Sem um pingo de timidez e esbanjando cores e criatividade, o Natal começa a fazer parte do cotidiano dos cambeenses. Enquanto o comércio apressa as decorações e enfeita as fachadas e as vitrinas com objetos que lembram a data, um grupo de operários constrói na Praça Getúlio Vargas, ao lado da Fonte Luminosa, uma casa branca de contornos verdes. O vermelho, uma das cores tradicionais da época, deve fazer parte dessa obra comemorativa na forma de flores e laços. E se não couber dentro da casinha da praça um Papai Noel de verdade, com barba cheia e comprida, riso típico e gordura acentuada, há de se colocar dentro dela bonecos que representem com fidelidade o São Nicolau. Para isso, as bochechas rosadas e os óculos de aros redondos são fundamentais.
Os presépios também começam a aparecer em diferentes tamanhos e com variados materiais utilizados na confecção. Mas o sentido das peças é único mesmo que diferentes leituras religiosas permitam interpretações diferentes: um novo tempo e que seja de felicidades, paz, harmonia, compreensão e solidariedade. Um tempo, enfim, de esperanças e de possibilidades dos pequenos e grandes projetos.
É em busca desse clima proporcionado pelo Natal que trabalham os humanos que apostam na plenitude da fraternidade. Parte dessas pessoas corre contra o tempo num dos recintos do Centro de Eventos de Cambé. Ali, transformam material reciclável em arte. Anjos, pacotes de presentes, velas e bonecos de neve são feitos com garrafas pet. E daí se aqui não neva? O imaginário é um direito e faz bem para a alma quando é exercitado com sabedoria.Essas peças ganharão as ruas de Cambé muito em breve. São muitas. Algumas já estão prontas e outras merecem os retoques finais. E então virão outros operários que conduzirão cada anjo, cada vela, cada pacote de presente e cada boneco de neve até o seu local apropriado, onde ficarão instalados. Outros trabalharão a iluminação, para que nas noites de dezembro as peças, imóveis, tenham luz. E a beleza de tudo isso ainda vai mexer com os corações dos cambeenses. E apostem: mesmo os mais céticos passarão por momentos de leveza.
PMC
