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Tribunal “esconde” processo contra Dilma – Em entrevista a TV, Alckmin evita respostas diretas – Procuradoria vê irregularidades em operações financeiras de Roseana – TV nunca mudou eleição presidencia …

Folha de S. Paulo

Dilmistas lideram corrida ao Senado, diz Datafolha

Candidatos aliados de Dilma Rousseff (PT) lideram a disputa por uma vaga no Senado em 6 dos 7 Estados pesquisados pelo Datafolha, além do Distrito Federal.

Entre as unidades da Federação pesquisadas, só Minas tem um aliado de José Serra (PSDB) na liderança da disputa -Aécio Neves.

Neste ano, serão eleitos dois senadores por Estado, e mais dois pelo Distrito Federal. O Datafolha mapeou o desempenho dos candidatos a 16 vagas -duas em cada uma das oito unidades da federação pesquisadas.

Segundo pesquisa feita de 9 a 12/8 nos principais colégios eleitorais do país, a coligação de Dilma elegeria de 9 a 12 senadores se as eleições fossem hoje, enquanto a aliança de Serra levaria ao Senado de 4 a 6 de seus candidatos. O PP, que declarou apoio informal à petista, poderia ficar com uma vaga.

Em São Paulo, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) mantém a liderança com os mesmos 32% obtidos no levantamento anterior, de julho.

Dilma e Serra disputam na TV “continuidade” de Lula

Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) estreiam hoje na propaganda eleitoral gratuita tentando se apresentar como os mais preparados para continuar as conquistas de Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo tem 77% de aprovação, segundo o Datafolha. Num antídoto à associação entre Lula e a petista, que será mostrada na propaganda do PT, o tucano não fará ataques ao presidente -que é citado em seu jingle-, e dirá que é a “certeza”, e a adversária, uma “dúvida”.

Dilma usará o primeiro programa para mostrar sua biografia e, logo de cara, tratará de sua prisão durante a ditadura militar, tema que pode ser usado contra ela pelos rivais. Serra também aposta num início ameno, mas já tem pronto comercial em que ataca a petista, lançando dúvidas sobre sua capacidade de governar.

Na TV, Dilma usa “vacina” e fala da prisão

Na estreia da propaganda eleitoral, hoje, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, narra durante dez minutos sua biografia e trata de um tema-tabu: a prisão por ter feito parte de um grupo que atuou na luta armada na ditadura militar.

“Ninguém faz as coisas quando não tem paixão nem crença”, diz ela, na fala que abre o programa.

A Folha apurou que, no programa de apresentação, Dilma conta sobre como entrou no movimento estudantil na escola secundária, em Belo Horizonte, onde ingressou em 1964. “Eu era um peixe dentro d”água”, diz, numa tentativa de mostrar que, na época, o engajamento era comum na juventude.

Serra tem prontos comerciais em que ataca petista e afirma que ela trará “radicais”

O comando da campanha de José Serra (PSDB) produziu artilharia pesada contra a adversária e hoje líder nas pesquisas, Dilma Rousseff (PT). O comitê de Serra tem prontos um jingle de rádio e um comercial de TV, para ataque contra a petista.

Dedicado ao eleitor nordestino, o jingle cita o ex-ministro José Dirceu. Em ritmo de forró, diz que o governo Lula vai acabar e Dilma trará de volta o ex-ministro da Casa Civil e os “radicais”.

Concluído nesta semana, o comercial de TV lança dúvidas sobre a capacidade administrativa da ex-ministra. Na peça, uma apresentadora lista medidas encampadas por Serra, como os genéricos e a luta contra a Aids.

Tucano diz que “300 picaretas” estão com Dilma

Ultrapassado pela petista Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha, o tucano José Serra voltou a fazer críticas à adversária e ao presidente Lula, sem citá-lo nominalmente.

No Rio Grande do Sul, ele atacou a distribuição de cargos em estatais entre aliados do Planalto e relembrou a frase de Lula, dita em 1993, segundo a qual havia “300 picaretas” no Congresso.

“Não sou daqueles que dizem que o Congresso tem 300 vigaristas ou picaretas. Hoje estão todos [os “picaretas’] com a outra candidata. Tem gente muito boa no Congresso, mas tem uma dominação excessiva [de políticos sobre estatais]”, discursou.

TV nunca mudou eleição presidencial

A campanha na TV tem histórico de relevantes movimentações na intenção de voto dos candidatos à Presidência, mas até hoje não teve impacto suficiente para tirar a vitória daquele que iniciou o período na dianteira.

Nas cinco eleições presidenciais após a redemocratização -de 1989 a 2006-, saiu vitorioso o candidato que liderava as pesquisas imediatamente antes da entrada da campanha na TV.

A análise das planilhas do Datafolha mostra que se encontravam nessa situação Fernando Collor (PRN) em 1989, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1994 e 1998, e Lula (PT) em 2002 e 2006 -em 94, FHC dividia a ponta com Lula, em empate técnico, mas em ascensão.

Programa de Marina usará histórias em quadrinhos

A propaganda de Marina Silva (PV) aposta nas histórias em quadrinhos e tem como alvo principal o público infantil: “Se a gente vier bem na eleição infantil, isso ajuda bem a ir [bem] na adulta”, afirma o publicitário da campanha, Paulo de Tarso.

Ele diz que o conceito de “eleição infantil” foi difundido ainda na década de 80, quando o senador Eduardo Suplicy concorreu à Prefeitura de São Paulo. “A criançada cantava o jingle dele”, afirma Tarso. O refrão da música era “Experimente Suplicy, é diferente de tudo que está aí”.

Tribunal “esconde” processo contra Dilma

Está trancado desde março, num cofre da presidência do Superior Tribunal Militar, todo o processo que levou a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, à prisão durante a ditadura (1964-85).

A papelada, retirada dos arquivos por ordem do próprio presidente do tribunal para prevenir um eventual uso político do material, revela em fichas, fotos, depoimentos e relatórios de inteligência a militância de Dilma à época.

Até março, quando foram “escondidos”, os documentos poderiam ser consultados pelo público, como advogados, jornalistas, pesquisadores e pelas partes do processo. A liberação, quase sempre, é feita pelo ministro-presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares.

Ibope aponta petista com 43%, 11 pontos à frente de Serra

Pesquisa Ibope divulgada ontem aponta que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ampliou sua vantagem para José Serra (PSDB) para 11 pontos percentuais. Segundo o instituto, a petista tem 43% das intenções de voto, contra 32% do tucano. Marina Silva (PV) tem 8%.
Segundo o Ibope, se considerado o percentual de votos válidos, Dilma poderia vencer a eleição no primeiro turno, no limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Procuradoria vê irregularidades em operações financeiras de Roseana

A Procuradoria da República em São Paulo comunicou ontem à Procuradoria-Geral da República a realização de “operações financeiras, a princípio ilícitas” entre o ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

As transações foram reveladas domingo pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a reportagem, Roseana e Ferreira simularam empréstimo para lavar dinheiro no exterior.

Folha e UOL fazem debate de SP hoje

A Folha e o UOL reúnem hoje, às 10h30, Geraldo Alckmin (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Celso Russomanno (PP) no primeiro debate on-line entre candidatos ao governo de São Paulo.

Como no debate promovido pela Band na última quinta-feira, Alckmin deverá ser o alvo preferencial de seus adversários. Mercadante e Russomanno devem criticar a gestão do PSDB, há 16 anos no comando do Estado, como forma de atingir o tucano.

Em entrevista a TV, Alckmin evita respostas diretas

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, não respondeu diretamente a nenhuma das perguntas feitas a ele em entrevista na TV Globo. Todas as afiliadas da emissora no Estado transmitiram em rede a entrevista do tucano.

Foram seis perguntas nos seis minutos de entrevista. Alckmin falou durante 4min43s e preferiu enaltecer as realizações das gestões tucanas ao invés de responder diretamente às questões do “SPTV”.

Ele foi questionado sobre o que não faria em seu novo governo, sobre ondas de violência em cidades médias e pequenas do interior e do litoral, sobre os 20 anos do projeto de despoluição do rio Tietê, sobre salários de médicos e sobre o conhecimento insuficiente dos alunos que saem do ensino médio.

Correio Braziliense

Todos contra a herdeira de Lula

O horário eleitoral que começa hoje, às 13h, deve levar até o eleitor um autêntico movimento “todos contra Dilma Rousseff”. A possibilidade de vitória da presidenciável petista no primeiro turno colocou José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e os candidatos de partidos nanicos em uma tarefa comum de tentar levar a disputa para o segundo round. Para isso, precisam remar também contra o menor tempo de televisão. Até 30 de setembro, Dilma terá quase 7 horas e meia divididas em dois programas, três vezes por semana. No mesmo período, Serra falará por 5 horas e Marina, por 58 minutos. Sob custo recorde, a propaganda eleitoral deste ano significará R$ 851 milhões aos cofres públicos, que serão repassados às 4.632 emissoras de rádio e televisão responsáveis por transmitir os programas.

Embora não admitam publicamente, os últimos índices divulgados pelo Datafolha e pelo Ibope colocaram como prioridade para os estrategistas petistas a meta de finalizar as eleições em 3 de outubro. De acordo com o Datafolha, Dilma está a três pontos percentuais de ganhar na primeira rodada de votação. O Ibope divulgou sondagem ontem que reforça a tendência essa possibilidade (leia na página 7). Segundo colocado nos levantamentos, Serra se debruça sobre uma tarefa historicamente improvável: reverter a desvantagem para o principal concorrente depois do início do horário eleitoral — fato que só ocorreu em 1994.
Pastas abertas aos ex-chefes

Pastas abertas aos ex-chefes

Os novos ministros do governo Lula estão dando uma forcinha para os antecessores, que andam em plena campanha eleitoral. Pesquisa nos sistemas que registram a execução orçamentária da União este ano mostra que os estados de origem dos ex-ministros continuam privilegiados por programas do governo, apesar da dança das cadeiras do Executivo. Na Integração Nacional, pasta comandada até março pelo candidato ao governo da Bahia deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), os repasses seguem beneficiando municípios baianos. Dos R$ 573,6 milhões enviados às prefeituras pelo ministério até agora, R$ 145,6 milhões foram para aquele estado. Em seguida está o Rio Grande do Sul, que recebeu R$ 110 milhões, e São Paulo, com R$ 52,7 milhões.

Conterrâneo e homem de confiança de Geddel, o ex-secretário de Infraestrutura Hídrica do ministério João Reis Santana Filho manteve a “tradição” do antecessor e priorizou prefeituras da base aliada do governo Lula na hora da partilha de recursos. Em junho, por exemplo, Bom Jesus da Lapa, administrada pelo PMDB, recebeu quase R$ 2 milhões para obras preventivas. Foram assinados pelo menos 50 convênios com aquela prefeitura, grande parte por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Santana Filho já comandou o PMDB no estado e está na pasta desde 2007.

Serra com palanque duplo

Um palanque duplo foi armado ontem em Porto Alegre para o presidenciável José Serra (PSDB). A governadora tucana Yeda Crusius, que tenta a reeleição, e o candidato do PMDB, José Fogaça, estavam juntos para receber o tucano numa churrascaria repleta de representantes de diferentes partidos. Para não desagradar ninguém, Serra preferiu ficar em cima do muro quanto a sua preferência para a disputa pelo comando do Palácio Piratini: “Um dos dois vai governar o Rio Grande, e vai governar comigo”, disse em seu discurso.

Para representantes do PSDB, PPS, DEM, PSC, PTB e PMDB, o candidato pediu que seus apoiadores se dediquem à campanha e façam uma “ventania” para conquistar votos. Serra reclamou que o Congresso “está todo com a outra candidata” e ainda alfinetou o presidente Lula: “Não sou daqueles que dizem que o Congresso tem 300 picaretas”, disse numa alusão às declarações de Lula quando ainda era oposição ao governo.

Eles já sabem tudo de cor e salteado

Dilma é mulher, mãe e a candidata do presidente Lula. Merece, por isso, ser presidente da República. Serra odeia “ti-ti-ti” e “tro-ló-ló”, tem origem humilde, pais modestos. Não precisa de Lula para governar e, por isso, merece presidir o Brasil. Marina demorou 16 anos para aprender a ler e a escrever, saiu do interior da Amazônia, ficou como indigente numa fila de hospital público. É negra, pobre, sofreu. Merece ser presidente.

Os três candidatos à Presidência da República, desde a pré-campanha, não se cansam de repetir essas informações. São frases exaustivamente pinçadas em entrevistas, em discursos, no contato com o eleitor. Em 40 dias oficiais de campanha, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) se repetem, dizem sempre a mesma coisa, têm como estratégia colar nos eleitores o discurso da humildade, da competência e da superação. É quase impossível esbarrar em um deles e não ouvir as mesmas histórias da “mãe” Dilma, do “modesto” Serra e da “analfabeta até os 16 anos” Marina Silva.

À espera do time titular

Diante do risco de haver uma reviravolta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Lei da Ficha Limpa sofrer uma derrota em plenário, o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, ainda não decidiu se levará a julgamento hoje o primeiro caso concreto que envolve a aplicação da regra. Nos bastidores, fala-se que Lewandowski só vai colocar a ação em análise se o tribunal estiver com sua composição titular completa de sete ministros. O motivo seria o mesmo que o levou a pedir vista do processo na última quinta-feira: o temor de que os ministros substitutos se juntem ao entendimento de Marco Aurélio Mello e Marcelo Ribeiro e derrubem a validade da lei para estas eleições.

O caso em questão é um recurso apresentado pelo deputado estadual Francisco das Chagas Alves (PSB-CE), que teve o registro negado no Ceará. O relator, Marcelo Ribeiro, se posicionou a favor do pedido, ao alegar que a Lei da Ficha Limpa só poderia entrar em vigor em 2011. Em junho, o TSE respondeu, por seis votos a um, que a lei teria validade imediata. Na ocasião, Ribeiro havia acompanhado o voto da maioria.

Dilma abre 11 pontos

Na carona dos 78% de popularidade do presidente Lula, a candidata Dilma Rousseff (PT) se consolida na dianteira da disputa eleitoral e se aproxima de uma vitória em primeiro turno. De acordo com a pesquisa Ibope divulgada ontem, a petista aparece com 43% das intenções de voto, seguida por José Serra (PSDB), com 32%, e Marina Silva (PV), com 8%. No levantamento anterior do Ibope, divulgado no último dia 6, Dilma tinha 39%, Serra, 32%, e Marina, 8%. Segundo os dados da pesquisa, se ignorados os votos brancos e nulos, Dilma cresceria para 51% e poderia levar a disputa já no primeiro turno.

O levantamento divulgado ontem mostrou uma queda do tucano em relação aos números de junho, quando aparecia com 36%. No cenário de um possível segundo turno entre a petista e o tucano, Dilma ganharia com 48% e Serra teria 37% da intenção de votos.

O Globo

País tem 37 milhões de pessoas que não têm dinheiro para pagar passagem regularmente

Madrugada no Parque São José, bairro da periferia de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Às 4h30m, o operário da construção civil Lincoln Key Taíra, 49 anos, tira do bolso R$ 5,50 para a passagem de ônibus. Ao sair de casa com destino ao trabalho, Taíra não tem a certeza de voltar para casa à noite, abraçar a mulher e os quatro filhos. Quando não consegue o dinheiro para pagar a tarifa, resta a ele procurar um lugar para dormir. Para não ficar na rua, Taíra recorre à calçada do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, como abrigo.

O morador de Belford Roxo é um dos 37 milhões de brasileiros que, semanalmente, não podem usar o transporte público de forma regular, por não terem como pagar a tarifa ou, simplesmente, como forma de economizar. A estatística é da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e tem como base estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Hora de tentar emocionar os eleitores

O horário eleitoral na televisão, que começa nesta terça-feira, será um dos maiores desafios para os dois principais candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Na avaliação de especialistas, apesar de estar à frente nas pesquisas, Dilma terá de se apresentar como capaz de lidar com as tensões do mundo político, e Serra precisa deixar clara sua posição em relação ao governo Lula. Marina Silva (PV) está mais à vontade, mas terá de discutir propostas de outras áreas, além da ambiental.

– O problema da Dilma está em apresentar-se como liderança capaz de ter jogo de cintura para enfrentar o embate político depois das eleições. Capacidade administrativa ela tem. O problema é como enfrentar as feras que vai encontrar pela frente no governo, se for eleita. Já o problema do Serra é que ele tem um viés para a esquerda na sua história, o que seria muito próximo ao Lula. Portanto, ele tem de decidir se é ou não oposição. Isso não está claro – avalia o cientista político Marcus Figueiredo, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Congresso em Foco

Equipe Fenatracoop

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