Na última sexta-feira (05), uma instrutora de autoescola foi agredida por um motorista em Cambé, no Norte do Paraná. O caso ocorreu enquanto a profissional conduzia uma aula prática, acompanhada de uma aluna, quando o agressor, impaciente com a velocidade do veículo, desceu do carro e partiu para a violência.
Segundo relatos da vítima, o homem a chamou de “louca” e desferiu um tapa no rosto, além de puxar seu cabelo e torcer seu braço e dedos. A agressão ocorreu em via pública, diante da aluna que estava ao volante, o que aumentou a sensação de pânico e vulnerabilidade no momento.
Atuação da Polícia Militar
A Polícia Militar do Paraná foi acionada e, por meio da equipe ROTAM da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (11ª CIPM), localizou o suspeito. Ele foi encaminhado para a formalização de um Termo Circunstanciado pela contravenção penal de vias de fato.
Em entrevista, o tenente Maturana destacou que veículos de autoescola exigem atenção redobrada dos demais motoristas, já que são conduzidos por pessoas em processo de aprendizado. O policial reforçou que nada justifica uma agressão, especialmente em um contexto de trânsito:
“É uma situação que exige paciência. Nada justifica a violência, ainda mais um homem agredindo uma mulher”, afirmou.
Relato da vítima e da aluna
A instrutora, que preferiu não se identificar, afirmou que nunca imaginou passar por uma situação de agressão em serviço:
“Eu estava dentro do carro com a aluna, fazendo tudo certo. Ele desceu e me agrediu sem justificativa. Foi um momento em que me senti totalmente vulnerável, por estar ensinando e, ao mesmo tempo, sendo alvo de violência”, relatou.
A aluna também descreveu o episódio como assustador:
“Fiquei nervosa e em pânico. Não sabíamos como ele poderia agir. Foi uma situação de medo e insegurança”, disse.
A aula foi interrompida, e a vítima acionou imediatamente as autoridades.
Encaminhamentos
O caso será apreciado em audiência, onde o acusado poderá apresentar sua versão. A Polícia Militar reforçou que agressões no trânsito, além de ilegais, comprometem a segurança de todos e não têm justificativa.
O espaço permanece aberto para eventual manifestação do envolvido.