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O preço estampado na vitrine é R$ 19,99. A sensação para o consumidor é que não custa nem “20 reais”. Mas, pagando com uma nota de R$ 20, dificilmente a pessoa recebe (ou espera) o troco.
Apesar de o Banco Central ter parado de fabricar as moedas de R$ 0,01 em 2004, o que dificulta o troco de valores quebrados, muitas lojas ainda adotam preços que terminam em R$ 0,9.
“É uma estratégia de marketing. A loja não põe o preço cheio para criar o efeito psicológico no consumidor, que vê R$ 19,99 e tem a sensação de que não é R$ 20”, afirma a advogada Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).
O Banco Central afirma que o real adota um padrão monetário centesimal e os empresários e comerciantes são livres para cotar seus preços. A informação oficial é que existem 3 bilhões de moedas de R$ 0,01 em circulação.
Mas é bem difícil receber uma de troco ou encontrar quem a tenha.
Segundo a advogada, se não tem o R$ 0,01 para dar de troco, a loja precisa arredondar o preço para baixo.
A Fecomercio-SP informa que recomenda aos associados que adotem preços que possibilitem restituir o troco.
Alguns preços acabam quebrados devido à forma como o produto é comercializado. É o caso das mercadorias vendidas por peso. Também há fabricantes que colocam nas embalagens um preço sugerido quebrado, o que pode causar atrito entre comerciante e consumidor final.
Ao fim, o importante é exigir o troco.