A enfermeira e consultora em amamentação, Laiza Barbosa elencou dicas preciosas para ter sucesso na amamentação do bebê desde o nascimento
Começa oficialmente hoje, 1º de agosto, a Campanha de Conscientização “Agosto Dourado”, que aborda a estimulação à amamentação. Essa ação nacional, tem início no Dia Mundial da Amamentação e busca empreender ações que promovam a conscientização sobre a importância do aleitamento materno. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, o leite materno é alimento precioso, pois protege o bebê de inúmeras doenças, como a diarreia e as infecções respiratórias.
Mas é de conhecimento da maioria das pessoas que, nem sempre, amamentar é uma tarefa simples para uma mãe, já que existem inúmeras situações que podem atrapalhar a jornada da amamentação de um bebê. Segundo diferentes pesquisas, cerca de 20% das mães não conseguem dar de mamar aos seus bebês. As adversidades podem começar desde de a pega do peito por parte do recém-nascido até as fissuras que podem surgir e prejudicar a continuidade do aleitamento. Por isso, fomos conversar com a enfermeira e consultora de amamentação, Laiza Barbosa.
1 – Coluna Bela Manchete: É sabido por todos que a amamentação é um recurso importante e valioso para a saúde do bebê. O que a mãe deve fazer para identificar de forma rápida se o bebê vai conseguir ou não ter a “pega”?
Consultora em Amamentação, Laiza Barbosa: A mãe deve observar se o bebê abocanha bem a aréola, e não apenas o bico do seio. Os sinais de uma boa pega incluem: boca bem aberta, lábios virados para fora, bochechas arredondadas durante a sucção e ausência de dor. Se há dor persistente, estalos ou bico do seio deformado após a mamada, a pega provavelmente está incorreta e precisa de ajustes. Uma avaliação precoce, de preferência nas primeiras horas ou dias após o parto, é essencial para prevenir lesões e garantir uma amamentação eficaz.
2 – Coluna Bela Manchete: O que é “normal” durante a amamentação? Toda mãe sente dores e têm fissuras no bico do seio? Até quando “aguentar” a dor?
Laiza Barbosa: Sentir sensibilidade leve nos primeiros dias pode ser normal, mas dor intensa, constante e fissuras não são “normais”. Elas indicam que algo está errado, e geralmente esses problemas estão relacionados à pega incorreta. Ninguém precisa “aguentar” dor ao amamentar. Ao contrário, quanto mais cedo for corrigido o problema, melhor será a experiência da mãe e maior será a chance de sucesso na amamentação. O ideal é buscar ajuda assim que o desconforto surgir!

3 – Coluna Bela Manchete: Quais são as ferramentas que uma consultoria em amamentação oferta para uma lactante?
Laiza Barbosa: Oferecemos avaliação da mamada, correção da pega, técnicas de posicionamento, manejo de fissuras e ingurgitamento, orientações sobre produção de leite, uso de laserterapia quando necessário, suporte emocional e até orientações em situações como retorno ao trabalho ou amamentação cruzada. É um atendimento individualizado, com acolhimento, técnica e escuta ativa.
4 – Coluna Bela Manchete: Você ajuda inclusive na ordenha e armazenamento do leite?
Laiza Barbosa: Sim! Ensino técnicas de ordenha manual e com bomba, como evitar dor e trauma durante a ordenha, e oriento o armazenamento correto do leite materno, garantindo segurança e conservação dos nutrientes. Esse apoio é essencial para mães que precisam se ausentar, vão voltar ao trabalho ou desejam manter um banco de leite em casa.
5 – Coluna Bela Manchete: A fórmula é sempre aliada na amamentação ou não precisa na maioria dos casos?
Laiza Barbosa: Na maioria dos casos, a fórmula não é necessária. Com orientação adequada, é possível manter a amamentação exclusiva até os seis meses do bebê. A introdução da fórmula sem necessidade pode interferir na produção de leite e no vínculo mãe-bebê. Cada caso deve ser avaliado com cuidado, claro. Quando a fórmula é realmente indicada, ela deve ser usada de forma estratégica, sem comprometer a amamentação.
6 – Coluna Bela Manchete: Quais dicas você pode dar para as gestantes/mães que pretendem amamentar?
* Busque informação ainda na gestação;
* Não hesite em pedir ajuda nos primeiros dias.
* Confie no seu corpo e na sua capacidade de nutrir.
* Evite bicos artificiais no início.
* Cuide do emocional: a amamentação também é afeto e vínculo com seu bebê.
*Leite materno é garantia de ainda mais saúde para seu filho(a).
* E o mais importante: cada mãe e bebê são únicos — não se compare, e permita-se viver a sua experiência com acolhimento e leveza. A fase difícil vai passar!
E aí, pessoal, gostaram das dicas da enfermeira e consultora em amamentação, Laiza Barbosa? Eu toda a confiança e conteúdo que essa profissional possui. Para acompanhar o trabalho de Laiza, acompanhe ela em suas redes sociais oficiais @laiza_enfermeira .
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