Escute a noticia. Clique no Player acima!
A Meta- empresa responsável pelas plataformas Facebook, Instagram, WhatsApp, entre outras- anunciou em agosto de 2024 que os filtros disponíveis no instaram, confeccionados por usuários, seriam extintos a partir do dia 14 de janeiro de 2025- com isso, durante todos os meses seguintes, hashtags e memes sobre o assunto foram veiculados em plataformas como o X- antigo Twitter, Instagram, e demais mídias. Porém, por mais que as pessoas brinquem sobre o assunto, psicólogos alertam sobre a influência real dos filtros do instaram na aceitação da autoimagem por jovens e adultos!
Segundo dados expostos por sites especializados em tecnologia, os filtros mais utilizados pelos usuários do instaram são: Clarendon, Vintage, Tumblr, entre outros. A maioria deles busca melhorar a foto ou vídeo, clarear as imagens, mas muitos deles visam a estética do usuário também e isso, gera comparações entre os jovens. “A maioria dos meus pacientes é formado por mulheres, entre elas, algumas jovens, e os jovens têm se comparado muito, têm se cobrado muito pela “pele perfeita”, corpo escultural e até pela magreza excessiva, padrões que não correspondem ao biotipo de todos”, conta Simone.
De acordo ainda com a psicóloga Simone Braga, as redes sociais fazem hoje o papel da TV e das revistas de moda na vida dos jovens, ou seja, são as redes sociais as mídias responsáveis por lançarem tendências em estilo de vida e aparência. “Até poucos anos atrás, os jovens se inspiravam e tentavam alcançar estilos de vida e a aparência de modelos e artistas que viam na TV e em revista, e esse conteúdo não era absorvido a todo instante. Já com os smartphones nas mãos, checamos as redes sociais várias e várias vezes por dia. Com isso, absorvemos a aparência de influenciadores e figuras que admiramos inúmeras vezes durante um mesmo dia. E assim a ideia de que aquela aparência é a única bela ou admirável pode ser elaborada na mente”.
Simone aponta que os casos de dismorfia corporal aumentaram de forma intensa nos últimos anos. E segundo a profissional, as causas são variadas. “As causas deste distúrbio psicológico (disformia corporal= não ver seu corpo de forma real) podem estar relacionados à deficiência de serotonina (a pessoa já ter depressão), a ter transtorno obsessivo compulsivo (TOC), pelo sofrimento de bullying na escola ou pela comparação feita pelos familiares entre irmãos, por exemplo. Mas a causa mais percebida em consultório nos últimos anos, é a pressão estética pelo corpo perfeito, aliado ao excesso de exposição que as redes sociais proporcionam”.
Mas a psicóloga Simone Braga alerta que o uso de filtros em plataformas online não são sinônimos de disformia corporal. “Utilizar filtros não é necessariamente um sintoma de dismorfia. Ele pode estar associado ao comportamento de camuflar as imperfeições reais ou imaginárias do indivíduo, como já fazemos ao nos maquiarmos há anos. Enxergo o excesso de comparação com outras pessoas mais perigoso do que o uso de filtros”.
- Identifique possíveis sintomas de disformia corporal:
- Baixa auto-estima;
- Sentimento de vergonha constante da aparência;
- Demonstrar preocupação excessiva com determinadas partes do corpo;
- Estar sempre se olhando no espelho ou evitar completamente o espelho;
- Comparar seu corpo com o de outras pessoas;
- Fazer atividade física excessiva;
- Fazer uso excessivo de maquiagem;
- Uso de roupas muito maiores que seu tamanho para esconder o corpo;
- Evitar a vida social;
- Depressão e ansiedade.
Se você suspeitar que você ou seu filho(a) apresenta mais de dois sintomas citados acima, busque ajuda de um profissional da saúde mental.
Conheça a página da Psicóloga Simone Braga que atende de forma presencial e online: https://www.instagram.com/psi.simonebraga/ .
E você que quer sugerir assuntos para a coluna Bela Manchete, siga: https://www.instagram.com/belamanchete/ .