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Maioria dos eleitores é contra voto obrigatório – Nunca tantos brasileiros foram contra o voto obrigatório. A pesquisa Datafolha concluída na quinta mostra que 61% dos eleitores rejeitam essa imposição, regra prevista no artigo 14 da Constituição. Hoje o voto é facultativo só para analfabetos, pessoas com mais de 70 anos e os que têm 16 ou 17 anos…

Oligarquias abrem espaço para nova geração – Com discurso de mudança e renovação, as eleições para governador terão candidatos que levam para a disputa um rosto novo, mas um sobrenome que é velho conhecido dos eleitores do país.São filhos de ministros, governadores, deputados e senadores que se preparam para concorrer pela primeira vez a uma vaga de governador.Se eleitos, vão garantir a continuidade ou a volta ao poder de uma tradicional força política em seus Estados…

Linchamento – Internet e impunidade, ingredientes para a barbárie –Fabiane morreu dois dias depois de ser espancada, jogada em uma vala e arrastada por uma bicicleta. O linchamento da dona de casa é pelo menos a 20ª situação de justiça feita com as próprias mãos em 2014.

CORREIO BRAZILIENSE

Agnelo e Rollemberg iniciam duelo eleitoral

Aliados nas eleições passadas, PT e PSB agora estão em trincheiras diferentes, mas escolheram o mesmo dia para confirmar os nomes de seus pré-candidatos ao Palácio do Buriti: Agnelo Queiroz, na disputa à reeleição, e o senador Rodrigo Rollemberg. O governador do Distrito Federal levanta a bandeira da continuidade e seu futuro adversário nas urnas fala em mudanças.

O PT fez seu encontro regional entre a noite de sexta-feira e ontem na Legião da Boa Vontade (LBV), na Asa Sul. Mais de mil pessoas participaram da definição dos nomes dos candidatos petistas, entre militantes, delegados do partido, além de representantes de siglas da base de apoio. Agnelo Queiroz foi aclamado como candidato à reeleição, sem prévias ou concorrentes internos. O presidente nacional do partido, Ruy Falcão, presente no encontro, demonstrou o apoio nacional para o projeto no Distrito Federal. A presença do governador no auditório, junto com o vice Tadeu Filippelli (PMDB), no final da manhã, provocou muito barulho da militância, com palavras de ordem e bandeiraço, típicos de campanha.(…)

Já o PSB, num encontro junto com a Rede Sustentabilidade — partido idealizado pela ex-senadora Marina Silva — apresentou oficialmente Rollemberg como pré-candidato ao Palácio do Buriti e as diretrizes do programa de governo. O evento foi realizado na Associação Médica de Brasília (AMBr) e contou com a presença de mais de 500 pessoas, entre militantes do PSB, Rede e PDT.

Se Agnelo defendeu sua administração, falando de avanços, o discurso que prevaleceu do outro lado foi o de críticas ao governo. “O Distrito Federal foi tragado pelos problemas. Isso está ocorrendo em todas as áreas. Vivemos um apagão de gestão. Quando rompi com esse grupo, em 2012, passei a ser pressionado para ser candidato. Assumi essa missão. Queremos ser uma alternativa e tentar fazer algo diferente”, disse Rollemberg, dando o tom que deve prevalecer na campanha.

A Copa do atraso no país do jeitinho

A pouco mais de um mês do início da festa da qual descobriu que seria anfitrião há sete anos, o Brasil chega às vésperas da Copa do Mundo com a nítida sensação de que tudo o que preparou está aquém do que poderia ser feito. A maioria das obras de mobilidade urbana não ficou pronta, os aeroportos estão repletos de operários correndo contra o tempo e há estádios que nem sequer foram inaugurados. Além disso, o país vê o crescimento da onda de violência nas cidades sedes, o que gera temor nas autoridades brasileiras e estrangeiras.

Principal porta de entrada do país para a legião de autoridades estrangeiras, delegações e turistas que assistirão aos jogos, os aeroportos do país continuam devendo no quesito infraestrutura. “À exceção de Brasília, que conseguiu finalizar os trabalhos dentro do cronograma estabelecido, os demais aeroportos passaram por soluções emergenciais”, afirma Gilson Garófalo, especialista no setor de transporte aéreo e professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

Mobilidade urbana, o calo do governo

Embora tenha abandonado o mote de “Copa das Copas”, o governo corre contra o tempo para conseguir fazer um Mundial que dê orgulho para os brasileiros. Será realmente preciso pisar no acelerador: a 32 dias do evento, 62% das obras de mobilidade urbana ainda estão em execução. Já na área de segurança, uma das principais preocupações do Planalto, praticamente todas as cidades sedes passaram por treinamento simulando situações reais. Os dois últimos ocorrerão na próxima quarta-feira (Curitiba) e em 18 de maio (São Paulo).

De acordo com o Ministério das Cidades, foram investidos R$ 93 bilhões, desde 2007, para obras de mobilidade urbana, mas menos de 40% das obras já foram entregues. “O Pacto da Mobilidade Urbana, lançado em 2013, destinou mais R$ 50 bilhões, o que totaliza R$ 143 bilhões de investimentos no setor”, afirma o órgão. A pasta alega que a Copa alavancou os investimentos em mobilidade urbana no país e desencadeou novos e vultosos recursos para o setor no âmbito do PAC. “Todas as obras de mobilidade urbana selecionadas para o PAC são consideradas um legado do evento para a população local e das regiões metropolitanas. Nesse contexto, estão sendo construídos 338,9km de infraestrutura viária e para o transporte, dos quais 50km para sistemas sobre trilhos, 239,9km para sistemas sobre pneus e 49km de vias urbanas”, lista.

Do gabinete para a campanha

Deputados federais ensaiam repetir em 2014 a prática de substituir os secretários parlamentares por cabos eleitorais lotados nos estados, às custas do erário. Desde janeiro, foram 1,3 mil assessores demitidos na Câmara, 489 só em abril

A dois meses do início oficial da campanha eleitoral, deputados federais intensificam a exoneração de assessores parlamentares no Congresso já pensando nas eleições de outubro. O movimento de substituir os profissionais por funcionários lotados nos estados — que acabam atuando como cabos eleitorais — ocorre a cada disputa. De janeiro a abril deste ano, 1,3 mil comissionados deixaram seus postos na Casa. São, em média, 326 servidores por mês que, por alguma razão, deixaram o emprego no Legislativo no primeiro quadrimestre do ano. Em abril, o ritmo ainda se intensificou, com quase 500 exonerações.

A movimentação de exonerações na Câmara dos Deputados às vésperas da eleição ocorre, principalmente, porque o servidor contratado para trabalhar fora do Distrito Federal não precisa comprovar frequência, pontualidade e produtividade. Quem se responsabiliza pela constatação de que o nomeado está trabalhando é o chefe de gabinete, mas a vista grossa é prática recorrente.

Famosos esquentam disputa

Fotos posadas, jantares, encontros nada casuais. Embora ainda discretos, celebridades já começam a anunciar suas preferências políticas para ocupar a Presidência da República a partir do ano que vem. Pelas redes sociais, programas de televisão, entrevistas e até encontros partidários, famosos revelam afinidades com as linhas ideológicas dos principais presidenciáveis, atiçando a largada do jogo eleitoral.

Oficialmente, a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) — principais candidatos ao Planalto — só podem fazer campanha a partir de junho, três meses antes das eleições. A data imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral não impede, porém, que os apoiadores antecipem seus favoritos nas urnas.

Pela segunda vez em quatro anos, o apresentador Luciano Huck se organiza para oferecer um jantar em sua casa em apoio ao senador Aécio Neves (PSDB). Sem alardes, o global analisa com o presidenciável qual a melhor data para o evento: se antes ou depois da Copa do Mundo, que vai de 12 de junho a 15 de julho. Por causa do Mundial, as campanhas começarão tardias este ano.

As festividades programadas por Huck tendem a seguir os mesmos ritos da praticada em 15 de abril de 2010, quando o famoso levou cerca de 40 celebridades e políticos para o condomínio dele, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá, em tom descontraído, convidados tiveram a oportunidade de conversar com Aécio, que, à época, concorria à cadeira no Senado.

Linchamento – Internet e impunidade, ingredientes para a barbárie

O caso da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, linchada por moradores de um bairro de periferia em Guarujá (SP), no último dia 3, após ser confundida com uma sequestradora, reacendeu o debate sobre justiçamentos e os impactos negativos que têm a propagação de boatos pela internet. Na avaliação de especialistas ouvidos pelo Correio, não se pode atribuir o espancamento a que a mulher foi submetida somente à crença da população de que ela seria uma criminosa. A informação, no entanto, serviu como combustível para a agressão e levou uma pessoa à morte. Fabiane morreu dois dias depois de ser espancada, jogada em uma vala e arrastada por uma bicicleta. O linchamento da dona de casa é pelo menos a 20ª situação de justiça feita com as próprias mãos em 2014.

Minha casa, meu carrão

Uma das principais apostas do governo para garantir votos à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o Minha Casa, Minha Vida tem dificuldades para cumprir seu objetivo principal: permitir o acesso à casa própria, mediante juros baixos e subsídios, de famílias com renda bruta mensal de até R$ 5 mil. Muitas dessas famílias estão perdendo espaço para pessoas que se cadastram apresentando ganhos inferiores aos que têm na realidade. Brechas nas regras e falta de acompanhamento dos gestores responsáveis permitem fraudes como essa desde o lançamento do programa, em 2009, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É o caso do professor de educação física Ricardo Vilela, 38 anos, e da mulher, a advogada Lívia Vilela, 32, contemplados com uma casa no Condomínio Jardins das Acácias, no bairro Jardins Mangueiral, em São Sebastião. A renda do casal é de R$ 12 mil, mas apenas um se inscreveu no Minha Casa, fornecendo a renda individual. “Demoramos três anos para sermos contemplados”, conta Ricardo Vilela.

O GLOBO

Refinaria no Maranhão gasta R$ 1,6 bi e não sai do papel

Dilma já fez 53% mais viagens do que no mesmo período de 2013

A dois meses do início da campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff intensificou as viagens pelo país e já visitou mais da metade dos estados nestes primeiros cinco meses do ano. Em Minas Gerais, base eleitoral de seu principal adversário, o tucano Aécio Neves, a presidente esteve cinco vezes. Ela também foi seis vezes a São Paulo, a última na semana passada, quando visitou a Arena Corinthians, estádio que abrirá a Copa do Mundo. Antes mesmo de fechar maio, a presidente já fez 53% mais viagens este ano do que nos primeiros cinco meses de 2013.

— O último ano é sempre o que tem muito mais viagem. Tudo o que você previu durante o governo inteiro você está entregando, e a legislação eleitoral proíbe tudo quanto é inauguração e entrega de programa nos três meses que antecedem as eleições. Além disso, temos a Copa. Então antecipamos ainda mais as entregas. Isso explica por que este ano é tão mais concentrado do que os outros — justifica Thomas Traumann, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência.

Pela legislação eleitoral, a partir de 5 de julho, os candidatos — à reeleição ou não — não podem mais participar de inauguração de obras públicas. Quem descumprir a regra está sujeito à cassação do registro da candidatura ou do diploma, após ser eleito.

Sem incluir os compromissos da próxima semana, foram 29 viagens a 16 estados este ano. No mesmo período de 2011, foram 12; em 2012, 17; em 2013, 19. O número deve subir a 32 viagens até o fim da semana. Isso porque nesta segunda-feira Dilma voltará a Minas para assinatura de ordens de serviço da duplicação de trechos da BR-381, em Ipatinga, e irá ao Nordeste terça e sexta-feira, vistoriar as obras de transposição do Rio São Francisco, entregar unidades do Minha Casa Minha Vida e participar de formaturas do Pronatec.

Queda nas pesquisas incentiva traição entre aliados de Dilma

Presidente não deve ter os quatro maiores partidos da base na campanha

A divulgação da última pesquisa Datafolha, que mostra uma tendência consistente de queda na avaliação e intenção de votos da presidente Dilma Rousseff , foi um incentivo a mais para empurrar para fora do barco governista setores expressivos da base aliada que já estavam de olho no crescimento dos adversários Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE). Uma parte dos quatro maiores partidos aliados — PMDB, PP, PSD e PR — não acompanhará Dilma este ano. No PMDB, mesmo com o vice Michel Temer, as defecções no apoio a Dilma já atingem Rio, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre e Roraima. Também há problemas no Paraná, no Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo.

Na avaliação de aliados de diversos partidos, até as convenções de julho que decidirão pela manutenção ou não das alianças nacionais com o PT, o nível de traição crescerá caso a presidente continue caindo nas pesquisas de intenção de votos. Aécio vem sendo o maior beneficiário das dissidências entre os partidos dilmistas. No PMDB, estão com ele até o momento os diretórios de Bahia, Rio e Acre; ele pode ainda herdar dissidências no Ceará e no Paraná. Campos, que tinha muitos interlocutores no partido, perdeu terreno com a chegada de Marina Silva, mas ainda deve levar o apoio do PMDB gaúcho e pernambucano, e tem conversas com o diretório do Mato Grosso do Sul.

Casamento de Picciani reúne caciques do PMDB e de aliados

A nata da política fluminense se reuniu no Espaço Lamartine, no Itanhangá, zona oeste do Rio de Janeiro, para o casamento do presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, e a jornalista e funcionária do TCE Hortência da Silva Oliveira. O casamento, que estava marcado para às 20h30m, começou às 21h15m. Logo depois que a noiva chegou, às 21h, chegaram atrasados o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), e o ex-governador Sérgio Cabral. Os dois chegaram juntos, mas disseram ter sido uma coincidência.

Os convidados começaram a chegar por volta das 20h, entre eles o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o pré-candidato do PSC à presidência Pastor Everaldo Dias Pereira e o prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB-RJ). Também estão presentes o presidente da Câmara dos Vereadores do Rio, Jorge Felippe (PMDB-RJ), e o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB-RJ). O senador Aécio Neves, pré-candidato à presidência do PSDB, não compareceu à cerimônia, mas chegou após o começo da festa. Picciani tem sido um defensor do apoio do PMDB do Rio à candidatura de Aécio no estado, apesar de Cabral e Pezão terem se comprometido com a presidente Dilma.

O ESTADO DE S.PAULO

Fundos de pensão têm déficit de R$ 22 bi e negociam ajuda

Petros ‘engorda’ resultados

Pelo eleitor lulista, Campos se distancia de Aécio

PT age contra rebelião

Argentina e Venezuela patinam

Copa: polícia prepara cartilha sobre segurança

França descobre caixa 2 no futebol

Zero Hora

Manchete – Índio quer terra. Branco Também

A radicalização dos conflitos entre indígenas e agricultores no interior do Estado. (Notícias 11 a 14)

Injustiça com as próprias mãos

O que a seqüência recente de linchamentos diz sobre o Brasil.
Caderno Proa

Imagina na África do Sul

O legado do Mundial de 2010
(Esporte 42 a 44)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Maioria dos eleitores é contra voto obrigatório

Datafolha mostra que 61% se opõem à regra, no mais alto percentual em 20 anos

Pesquisa Datafolha concluída na última quinta mostra que 61% dos eleitores são contra o voto obrigatório, previsto no artigo 14 da Constituição. O percentual é o mais alto ao menos, desde 1994, quando o instituto fez a pergunta pela primeira vez.

O levantamento mostrou ainda outro recorde: se pudessem optar, 57% dos brasileiros não compareceriam às urnas em 5 de outubro. (Págs. 1 e Poder, A4)

Vera Guimarães Martins: É preciso deixar de andar a reboque da agenda dos partidos

A política monopolizou três das quatro manchetes do feriado, e a pauta ficou a reboque do cronograma dos partidos. A Folha precisa repensar a cobertura eleitoral. A principal meta a ser perseguida é fugir do blá-blá-blá estéril das campanhas. (Págs. 1 e Poder, A6)

Debate: Copa e protestos

Abílio Diniz

Atrairemos mais recursos realizando um Mundial ordeiro.

Guilherme Boulos

Evento elevou preço de imóveis e aluguel mordeu nossa renda. (Págs. 1 e Opinião, A3)

Foto-legenda: Ainda em obras

Corintianos contornam passarela inacabada, a caminho de amistoso no Itaquerão; a 32 dias da Copa, operários trabalham para terminar estádio e entorno. (Págs. 1 e Esporte, D2)

Editoriais

Leia “Explodir ou bombar”, a respeito de declarações de Dilma Rousseff, e “Declínio proibicionista”, sobre limites de atuais políticas para drogas. (Págs. 1 e Opinião, A2)

Irmã e mãe de mulher linchada temiam ‘bruxa’ seqüestradora

A mãe e a irmã mais nova de Fabiane Maria de Jesus, que morreu espancada após boatos sobre uma seqüestradora de crianças na periferia de Guarujá, viviam angustiadas com a história da “bruxa” que supostamente fazia rituais macabros. “Se ela chegasse na minha irmã, tomava as crianças dela”, diz Leidiane, 31. PG 1 e Cotidiano C6

Sangrentas páginas policialescas ganham espaço no Facebook

Maioria dos eleitores é contra voto obrigatório

Nunca tantos brasileiros foram contra o voto obrigatório. A pesquisa Datafolha concluída na quinta mostra que 61% dos eleitores rejeitam essa imposição, regra prevista no artigo 14 da Constituição. Hoje o voto é facultativo só para analfabetos, pessoas com mais de 70 anos e os que têm 16 ou 17 anos.

O levantamento mostrou mais. Se tivessem opção, 57% dos eleitores não votariam no próximo dia 5 de outubro, outro recorde.

A pergunta sobre comparecimento é feita desde 1989. Nas investigações anteriores, o total dos que não votariam se não houvesse obrigatoriedade nunca superou 50%.

Para o cientista político Humberto Dantas, professor do Insper, em São Paulo, esses resultados podem ser expressão de um aumento de descrédito nas instituições. “Há uma tendência de descrença que não ocorre só no Brasil”, diz ele. “Na Europa isso é muito forte, especialmente após a crise de 2009.”

Dilma esvazia órgão criado para empresários

Parada desde o final do ano passado, a Câmara de Gestão e Competitividade da Presidência da República virou motivo de frustração para seus membros, quatro empresários escolhidos pela presidente Dilma Rousseff.

Apesar de afirmarem que a câmara desenvolveu trabalhos relevantes em gestão, seus integrantes dizem que ela atingiu apenas 10% do seu potencial e não avançou no campo da competitividade.

Em conversa com interlocutores, um dos quatro empresários da Câmara –Jorge Gerdau, Abilio Diniz, Antônio Maciel e Phillipe Reichstul– considerou que foram delegadas à câmara questões burocráticas e de processos internos do governo, mas quase nada nas áreas de competitividade e macroeconômica.

Aécio busca maior exposição na TV com anúncios regionais

Pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) negociou sua aparição nos programas eleitorais regionais do partido em diversos Estados para explorar ao máximo a exposição de sua imagem antes do início oficial da campanha eleitoral.

Aliados do tucano avaliam que sua aparição no programa nacional exibido pelo partido em abril –quando Aécio protagonizou dez minutos de televisão– foi decisiva para que ele crescesse os quatro pontos percentuais registrados na última pesquisa do Datafolha, que o mostrou indo de 16% para 20%.

Ele só não terá espaço nos anúncios do PSDB de São Paulo. Segundo o presidente estadual da sigla, deputado Duarte Nogueira, como o partido perdeu parte do tempo de propaganda por decisão da Justiça Eleitoral, Aécio deixou os dirigentes à vontade para dedicar o espaço que restou ao governador Geraldo Alckmin, que concorre à reeleição.

Nesta semana, Aécio aparecerá na propaganda do PSDB na Bahia e no Ceará. No Amazonas, os anúncios do partido foram exibidos em março, e Aécio aproveitou várias inserções. Os tucanos levaram ao ar imagens dele ao lado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB-AM).

Oligarquias abrem espaço para nova geração

Com discurso de mudança e renovação, as eleições para governador terão candidatos que levam para a disputa um rosto novo, mas um sobrenome que é velho conhecido dos eleitores do país.

São filhos de ministros, governadores, deputados e senadores que se preparam para concorrer pela primeira vez a uma vaga de governador.

Se eleitos, vão garantir a continuidade ou a volta ao poder de uma tradicional força política em seus Estados.

“A democracia se faz com alternância, com renovação, com arejamento, com oxigenação. Por mais que algumas forças recalcitrantes da velha política não queiram, o novo sempre vem”, disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao lançar a pré-candidatura de seu filho na última segunda-feira.

Leia no Congresso em Foco: Sem renovação: jovens são parentes de políticos

Leia na Revista Congresso em FocoJader prepara o filho como sucessor

Construção banca 88% das doações ao PSB

O PSB do pré-candidato à Presidência Eduardo Campos (PE) recebeu R$ 8,28 milhões em doações a seu diretório nacional em 2013, dos quais R$ 7,28 milhões, ou 88%, vieram de empresas ligadas ao ramo da construção civil.

Lidera em volume de doações a construtora OAS, com R$ 1,55 milhão. Em segundo lugar aparece a construtora Triunfo, com R$ 1,5 milhão.

Com R$ 1 milhão doados no ano passado, a construtora Andrade Gutierrez foi a terceira maior financiadora.

Quase 30% das doações recebidas ao longo de todo o ano ocorreram após a adesão de Marina Silva, vice na chapa presidencial do partido, ao PSB em outubro passado.

Vera Guimarães Martins: é preciso deixar de andar a reboque da agenda dos partidos

A política monopolizou três das quatro manchetes do feriado, e a pauta ficou a reboque do cronograma dos partidos. A Folha precisa repensar a cobertura eleitoral. A principal meta a ser perseguida é fugir do blá-blá-blá estéril das campanhas.

Debate: Copa e protestos

Abílio Diniz: atrairemos mais recursos realizando um Mundial ordeiro

Guilherme Boulos: evento elevou preço de imóveis e aluguel mordeu nossa renda

Ainda em obras

Corintianos contornam passarela inacabada, a caminho de amistoso no Itaquerão; a 32 dias da Copa, operários trabalham para terminar estádio e entorno.

Irmã e mãe de mulher linchada temiam ‘bruxa’ seqüestradora

A mãe e a irmã mais nova de Fabiane Maria de Jesus, que morreu espancada após boatos sobre uma seqüestradora de crianças na periferia de Guarujá, viviam angustiadas com a história da “bruxa” que supostamente fazia rituais macabros. “Se ela chegasse na minha irmã, tomava as crianças dela”, diz Leidiane.

Sangrentas páginas policialescas ganham espaço no Facebook

EBC – congressoemfoco

Edição: Equipe Fenatracoop

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