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O processo para engravidar pode ser solitário! Entenda como se “cobrar menos” durante o processo!

A Coluna Bela Manchete entrevistou a psicóloga e palestrante, Mariana Finco sobre as “tentantes” e as consequências dessa fase.

A realidade da vida é feita por diversos acontecimentos sociais e até expectativas próprias, mas principalmente alheias! E ter filhos – seja de forma natural ou por adoção- é uma dessas “cobranças” que as mulheres acabam sentindo. A expectativa da sociedade ainda possui alguns direcionamentos, mas a realidade é que nem todas as mulheres  e homens, conseguem gerar um filho e, com isso, vêm os sentimentos mais complexos como sentimento de culpa e incapacidade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada seis casais têm dificuldade para engravidar, e o processo de tentar gerar um filho de forma natural pode ser devastador. E pensando em tudo isso, a Coluna Bela Manchete foi conversar com a psicóloga e palestrante, Mariana Finco, para abordarmos o contexto social das “Tentantes”, que são as mulheres que estão tentando ter filhos com ou sem a ajuda de novas tecnologias reprodutivas.

Coluna Bela Manchete: Como saber se “ser mãe” é um desejo real ou apenas um impulso?

Psicóloga Mariana Finco: Essa é uma pergunta profunda e muito importante! Nem sempre é fácil diferenciar o que é um desejo genuíno do que é uma expectativa externa. Vivemos em uma sociedade que ainda associa, muitas vezes, a realização feminina à maternidade e isso pode gerar uma pressão silenciosa!

Eu costumo dizer que um desejo real vem de dentro, com leveza, com vontade de viver aquela experiência apesar dos desafios. Já o impulso geralmente vem acompanhado de ansiedade, comparação e sensação de “dever ser”. Por isso, é tão importante olhar para dentro, se escutar, fazer terapia se possível, e permitir construir uma maternidade que faça sentido pra você ou, inclusive, uma vida plena sem filhos, se esse for o caminho mais verdadeiro.

Coluna Bela Manchete:  A partir do momento que se tem certeza, é possível planejar a maternidade sem sofrer com as expectativas?

Psicóloga Mariana Finco:  A certeza ajuda, mas não elimina os desafios. Planejar a maternidade envolve lidar com incertezas: tempo, corpo, relações, saúde emocional. Então, é natural que expectativas surjam e junto com elas, frustrações. O segredo está em flexibilizar, acolher os sentimentos e entender que nem sempre tudo acontece como imaginamos. A mulher que se permite viver esse processo com autenticidade, buscando apoio e se cuidando, consegue atravessar esse momento com muito mais serenidade e consciência.

Coluna Bela Manchete: As redes sociais contribuem ou libertam a mulher, no que diz respeito à escolha da maternidade?

Psicóloga Mariana Finco: As redes podem ser tanto espelho como prisão!!! Elas ampliam vozes, mostram diferentes formas de maternar e até mesmo mulheres que optaram por não ser mães e, isso, pode ser libertador. Mas também podem criar padrões inalcançáveis, idealizações e comparações que geram culpa e insegurança. Por isso, é importante filtrar o conteúdo que consumimos e lembrar: a maternidade real não cabe em um feed. Ela é imperfeita, desorganizada e, ainda assim, cheia de amor.

Coluna Bela Manchete: Você pode indicar obras (livros, filmes ou documentários) que poderão ajudar uma mulher que está na fase de tentativas de engravidar?

Psicóloga Mariana Finco: Alguns que considero sensíveis:  -Filme História de Amor em Copenhague(Netflix);

-Mãe fora da Caixa, de Thaís Vilarinho – mesmo sendo voltado para quem já é mãe, traz reflexões reais sobre os sentimentos envolvidos;

-Private Life” (Netflix)- um casal enfrentando desafios para engravidar — realista, sensível e humano.

Coluna Bela Manchete: A adoção, muitas vezes, é percebida como última alternativa? Como considerar a adoção e qual a força que ela tem para um casal ou uma mãe solo?

Psicóloga Mariana Finco: Infelizmente, sim. Muitas pessoas ainda enxergam a adoção como um “plano B” e não como uma forma legítima e potente de formar uma família! A adoção é, antes de tudo, um ato de amor consciente. Requer preparo emocional, responsabilidade e disponibilidade para amar uma criança por quem se escolhe esperar. Para muitos casais a adoção transforma a vida não como uma substituição de algo que não aconteceu, mas como um novo capítulo escrito com coragem e afeto. O importante é entender que a maternidade não nasce do útero, mas da conexão, da presença e do cuidado diário!

E aí, conhece algum casal ou mulher que têm passado pelo processo da “tentativa”?  Ou você mesma tem enfrentado esse momento? Se sim, leia e releia as dicas da psicóloga e palestrante Mariana Finco, dona da página linda @saudemental .

Mande esse conteúdo para quem precisa lê-lo e saiba que tudo dará certo!

Mande suas sugestões de pauta para o instagram oficial da Coluna @belamanchete .

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada seis casais têm dificuldade para engravidar, e o processo de tentar gerar um filho de forma natural pode ser devastador. E pensando em tudo isso, a Coluna Bela Manchete foi conversar com a psicóloga e palestrante, Mariana Finco, para abordarmos o contexto social das “Tentantes”, que são as mulheres que estão tentando ter filhos com ou sem a ajuda de novas tecnologias reprodutivas.

Coluna Bela Manchete: Como saber se “ser mãe” é um desejo real ou apenas um impulso?

Psicóloga Mariana Finco: Essa é uma pergunta profunda e muito importante! Nem sempre é fácil diferenciar o que é um desejo genuíno do que é uma expectativa externa. Vivemos em uma sociedade que ainda associa, muitas vezes, a realização feminina à maternidade e isso pode gerar uma pressão silenciosa!

Eu costumo dizer que um desejo real vem de dentro, com leveza, com vontade de viver aquela experiência apesar dos desafios. Já o impulso geralmente vem acompanhado de ansiedade, comparação e sensação de “dever ser”. Por isso, é tão importante olhar para dentro, se escutar, fazer terapia se possível, e permitir construir uma maternidade que faça sentido pra você ou, inclusive, uma vida plena sem filhos, se esse for o caminho mais verdadeiro.

Coluna Bela Manchete:  A partir do momento que se tem certeza, é possível planejar a maternidade sem sofrer com as expectativas?

Psicóloga Mariana Finco:  A certeza ajuda, mas não elimina os desafios. Planejar a maternidade envolve lidar com incertezas: tempo, corpo, relações, saúde emocional. Então, é natural que expectativas surjam e junto com elas, frustrações. O segredo está em flexibilizar, acolher os sentimentos e entender que nem sempre tudo acontece como imaginamos. A mulher que se permite viver esse processo com autenticidade, buscando apoio e se cuidando, consegue atravessar esse momento com muito mais serenidade e consciência.

Coluna Bela Manchete: As redes sociais contribuem ou libertam a mulher, no que diz respeito à escolha da maternidade?

Psicóloga Mariana Finco: As redes podem ser tanto espelho como prisão!!! Elas ampliam vozes, mostram diferentes formas de maternar e até mesmo mulheres que optaram por não ser mães e, isso, pode ser libertador. Mas também podem criar padrões inalcançáveis, idealizações e comparações que geram culpa e insegurança. Por isso, é importante filtrar o conteúdo que consumimos e lembrar: a maternidade real não cabe em um feed. Ela é imperfeita, desorganizada e, ainda assim, cheia de amor.

Coluna Bela Manchete: Você pode indicar obras (livros, filmes ou documentários) que poderão ajudar uma mulher que está na fase de tentativas de engravidar?

Psicóloga Mariana Finco: Alguns que considero sensíveis:  -Filme História de Amor em Copenhague(Netflix);

-Mãe fora da Caixa, de Thaís Vilarinho – mesmo sendo voltado para quem já é mãe, traz reflexões reais sobre os sentimentos envolvidos;

-Private Life” (Netflix)- um casal enfrentando desafios para engravidar — realista, sensível e humano.

Coluna Bela Manchete: A adoção, muitas vezes, é percebida como última alternativa? Como considerar a adoção e qual a força que ela tem para um casal ou uma mãe solo?

Psicóloga Mariana Finco: Infelizmente, sim. Muitas pessoas ainda enxergam a adoção como um “plano B” e não como uma forma legítima e potente de formar uma família! A adoção é, antes de tudo, um ato de amor consciente. Requer preparo emocional, responsabilidade e disponibilidade para amar uma criança por quem se escolhe esperar. Para muitos casais a adoção transforma a vida não como uma substituição de algo que não aconteceu, mas como um novo capítulo escrito com coragem e afeto. O importante é entender que a maternidade não nasce do útero, mas da conexão, da presença e do cuidado diário!

E aí, conhece algum casal ou mulher que têm passado pelo processo da “tentativa”?  Ou você mesma tem enfrentado esse momento? Se sim, leia e releia as dicas da psicóloga e palestrante Mariana Finco, dona da página linda @saudemental .

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