Londrina (PR) — Em entrevista coletiva no Estádio Vitorino Gonçalves Dias (VGD), os jogadores Cristiano e Alisson ressaltaram que o Londrina rumo à Série B passa por manter a identidade de jogo, controlar a ansiedade e transformar o apoio da torcida em desempenho. Às vésperas do confronto decisivo contra o São Bernardo, ambos apontaram a união do elenco, a recuperação física após viagem desgastante e a necessidade de “jogar para vencer”, sem se prender a cenários de empate ou derrota mínima.
Recuperação e ansiedade sob controle
Cristiano afirmou que, no meio da semana, o foco ainda era recuperar o corpo para chegar bem ao sábado. A ansiedade, segundo ele, cresce perto da partida, mas é administrada com rotina e concentração. O meia destacou que o grupo “não negocia a identidade”: o time seguirá propondo o jogo, empurrando o adversário para trás e buscando a vitória.
União, lealdade e ambiente vencedor
Desde sua chegada, Cristiano disse ter encontrado um grupo parceiro, leal e fechado entre jogadores e comissão técnica, condição que considera fundamental para as boas atuações no quadrangular. Ele citou a sequência recente — inclusive duas vitórias fora de casa — e o objetivo interno de engatar a terceira vitória seguida. O elenco, de acordo com o meia, está invicto no quadrangular e tem atuado com consistência tática, técnica e emocional.
Casa cheia e identidade mantida
Com ingressos esgotados, os atletas ressaltaram que a atmosfera no VGD é positiva, mas não altera o plano: “entrar para vencer”. Cristiano, que completará 20 anos de carreira, mencionou a presença de familiares e amigos na arquibancada como motivação extra, sem perder os “pés no chão”. Ele também falou sobre o orgulho pessoal pela campanha no ano (com mais de dez gols) e a possibilidade de disputar título caso o objetivo imediato seja confirmado.
São Bernardo: respeito e ajustes
Questionados sobre o adversário, os jogadores reconheceram a qualidade do São Bernardo e lembraram o confronto anterior, com oportunidades para ambos os lados. Cristiano observou que a comissão técnica sinalizou ajustes específicos e que, diferentemente de outras equipes que vieram ao VGD, o rival terá de jogar, o que tende a produzir um duelo mais aberto — cenário que o Londrina se diz preparado para enfrentar.
Liderança e recomeço: a visão de Alisson
Alisson descreveu o momento como de decisão, rechaçando clima de festa antes do jogo. Para ele, a chave será manter humildade, coragem e capacidade de duelo, sem cair na “armadilha” de jogar pelo empate. O volante ressaltou a reconexão com a torcida ao longo da temporada e definiu sua passagem atual como um recomeço: após períodos de lesão, celebrou o voto de confiança recebido pelo clube e prometeu “dar o máximo” em campo.
Profundidade do elenco e respostas do banco
O volante também destacou que o Londrina não depende de 11 nomes: as trocas têm decidido jogos e o grupo comprou as ideias da comissão técnica liderada por Roger. Na visão de Alisson, a combinação de qualidade, entrega e coletivo forte sustenta a campanha e embasa a preparação para o duelo.
Mensagem ao torcedor
Ambos reforçaram que a pressão faz parte da fase final: o time a enfrentou nos dois jogos fora e respondeu com vitórias. A orientação, agora com o VGD lotado, é jogar o “melhor jogo do ano” — e, se necessário, vencer mesmo sem brilho, priorizando eficiência e concentração.