Uma estudante de medicina veterinária denunciou negligência da direção de uma escola municipal de Cambé após o filho, de 7 anos, autista verbal, relatar ter sido abusado por um colega de turma. O episódio teria ocorrido em maio, mas o menino só conseguiu contar à família em agosto. Por envolver crianças menores de 12 anos, nomes e a identificação da escola não são divulgados.
Relato da família
De acordo com a mãe, o filho descreveu que o colega o perseguia no recreio e que os abusos teriam ocorrido no banheiro da escola, possivelmente em mais de uma ocasião. A responsável afirma que já havia percebido mudanças de comportamento, como o pedido recorrente da criança para ir embora na hora do recreio.
Contato com a escola
A mãe buscou a secretaria da escola e relatou o caso. Segundo seu depoimento, teria sido desencorajada a registrar boletim de ocorrência. No dia seguinte, ela participou de uma reunião com a diretora e uma assistente social para detalhar o ocorrido. A denunciante afirma ter se sentido coagida durante a conversa.
Registro do boletim de ocorrência
Após procurar os órgãos competentes, a mãe registrou o BO e o menino foi encaminhado para exame de corpo de delito no IML de Londrina, em 22 de setembro. A Polícia Civil informou que investiga o caso e, por envolver duas crianças menores de 12 anos, o procedimento segue com o Conselho Tutelar.
Acompanhamento de saúde
A família relata que o menino teve surto e foi acolhido pelo Hospital das Clínicas de Londrina, iniciando acompanhamento psiquiátrico. A mãe informou ainda que o filho foi transferido de escola e atualmente estuda em Londrina.
Posição da Prefeitura de Cambé
Em nota oficial, a Prefeitura de Cambé afirmou acompanhar o caso “com atenção e sensibilidade”, destacando que a denúncia foi acolhida e que todas as providências estão sendo encaminhadas e averiguadas pelos órgãos competentes. Segundo o comunicado, crianças e famílias recebem acompanhamento integral e multidisciplinar.
A administração municipal ressaltou que, por se tratar de crianças abaixo da idade prevista para responsabilização criminal, todas as ações têm caráter protetivo. A prefeitura afirmou ainda que a identidade dos envolvidos será preservada e que colabora com as autoridades policiais e judiciais.
A Secretaria de Educação informou que a diretora “atuou corretamente”, ouvindo a mãe acompanhada de assistente social para documentar o atendimento.
Com informações do Portal Bonde