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O técnico judiciário Francisco dos Santos Nascimento, de 53 anos, vota em Brasília desde a década de 70. Durante ato público na Rodoviária do Plano Piloto hoje (3), ele demonstrou habilidade em um teste de urna eletrônica, que começou a ser usada no país em 1996, e lembrou que nem todo brasileiro vota de forma consciente.
“Eu sei manusear a urna, vim só para testar. É rápido e fácil, vale a pena. Podiam ficar aqui até as eleições porque algumas pessoas estão bem informadas, mas outras não”, disse, ao participar de uma das ações previstas para o Dia D de Combate à Corrupção Eleitoral. “Isso ajuda o eleitor, para que ele fique sem dúvida. Ou ele pode errar e fazer besteira”, completou.
O procurador-chefe da Procuradoria Regional da República, Alexandre Camanho, explicou que o intuito do Ministério Público, ao coordenar a campanha, é mostrar à população que vale a pena votar em candidatos que podem aprimorar a vida política e pública do país.
“Quisemos fazer alguma coisa com apelo popular, uma campanha pedagógica no sentido de valorizar a ideia do quanto o cidadão pode contribuir individualmente para a construção da democracia”, disse.
Ele lembrou que o Ministério Público tem feito seu papel por meio da Lei da Ficha Limpa, mas destacou como fundamental que os cidadãos percebam que o ato de votar é “poderoso”. Para Camanho, o Brasil é um país que passa por grandes reformas, inclusive políticas, mas, em muitos pontos, ainda é bastante primitivo.
O aposentado Juventino Moraes mora em Goiânia e está em Brasília a passeio. Ao perceber a movimentação na rodoviária da capital federal, adiantou-se: “Tem muita gente que não sabe, mas eu estou com 68 anos e sei muito bem como é. Eles [os políticos] prometem coisas, mas querem é o voto”, afirmou. O correto, segundo ele, é não aceitar nenhum tipo de oferta, além de repassar a dica para os mais próximos. “Lá em casa sou eu, minha mulher e cinco filhos e somos todos conscientes [na hora de votar].”