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A Secretaria da Saúde do Paraná divulga hoje (12) o primeiro boletim de 2021 com os dados do monitoramento da dengue no Estado: são 1.724 casos confirmados no período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado.
O boletim registra um novo óbito por dengue; foi em Foz do Iguaçu, um homem, de 87 anos, que apresentava como comorbidades – hipertensão, cardiopatia e sequela de acidente vascular cerebral.
O Paraná soma 6 óbitos no período, nos municípios de: Foz do Iguaçu (2), Apucarana (1), Assai (1), Cambé (1) e Londrina (1).
186 municípios apresentam casos confirmados de dengue no Estado; 16 apresentam casos de dengue com sinais de alarme e 7 têm casos de dengue grave.
A Sesa realiza neste momento força-tarefa para atendimento a um surto no município de Sengés, na região dos Campos Gerais. A cidade, que faz divisa com o estado de São Paulo, tem cerca de 19 mil habitantes e contabiliza 73 casos confirmados da doença.
“O Paraná está atento à dengue e faz desde a última semana de dezembro um trabalho de contenção de surto em Sengés, visitando todas as casas de bairros que apresentam infestação do mosquito transmissor da dengue para eliminação dos criadouros do mosquito e orientação da população”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Tarefa – O trabalho, que segue os protocolos de prevenção da Covid-19, continua até o final desta semana, envolvendo profissionais das Regionais de Saúde de Jacarezinho e de Ponta Grossa, além de técnicos da vigilância do município de Sengés.
Cerca de 1.300 imóveis dos bairros Vila São Pedro e Conjunto Habitacional Osvaldo Sampaio já foram visitados pelas equipes; em cerca de 500 foram encontrados criadouros do Aedes aegypti, nos quintais e nas varandas das casas.
As equipes detectaram e removeram de forma mecânica centenas de criadouros em recipientes usados para armazenar água como baldes, caixas d´água e tanques.
“O problema é que estes reservatórios improvisados estavam descobertos; por isso, além da remoção dos focos, as equipes da vigilância orientaram os moradores sobre a necessidade da proteção no caso do armazenamento de água; é preciso tampar ou colocar tela nestes recipientes”, informou a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
“Os técnicos encontraram ainda criadouros considerados “clássicos”, como em pratinhos de vasos de plantas, pneus, baldes destampados, entulhos e lixo acumulados em ambientes externos das casas”, relatou a coordenadora.
Quatro caminhões com lixo, contendo vários tipos de recipientes e vasilhames que serviam de criadouro para o mosquito foram retirados até agora. “ Com este trabalho conseguimos eliminar milhares de larvas do Aedes aegypti, que ao completarem o ciclo para a fase alada estariam transmitindo a dengue”, disse o biólogo Rubens Massafera responsável pelo Núcleo de Vigilância Entomológica da 19ª Regional de Jacarezinho.
Armadilhas – As equipes da Sesa também estão instalando armadilhas para mensurar a presença do vetor em outros bairros da cidade. São armadilhas do tipo Ovitampra incorporadas pelo Programa Nacional de Controle da Dengue e que reproduzem o ambiente de um criadouro para efeito de pesquisa. Das 15 primeiras armadilhas instaladas, 10 detectaram e presença do mosquito Aedes aegypti.