do candidato ao governo de Minas. A aparição na fase atual é bem mais reduzida.

Por outro lado, o principal rival de Anastasia, Hélio Costa (PMDB), intensificou a presença do presidente Lula em seu programa.
Se no primeiro programa de Anastasia a imagem de Aécio apareceu 14 vezes e ele falou 2min16s, no programa de anteontem foram cinco imagens exibidas e uma fala restrita a 18 segundos.

Correio Braziliense

Unidos nos ataques, não nas promessas

O petista Agnelo Queiroz, líder nas pesquisas de intenção de votos e com possibilidades de vencer as eleições no primeiro turno, foi bombardeado pelos adversários no debate promovido na noite de ontem pelos Diários Associados, com transmissão ao vivo pela TV Brasília e pelo CB On-line, além de inserções durante a programação das rádios Clube AM e FM.

O evento foi realizado na sede do Correio Braziliense. Os candidatos Joaquim Roriz (PSC), Eduardo Brandão (PV) e Toninho do PSol em alguns momentos se uniram para atacar o petista. Agnelo reagiu às críticas com três pedidos de direito de resposta, dois deles deferidos pelo ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Antônio Villas Boas Teixeira de Carvalho, que presidiu a comissão julgadora. Toninho também obteve um direito de resposta contra o petista.

O foco em Agnelo acabou por preservar Joaquim Roriz, que em encontros anteriores havia sido duramente atacado por seus adversários. No debate de ontem, o ex-governador teve que responder a apenas uma pergunta sobre o fato de ter sido considerado ficha suja pela Justiça Eleitoral. E voltou a afirmar que confia na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo estando sem registro de sua candidatura a apenas 18 dias do primeiro turno, marcado para 3 de outubro.

Proposta única: mais polícia

Os quatro candidatos ao Governo do Distrito Federal que participaram do debate promovido pelos Diários Associados concordam quanto ao rumo da segurança pública no Distrito Federal: não vai nada bem. Em mais um ponto de convergência, os postulantes à chefia do Poder Executivo acham que é preciso colocar a polícia nas ruas. Mas cada um dos concorrentes apresentou soluções próprias para retomar o sentimento de proteção entre os moradores da capital da República.

A pergunta formulada pelos Diários Associados, que inaugurou o encontro ocorrido na noite de ontem na sede do Correio Braziliense, provocou os candidatos sobre as medidas concretas que vão tomar durante os 100 primeiros dias de governo para combater a violência no Distrito Federal e deter o avanço do crack no coração da capital federal. Eduardo Brandão (PV) foi o primeiro a responder à indagação. Disse que investirá em políticas públicas, como o retorno da dupla de policiais Cosme e Damião. Além disso, Brandão afirmou que aplicará recursos no monitoramento inteligente das áreas de risco na cidade e prometeu equiparar os salários dos policiais militares aos dos policiais civis.

Em seguida, foi a vez de o petista Agnelo Queiroz, num prazo de um minuto e meio, declarar o que pretende fazer para corrigir os problemas da segurança pública no DF. Se eleito, ele vai reforçar a equipe da PM com a contratação de 4 mil policiais. Agnelo também reforçou que investirá não só no policiamento ostensivo mas na atenção à inteligência. Ao falar da expansão do crack na capital da República, o concorrente do PT considerou que esse é um problema que necessita ser enfrentado a partir da mobilização de toda a sociedade.

Pragmatismo partidário

Baiano de Itapetinga, ele é médico, mas sua projeção ocorreu em outra área, o esporte. Foi por causa da passagem pelo ministério do governo de Luiz Inácio Lula da Silva que Agnelo Queiroz deixou o patamar de candidato a deputado federal e deu um salto para as disputas majoritárias. Por três anos e meio, o petista se tornou uma espécie de popstar no métier dos atletas. Subiu em pódios ao lado de estrelas do futebol, atletismo, basquete e de tenistas famosos. Na sua trajetória, sempre deu atenção especial ao esporte. Ele é um dos autores da Lei Piva, que destina 2% dos recursos das loterias federais para os comitês olímpico e paraolímpico.

Em 2006, na crista da onda e logo depois de deixar a pasta, ele tentou concorrer ao Governo do Distrito Federal. Num partido minúsculo, em que esteve filiado por duas décadas, Agnelo não conseguiu reunir apoio suficiente para viabilizar o projeto. Concorreu ao Senado e, apesar de não ter sido eleito, surpreendeu. Obteve mais de meio milhão de votos, quantidade que representa 43% do eleitorado, índice bastante expressivo para um candidato de primeira viagem.

Abalado por ter chegado tão perto de uma cadeira no tapete azul do Congresso Nacional, Agnelo resolveu ser pragmático. Dois anos antes das eleições, o político mudou de partido. Trocou o PCdoB pelo PT de Lula. Deu certo. A vaga de candidato ao Buriti foi conquistada depois de um longo caminho de embates internos, em que teve de derrotar petistas históricos, como o deputado federal Geraldo Magela, que lutava pela indicação ao governo.

Troca de farpas entre ex-aliados

Os ataques dirigidos a Agnelo Queiroz (PT), líder nas pesquisas de intenção de votos para o governo do Distrito Federal, marcaram o terceiro bloco do debate. Na parte destinada às perguntas entre os candidatos, os concorrentes Joaquim Roriz (PSC) e Toninho do PSol bombardearam o petista. A estratégia gerou quatro pedidos de direito de resposta, dois deles concedidos para Agnelo e um para Toninho — esse último teve um solicitação negada.

A primeira farpa partiu de Roriz. Ele questionou Toninho sobre o uso de determinados termos durante os debates eleitorais. “O senhor vem afirmando que o candidato do PT está cercado de traidores. O senhor poderia explicar melhor?”, questionou Roriz. Toninho criticou a aliança do PT com o PMDB, mas alfinetou o ex-governador. “Eu acho que esses políticos que integram a coligação do Agnelo e outrora eram da sua base de sustentação têm de prestar contas à sociedade”.

Amado e odiado na capital

É impossível olhar para Joaquim Roriz com indiferença. Desperta dois sentimentos antagônicos, idolatria ou repúdio. Nos últimos 22 anos, o político de Luziânia (GO) governou quatro vezes o Distrito Federal. Ficou conhecido como um político populista e sempre discursou para os pobres, entre quem tem expressiva base eleitoral. Em suas gestões, construiu sete cidades e assentou milhares de famílias de outros estados em solo candango. Ganhou com a política a gratidão das pessoas mais humildes, mas a intolerância de setores críticos à expansão urbana sem controle.

Desprezado por parte das classes média e alta da capital do país, ele aprendeu a driblar as adversidades. Em 1994, saiu inteiro, porém abatido, da CPI do Orçamento, no Congresso Nacional. Foi investigado, à época, por movimentação financeira incompatível com a sua renda, além de negociação de emendas com os chamados “anões do orçamento”. A CPI descobriu pagamentos a sete deputados distritais da base governista, que teriam recebido dinheiro a mando do chefe do Executivo. O caso, no entanto, foi apenas mais um dos terremotos enfrentados por

DF maior e sem vans

O quarto bloco do debate foi aproveitado pelos candidatos ao Buriti para fazer propostas sobre temas polêmicos. Segundo o ex-governador Joaquim Roriz (PSC), é necessário aumentar a área do Distrito Federal para abrigar a população dos municípios da região do Entorno, trazendo para a capital da República os problemas das cidades de Goiás e de Minas Gerais. Por sua vez, Agnelo Queiroz (PT) afirmou que não permitirá o retorno das vans nas vias do DF.

A pergunta ao ex-governador foi feita pela jornalista Mônica Harada, repórter do site correiobraziliense.com.br. Ela lembrou-se das promessas de Roriz de criar novas cidades e aumentar o território da capital federal, apesar das graves deficiências nos serviços de saúde, segurança e educação. “Essa não é uma promessa eleitoreira, já que não existe dinheiro sequer para suprir a demanda desses serviços para os moradores de Brasília?”. Roriz buscou na história justificativa para a proposta.

Lula aparece apenas no fim

Alvo predileto dos adversários ao longo de toda a noite de ontem, o candidato Agnelo Queiroz (PT) saiu em sua própria defesa no quinto e último bloco do debate. O ex-ministro do Esporte rebateu acusações e atribuiu os ataques ao fato de liderar as pesquisas de intenção de votos. Como estratégia para esquivar-se, o petista defendeu de forma enfática a inédita aliança partidária formada para disputar o Governo do Distrito Federal (GDF).

Somente no fim Agnelo tentou pegar carona na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A cidade está passando por uma crise porque tem 14 anos de um projeto falido, mas que vai mudar. Reunimos 11 partidos políticos, que formam a base do presidente Lula, a mesma da nossa companheira Dilma (Rousseff)”, disse. De forma cifrada, o cabeça de chapa da coligação Um Novo Caminho ainda ironizou o comportamento dos demais durante o embate na televisão. “A troca de amabilidades entre eles para me atacar é pouco honesta. É feio posar de esquerda, mas ser força auxiliar para a direita”, completou.

Em campanha solo

Pela militância no partido que ajudou a fundar, Antônio Carlos de Andrade ficou conhecido como Toninho do PT. Mas o candidato ao Governo do Distrito Federal pelo PSol hoje se coloca como adversário da legenda que o alçou à vida pública. Em meio aos escândalos do mensalão petista no âmbito federal, Toninho tornou-se um crítico dos então companheiros, abandonou a sigla e lançou-se com outros colegas à experiência de montar uma agremiação. Pouco tempo depois, virou o Toninho do PSol.

Tão logo o partido foi estruturado, um ano antes das eleições de 2006, ele enfrentou o teste das urnas concorrendo ao GDF. Conseguiu 55.898 votos, menos de 4% da preferência do eleitorado da capital. Quatro anos mais tarde, Toninho ressurge com um discurso semelhante ao do pleito passado, pautado na ética e na moralidade, plataformas que atualizou com uma pitada de intolerância aos grupos com quem disputa o poder. Justamente para marcar o perfil de oposição aos diversos concorrentes, o PSol optou pela campanha solo. O partido não se coligou com nenhuma outra legenda.

O Globo

Virgílio pode não voltar ao Senado

Um dos principais críticos do governo Lula no Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto, corre o risco de perder o mandato.

Pesquisa do Ibope — realizada de forma estimulada, citando o nome dos candidatos — divulgada segunda-feira pela TV Amazonas, afiliada da Rede Globo, mostrou que, na disputa por uma das duas vagas do Senado, Virgílio está com 34% das intenções de votos, contra 39% da deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) e 80% do ex-governador Eduardo Braga (PMDB).

Foram ouvidas 812 pessoas em 21 municípios, de 10 a 12 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 2558/2010.

José Dirceu diz que Lula é maior que o PT e que Dilma Rousseff, sim, levará o ‘acúmulo’ petista ao poder

Em encontro com petroleiros petistas na Bahia, segunda-feira à noite, o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu disse que a eventual eleição da petista Dilma Rousseff para o Planalto será mais importante que a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois ele “é duas vezes maior que o PT”, enquanto ela representaria a chegada do projeto partidário petista ao poder. Sem perceber a presença da imprensa, ele também criticou a mídia e defendeu o fortalecimento do partido.

– A eleição da Dilma é mais importante do que a do Lula, porque é a eleição do projeto político, porque a Dilma nos representa. A Dilma não era uma liderança que tinha uma grande expressão popular, eleitoral, uma raiz histórica no país, como o Lula foi criando, como outros tiveram, o Brizola, o Arraes e tantos outros. Então, ela é a expressão do projeto político, da liderança do Lula e do nosso acúmulo desses 30 anos. Se queremos aprofundar as mudanças, temos que cuidar do partido e temos que cuidar dos movimentos sociais, da organização popular – discursou Dirceu, que teve de deixar o cargo de ministro da Casa Civil, em 2005, em meio ao escândalo do mensalão do PT.

Ele argumentou que Lula é “duas vezes maior que o PT” e que a legenda tem a missão de se transformar na preferida de “um terço” dos brasileiros. Citou partidos da coligação em torno de Dilma.

FH diz que Lula virou chefe de uma facção

Em entrevista ao site da Rede Mobiliza, que reúne voluntários do PSDB de todo o país, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua interferência no processo eleitoral.

Eu vejo um presidente que virou militante, virou chefe de uma facção – definiu FH – Acho isso errado. Extrapola o limite do estado de direito democrático.

O ex-presidente condenou a influência de dirigentes do PT dentro das estatais. Congresso em Foco

Equipe Fenatracoop

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