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O governo federal deve aumentar a energia no Paraná em 32%. A Aneel divulgou a planilha inicial de reajuste, com esse índice, que ainda deve ter uma decisão final em reunião da agência na próxima terça-feira (17). Especialistas do setor elétrico já apontam o reajuste alto da luz como custo Dilma. Nos últimos anos, o governo federal não construiu hidrelétricas com reservatórios grandes, agora a falta de chuvas obriga o governo federal a acionar usinas térmicas, com energia muito mais cara.
Antes de assumir a presidência, Dilma Rousseff foi ministra das Minas e Energia do governo Lula. “Há problemas estruturais no sistema nacional. Não se pode dizer que está tudo em ordem quando o sistema está usando todas as termoelétricas e quando as usou mesmo em tempos de chuva”, disse o engenheiro Mario Veiga, um dos maiores especialistas no setor, em pronunciamento recente nas cadeias de rádio do País.
“Os últimos anos mostram também uma série de trapalhadas do governo federal, que deixaram distribuidoras sem energia contratada, obrigando-as a recorrer ao mercado livre, pagando preços muito mais elevados”, adianta.
O prejuízo tem que ser pago pelo consumidor, na tarifa, já que a culpa do desequilíbrio financeiro não é das distribuidoras, nem das demais empresas do setor.
O sistema nacional impede que uma distribuidora forneça diretamente a energia que é gerada em seu Estado. Todas as usinas do Brasil enviam a energia para o Operador Nacional do Sistema.
As distribuidoras regionais, como a Copel, são obrigadas a comprar essa energia em leilões do governo federal, pagando o preço vigente no mercado nacional. Como o uso de usinas térmicas tem sido intenso nos últimos anos, o preço da energia está em disparada. Segundo a Copel, o custo da empresa no reajuste é de apenas 1,5%. O restante é tudo custo do sistema nacional.