O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) pode ter dores de cabeça por conta do seu mais barulhento antagonista, Émerson Petriv, o “Boca Aberta”. Petriv entrou com pedidos no Ministério Público e na Câmara para que seja apurada a responsabilidade do prefeito pela não resposta a pedidos de informação protocolados por ele na Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e não respondidos depois de mais de 80 dias. Petriv pede que a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público apure a suposta improbidade administrativa e que a Câmara instaure um processo de cassação contra Kireeff com base no decreto 201/67, que rege a responsabilidade de prefeitos e vereadores.
Entre as perguntas feitas por Boca Aberta estão a forma está sendo firmada a relação da CMTU com a empresa que atua na coleta de lixo doméstico, a forma como está sendo tratada Central de Tratamento de Resíduos (CTR) e a relação da CMTU com a empresa Maxicom. Com relação aos serviços de capina e roçagem, Petriv questionou com está sendo feita a operação e se há empresa vencedora de processo de licitação. Ele também perguntou sobre a dotação orçamentária e os valores dos pagamentos que foram feitos para a empresa.
O primeiro pedido de informações data de 28 de junho e foi protocolado às 14h31. O segundo pedido, reiterando os mesmos questionamentos, é de 30 de julho e foi protocolado às 15h40. “Eles se negam a responder um requerimento feito por mim, estou pedindo a abertura de procedimentos para apurar um ato ilegal”, declaro Petriv.
Procurada pelo JL, a assessoria de imprensa da CMTU informou que a Companhia vai se manifestar no final da tarde.
Contexto
Petriv foi assessor do ex-deputado Antonio Belinati (PP), a quem é ligado politicamente. Disputou uma cadeira na Câmara no ano passado e ficou como terceiro suplente na chapa do PP. Ele é conhecido por andar pela cidade com uma moto com carro de som. Tem o hábito de parar o veículo em locais públicos, como o Terminal Urbano e o Centro Cívico e fazer discursos contra Kireeff. Recentemente invadiu o Plenário da Câmara para discursar contra a aprovação de uma lei que autoriza o município a protestar grandes devedores de tributos municipais. Foi contido pela segurança e detido pela Polícia Militar. Foi solto no mesmo dia.
A atual administração, apesar de alegar ter a transparência como prioridade, tem sido morosa na resposta a pedidos de informações. Um pedido feito pelo JL em abril foi respondido só em setembro. De acordo com a Lei da Transparência, o prazo para as respostas é de 20 dias.
Do Blog:
Baixo Clero
Fabio Silveira
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