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As duas primeiras reuniões de trabalho do governador Beto Richa nesta segunda-feira (3) foram com os secretários de Segurança Pública, o delegado federal Reinaldo de Almeida César, e o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto. Richa determinou ao secretário de Segurança a adoção de medidas para reduzir os índices de criminalidade violenta no Paraná. Na área de saúde, Richa aprovou o início de um plano emergencial para combater a dengue no Paraná.
“É preciso reduzir as taxas de homicídios, de latrocínios, de crimes violentos, crimes patrimoniais. Para isso vamos trabalhar no sentido de integrar as forças de segurança do Estado, com as forças federais, órgãos de inteligência, forças armadas, tendo em vista a perspectiva da posição geográfica do Paraná, que exige uma atenção especial, seja com o porto de Paranaguá, e de outro pela fronteira com o Paraguai”, disse Almeida César. “As ações serão norteadas com base em um planejamento que irá considerar as áreas onde os índices de criminalidade são mais altos, principalmente aqueles ligados ao tráfico de drogas”, afirmou o secretário.
O secretário de Saúde informou que o ano de 2010 foi o pior em número de casos de dengue, com 32.368 casos confirmados da doença e pelo menos 15 mortes. “Os municípios de Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Sarandi e Jacarezinho, onde há uma epidemia de dengue no momento, são prioridade zero nessa tarefa”, afirmou o secretário. Outros 51 municípios com Índice de Infestação Predial (IIP) muito alta também precisam de intervenção urgente do Estado no sentido de auxiliar o município e a sociedade local no combate à doença.
As medidas emergenciais na área de saúde, para os próximos 90 dias, incluem aquisição emergencial de nebulizadores costais, capacitação de agentes das unidades de saúde, e gestão junto ao Ministério da Saúde para autorizar um plano emergencial de repasse de recursos aos municípios mais afetados. Também serão feitas ações de levantamento rápido do índice de infestação e normatização da atuação de estabelecimentos comerciais como ferros-velhos, entre outros, para que tenham um plano de gerenciamento que ajude a conter a infestação.
A Secretaria de Saúde vai instalar ainda nesta semana uma sala de situação, que permita monitorar semanalmente os municípios com prioridade zero, para que, com a informação precisa, sejam feitas as intervenções necessárias em cada área. “O estado está disposto a deslocar técnicos e agentes preparados para dar suporte ao trabalho nos municípios que tenham dificuldade para fazer o enfrentamento do problema da dengue”, informou o secretário.
Dívidas remanescentes
Michele Caputo Neto disse ainda que a Secretaria de Saúde vive uma situação financeira bastante grave, e que por isso ainda precisa ser feita uma equalização orçamentária. “Recebemos a secretaria com débitos junto a prestadores de serviços da área hospitalar e ambulatorial de R$ 55 milhões e outros R$ 100 milhões em recursos que estavam empenhados e foram cancelados, para compra de insumos, equipamentos e investimentos”, afirmou. “Com ajustes que são possíveis, o governador Beto Richa, já determinou o cumprimento pleno da Emenda Constitucional 29 e essa medida por si só garante os recursos para que possamos ter capacidade de investimento”, disse ele.
O secretário anunciou ainda que os hospitais universitários terão prioridade no recebimento de recursos do estado. “Vão receber investimento de infraestrutura, de custeio, de capacitação de profissionais os hospitais que, a exemplo dos hospitais universitários, forem enquadrados no conceito de socialmente e sanitariamente necessários”, disse