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Manchete dos Jornais nesta terça-feira, 10 de maio de 2016

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Renan ignora ato do presidente da Câmara e impeachment avança
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), voltou atrás, por volta da meia-noite de ontem, de sua decisão de anular a sessão que admitiu abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. A decisão havia sido ignorada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que manteve para amanhã votação que pode afastar a presidente por até 180 dias.Para ganhar tempo,o governo tinha a intenção de pedir ao Supremo Tribunal Federal que obrigasse o Senado a cumprir a decisão de Maranhão. Nela, ele condenava “vícios” da sessão, como“antecipação pública” de votos e falta de espaço à defesa. Sua posição tinha sido influenciada pelo governador Flávio Dino (PCdoB-MA) e pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo. Juiz federal, Dino ajudou a convencer Maranhão de que a argumentação da AGU era sólida. Eles se reuniram em São Luís, voaram em avião da FAB e jantaram em Brasília…


O Globo

Manchete: Renan rejeita manobra e mantém rito do impeachment
Na véspera, Maranhão jantou com Cardozo
Senador: ‘Brincadeira com a democracia’
Governo prepara recurso ao Supremo
A decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão em que 367 deputados aprovaram o impeachment da presidente Dilma surpreendeu o país, mas logo foi ignorada por Renan Calheiros (PMDBAL), presidente do Senado, onde o afastamento da petista deve ser aprovado amanhã. Na véspera, Maranhão se encontrou tanto com o ministro José Eduardo Cardozo (AGU), defensor de Dilma, como com o governador de seu estado, Flávio Dino (PCdoB), aliado da presidente. A decisão do deputado foi tomada à revelia do corpo técnico da Câmara e chamada por Renan de “brincadeira com a democracia”. Cercado de governistas, Maranhão reagiu, afirmou que não brinca com a democracia e que obedeceu às leis. (Págs. 3 a 8)

Ex-ministro, Mantega é levado pela PF para depor na Zelotes
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e mais 14 pessoas foram levados coercitivamente pela PF para prestar depoimento num inquérito da Operação Zelotes que apura esquema de venda de sentenças no Carf, órgão que julga dívidas tributárias de empresas. (Pág. 23)

Maranhão pode ser afastado
A Mesa Diretora da Câmara terá hoje reunião de emergência para discutir a destituição de Waldir Maranhão da presidência interina da Casa. O PP também estuda expulsá-lo do partido. O DEM pretende pedir a cassação do mandato dele. Para aliados, Maranhão está “fora de controle”. (Pág. 7)

Senado vota cassação de Delcídio
O senador Delcídio Amaral voltou ontem ao Senado pela 1ª vez após sua prisão. Ele pediu desculpas, mas disse não ter roubado. Após pressão de Renan, que ameaçou atrasar a votação do impeachment, o parecer de cassação foi aprovado em comissão e será votado hoje no plenário. (Pág. 11)

Grupo ocupa o Planalto em ato pró-Dilma
Durante quatro horas, o Salão Nobre do Planalto foi ocupado por cerca de cem militantes, que colaram cartazes nas janelas. Em São Paulo, o MST invadiu a fazenda de um amigo de Michel Temer para protestar contra o que chamou de “ações golpistas” do vice. (Pág. 8 e 10)

Temer agora planeja cortar dez ministérios
Após ser criticado por desistir de reduzir ministérios diante da pressão de aliados, o vice-presidente Michel Temer recuou e decidiu cortar ao menos dez, caso assuma o governo, que passaria a ter 22 pastas. Para isso, retirará o status de ministério do BC, da AGU e de outros órgãos. Também pretende fundir pastas e até incorporar a Previdência à Fazenda. (Pág. 10)

Editorial
‘Ato irresponsável à altura do baixo clero’ (Pág. 20)
Merval Pereira
Cardozo joga para ser a alternativa do PT na eleição de 2018. (Pág. 4)
Míriam Leitão
As instituições do país estão falhando. (Pág. 24)
José Casado
Antigo governo submerge em meio a tumulto e sorriso de Dilma. (Pág. 21)
Ancelmo Gois
Comportamento do mercado deveria ser investigado. (Pág. 16)
Ilmar Franco
O jogo estava jogado antes de chegar ao plenário. (Pág. 2)

Lava-Jato critica MP da Leniência
Sob críticas de juristas e de procuradores da Lava-Jato, será votado hoje no Congresso o relatório que torna ainda mais branda a MP que regula acordos de leniência. (Pág. 12)

Oi vai demitir 2 mil funcionários
A Oi vai cortar 12% de seu quadro nos próximos dias, informa LAURO JARDIM. A empresa deve apresentar a credores um plano de renegociação de dívidas. (Pág. 25


O Estado de S. Paulo

Manchete: Renan ignora ato do presidente da Câmara e impeachment avança
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), voltou atrás, por volta da meia-noite de ontem, de sua decisão de anular a sessão que admitiu abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. A decisão havia sido ignorada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que manteve para amanhã votação que pode afastar a presidente por até 180 dias.Para ganhar tempo,o governo tinha a intenção de pedir ao Supremo Tribunal Federal que obrigasse o Senado a cumprir a decisão de Maranhão. Nela, ele condenava “vícios” da sessão, como“antecipação pública” de votos e falta de espaço à defesa. Sua posição tinha sido influenciada pelo governador Flávio Dino (PCdoB-MA) e pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo. Juiz federal, Dino ajudou a convencer Maranhão de que a argumentação da AGU era sólida. Eles se reuniram em São Luís, voaram em avião da FAB e jantaram em Brasília. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A11

Oposição e aliados de Cunha articulam derrubada de interino
A anulação da sessão por Waldir Maranhão levou oposição e aliados de Eduardo Cunha a intensificar ações para tirá-lo do comando da Câmara. Deputados pró-impeachment planejam declarar vago o cargo de presidente da Casa, o que exigiria nova eleição em cinco sessões. Também articulam para anular a decisão de Maranhão e expulsá-lo do PP. (PÁG. A10)

Ministério da Previdência será incorporado ao da Fazenda
O vice Michel Temer levará a Previdência Social para o Ministério da Fazenda para garantir que o endurecimento das regras para a aposentadoria seja colocado efetivamente em prática. Pelas mudanças que a equipe de Temer estuda para reduzir de 32 para 23 o número de pastas, o Banco Central e a Advocacia-Geral da União perderiam status de ministério. (PÁG. A12)

‘É ato circense’, diz Gilmar Mendes
O ministro do STF Gilmar Mendes disse que “não faz sentido” um presidente da Câmara revogar decisão tomada pela Casa. “Se não fosse um ato circense, seria um ato criminoso.” (PÁG. A7)

Análises
Eliane Cantanhêde
Batalha de Itararé
Maranhão foi só um instrumento do Planalto, de onde partem movimentos para anular o impeachment no tapetão. (PÁG. A6)
Eloísa Machado e Rubens Glezer
Senado versus Câmara
Reação do Senado em dar prosseguimento ao processo, a qualquer custo, é problemática e parece equívoco. (PÁG. A7)
Marco Antonio Teixeira
Ministério Temer
Excetuando PT, PC do B e PDT, governo peemedebista deve incluir partidos que estiveram em aliança com Dilma. (PÁG. A12)

Coluna do Estadão
José Eduardo Cardozo apelou a Renan Calheiros para que concordasse com a suspensão do impeachment. Aliado do governo até há pouco tempo, Renan não aceitou. (PÁG.A4)

CCJ dá aval para cassar Delcídio
Comissão de Constituição e Justiça aprovou o andamento do processo de cassação do mandato do senador Delcídio Amaral, apesar de tentativa do PSDB de obter adiamento. (PÁG. A13)

Mantega é obrigado a depor na Zelotes
Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teve de depor na Operação Zelotes por suspeita de ajudar empresário a fraudar processo no tribunal que avalia débitos com a Receita. (PÁG. A14)

Foto-legenda: Planalto ocupado
Cerca de cem manifestantes de movimentos sociais ocuparam ontem por aproximadamente quatro horas o Palácio do Planalto, em ato de protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes saíram após acordo com integrantes do governo, mas prometem voltar amanhã. (PÁG. A8)

Empresas do País renegociam dívidas
Empresas brasileiras renegociam US$ 24 bilhões em dívidas com bônus emitidos no exterior. Total representa mais de 10% dos US$ 224 bilhões de bônus de companhias. (ECONOMIA / PÁG. B1)

SP põe boletins parciais em site
O governo de SP lançou o Portal SSP Transparência, para consulta parcial de BOs de morte violenta. Especialistas criticam o fato de o histórico não estar disponível. (METRÓPOLE / PÁG. A17)

Lucro da Caixa cai 46% no 1º trimestre (ECONOMIA / PÁG. B9)

José Paulo Kupfer
Carta de intenções
Mesmo a definição do comando da economia resultou em sinais genéricos do que se tentará pôr em prática para retomar o crescimento econômico. (ECONOMIA/PÁG. B6)

Notas & Informações
Só faltava essa
Ninguém há de supor que a Maranhão tenha ocorrido, espontaneamente, tamanha ideia de jerico. (PÁG. A3)

Quando esperar é pouco
Atitude da Andrade Gutierrez de ajudar a “aprimorar mecanismos anticorrupção” é bom exemplo. (PÁG. A3)


Folha de S. Paulo

Manchete: Interino da Câmara tenta parar impeachment; Senado o ignora
Waldir Maranhão alega vícios no processo contra Dilma; Renan prevê votação nesta quarta (11)
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), aceitou recurso da Advocacia-Geral da União e anulou as sessões de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Sob justificativa de falhas na tramitação, ele determinou que o processo, hoje no Senado,volte à Câmara afim de ser votado mais uma vez. Para Maranhão, os partidos não poderiam fechar questão a favor ou contra o afastamento, entre outras supostas irregularidades. Substituto de Eduardo Cunha no cargo, ele é aliado do governador Flávio Dino (PCdoB-MA), próximo a Dilma, e votou contra a deposição. Em resposta,o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou no plenário que vai ignorar a decisão de Waldir Maranhão. Para o senador peemedebista, “aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar comprometido com o atraso do processo”. A análise do impeachment pelo plenário continua prevista para quarta (11). Caso o processo seja aberto, Dilma será afastada por até 180 dias. Governo e oposição pretendem levar o caso ao Supremo. Em evento no Planalto, a presidente riu ao ser informada sobre a suspensão. Em seguida, pediu “cautela” e “tranquilidade”. (Poder A4)

Após desgaste, Temer recua e decide cortar 10 ministérios
Após recuar da decisão de não promover corte significativo de ministérios, caso assuma a Presidência, Michel Temer decidiu reduzir o número de pastas de 32 para 22. A Secretaria de Direitos Humanos, por exemplo, deve ser incorporada à Justiça. Escolhido para o Planejamento, Romero Jucá (PMDB) quer a Vale em sua área de atuação e participar da mudança do presidente da mineradora. (Poder A8 e Mercado pág. 4)

Oscar Vilhena
STF deve ser, outra vez, convocado para avaliar lisura do caso
Desde o afastamento de Collor o Supremo tem exercido controle moderado do processo de impeachment. Como eventuais vícios não devem ser analisados pelo Senado, o STF será, de novo, convocado a apreciar a lisura do conturbado processo. (Poder A6)

Ex-ministro Guido Mantega é levado para depor na PF
Guido Mantega, ex-ministro das gestões Lula e Dilma, foi alvo de condução coercitiva na Operação Zelotes para depor à Polícia Federal. Houve busca e apreensão em sua casa, em São Paulo. A PF apura se a Cimento Penha pagou propina no Carf, órgão que julga recursos de multas. Mantega, ligado ao dono da empresa, nega irregularidades. (Poder A10)

Bernardo Mello Franco
Chacrinha seria o comentarista ideal do circo no Congresso (Opinião A2)

SP libera dados sobre crimes, mas limita informações
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lançou nesta segunda (9) portal de transparência com dados de registros policiais. O site, porém, mostra somente cinco tipos penais em que há mortes e não inclui detalhes do crime, como contexto. A iniciativa vai ao ar na data limite dada pela Justiça para o governo tucano entregar à Folha boletins de ocorrência de homicídios em São Paulo. (Cotidiano B1)

MST invade fazenda em SP de um amigo do vice-presidente
O MST invadiu uma fazenda em Duartina (SP) ligada ao vice-presidente, Michel Temer(PMDB). O grupo acusa o dono do imóvel, João Batista Lima Filho, de atuar como laranja do peemedebista no local. Temer negou ter propriedades rurais. (Poder A9)

Vice avalizou compra suspeita no governo Fleury nos anos 1990 (Poder A9)

Editoriais
Leia “Surpresa grotesca”, sobre decisão que anulou sessão do impeachment na Câmara, e “Inventário de impactos”, acerca de revisão das emissões do país. (Opinião A2)


Edição: Equipe Fenatracoop, Terça-Feira, 10 de Maio de 2016

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