É preciso falar sobre o aleitamento materno e seu contexto! Estamos em agosto- período que abriga a campanha Agosto Dourado e, mais do que nunca, precisamos informar as mães e futuras mamães sobre a importância da amamentação exclusiva dos bebês até os seis meses de idade, mas também desmistificar a amamentação artificial.
Por tudo isso, fomos conversar dessa vez com a Unidade de Lactação de Cambé (Unilac), que atua por meio da Secretaria Municipal de Saúde, na promoção e apoio ao aleitamento materno de forma gratuita, além de realizar atendimentos e ser um posto de coleta de leite humano na cidade. Será que todas as mães sabem que existe auxílio e consultoria para que você tente amamentar seu bebê de forma saudável e constante? Confira as indicações da enfermeira Camila Ravagnani, que é especialista em obstetrícia e ginecologia e coordenadora a Clínica da Mulher e da Unilac em Cambé.
“As dificuldades na amamentação podem surgir de diversas formas, desde a dificuldade da pega por parte do bebê, desde as fissuras no seio, dores intensas, inflamação, e até a falta de ganho de peso por parte do bebê. Então, as orientações da Unilac são individuais, pois cada mãe tem uma ou mais demandas. Com isso, frisamos que já na primeira dificuldade, a mãe não hesite em entrar em contato pelo nosso whatsApp E agendamos a avaliação do quadro. Hoje, a saúde pública tem como maior taxa de desmame, a dificuldade de amamentação. Então, quanto mais precocemente a ajuda profissional chega, maior a chance dessa mãe e bebê darem continuidade a amamentação de forma tranquila”, comentou a enfermeira Camila Ravagnani.

Mas ainda de acordo com Camila, a taxa de desmame pode vir a diminuir, caso as mães buscam auxílio técnico e aprendam como armazenar leite corretamente na volta ao trabalho. “Muitas mães ainda têm muita dificuldade em dar continuidade à amamentação no retorno ao trabalho. Às vezes, por não ter orientação de como fazer a coleta do leite de forma adequada, ou por não ter rede de apoio que ajude na oferta do leite armazenado, ou até pelo local de trabalho não disponibilizar um tempo para a coleta leite, nem um local reservado para essa ordenha. E infelizmente, na maioria das empresas ou locais de trabalho, a licença maternidade é de quatro meses e não de seis, e nós da área da saúde recomendamos que o bebê seja alimentado de forma exclusiva por pelo menos seis meses com o leite materno. Mas é possível se organizar e aprender a armazenar o leite para a alimentação do seu bebê.
“A parte mais difícil da amamentação é a livre demanda, é estar disponível para a demanda do bebê e, ainda assim, estar disponível para as outras facetas da nossa vida. Mas tudo é adaptável. As mulheres precisam entender que o ato de amamentar é alimentar, com isso, ´pode ser feito em qualquer lugar, não é receio. Mas o que ajuda muito é o planejamento para que a mãe tenha tempo de qualidade, se ela aprender como fazer a ordenha e saber como armazenar o leite, o processo da amamentação pode ser menos corrido”, complementa a coordenadora da Clínica da Mulher e da Unilac em Cambé.
Mas Camila salienta que há casos, sim, em que mesmo com auxílio técnico, não é possível amamentar de forma natural, e a amamentação artificial tem de ser implementada e isso não pode ser encarado como algo determinante na relação da mae e seu filho. ““É comum esse sentimento de culpa, de “se sentir menos mãe” quando não é possível ou quando a gente opta em não manter a amamentação exclusiva, mas mãe é mãe, independente do modo de aleitamento. O vínculo entre mãe e filho vai ser gerado de qualquer maneira, mesmo o aleitamento acontecendo de forma artificial ( por fórmulas).
“Não podemos julgar as mães que não conseguem amamentar de forma natural, pois existem inúmeros fatores que podem fazer com que a mãe não consiga. E não conseguir amamentar não é culpa da mãe, muito fatores determinam isso e na maioria da vezes, isso não está sob o controle dela. E tentar de forma atropelada, sem auxílio técnico muitas veze prejudica até a saúde mental dessa mãe. É preciso calma e informação em todo esse processo. As mães precisam lembrar que elas precisam estra bem para cuidar bem do filho”, finaliza Camila Savagnani.

INFORMAÇÕES SOBRE A UNILAC
“A Unilac é um serviço especializado em aleitamento materno, em consultoria de aleitamento materno. E além de fazer o apoio nos primeiros dias, no manejo da amamentação, ela também orienta no processo de volta ao trabalho das mães. Então, a mãe pode entrar em contato, a profissional da Unilac vai agendar o atendimento a essa mãe que demanda ajuda. A Unidade vai passar uma indicação personalizada, quanto tempo antes de sair ela precisa ordenhar, quanto ela precisa estocar de leite, pois cada mãe tem uma demanda, tem um horário de trabalho, tem um tempo diferente que precisa ficar fora de casa”, segundo Camila Ravagnani.
Para mais informações e agendamentos de avaliações e consultas, mande um whatsApp para (43) 9 9187-6285.
E aí, mamães e futuras mamães, gostaram do conteúdo? Saiba ainda mais sobre a Unidade de Lactação de Cambé (Unilac) no Instagram oficial da Unidade @unilac_cambe .
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