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Pedidos de prisão de Renan, Cunha, Jucá e Sarney geram crise com STF
Vazamento do caso é crime, diz ministro Gilmar Mendes; políticos do PMDB negam acusação de tentar obstruir Lava Jato
Em ato inédito, a Procuradoria- Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal pedidos de prisão de um ex-presidente da República, José Sarney, e de um presidente do Senado, Renan Calheiros. Ambos são do PMDB. O procurador-geral, Rodrigo Janot, também pediu a prisão de outros dois peemedebistas, o senador Romero Jucá e o deputado afastado Eduardo Cunha. Os quatro são acusados de tentar obstruir a Operação Lava Jato. A divulgação dos pedidos sigilosos pelo jornal “O Globo” causou crise com o STF. Para o ministro Gilmar Mendes, o vazamento é brincadeira e abuso de autoridade. Outro membro do tribunal falou em pressão sobre a corte. Os processos esperam, sem prazo, decisão do ministro relator, Teori Zavascki…
O Globo
Manchete: Partidos se unem contra prisões
Para Renan, pedido de Janot é abusivo; Sarney se diz ‘perplexo e revoltado’
Além do PMDB, integrantes de PT e PSDB criticam pedido do procurador-geral
O pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá, todos do PMDB e acusados de tentarem atrapalhar a Lava-Jato, provocou forte reação deles e dos partidos. A decisão está nas mãos do ministro do STF Teori Zavascki, que analisará o pedido do procurador-geral, Rodrigo Janot, revelado ontem pelo GLOBO. Janot também requereu a prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, como mostrou a TV Globo. Renan chamou o pedido de “desproporcional e abusivo”. Sarney se disse “perplexo, indignado e revoltado”. A notícia deixou alarmado o Senado, onde tramita pedido de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Partidos de campos opostos, como PT e PSDB, defenderam os peemedebistas. (Pág. 3 e editorial “Percalços nos embates contra a impunidade”)
Tia Eron some, e votação sobre Cunha é adiada
Após cinco horas de sessão, o Conselho de Ética da Câmara adiou a votação do processo de cassação do presidente afastado, Eduardo Cunha, para evitar sua absolvição. Responsável pelo voto de desempate, a deputada Tia Eron (PRB-BA) não apareceu, o que daria direito de voto ao suplente Carlos Marun (PMDB-MS), defensor de Cunha. O presidente do conselho, José Carlos Araújo, usou artifício regimental para adiar a sessão. Cunha, que lançou mão de várias manobras para arrastar o processo contra ele por mais de seis meses, desta vez chamou o recurso de espúrio. Tia Eron reclamou do assédio e pediu paz para tomar sua decisão. A próxima sessão não foi marcada. (Pág. 7)
Gilmar: divulgação é ‘brincadeira’ com o Supremo
Sem citar nomes, o ministro do STF Gilmar Mendes chamou de “brincadeira” o vazamento dos pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB, o que, segundo ele, configura crime. Embora caiba ao relator da Lava- Jato, Teori Zavascki, se pronunciar sobre os pedidos, ele poderá submeter a decisão ao plenário do STF. (Pág. 3)
Jorge Bastos Moreno
Existem dois Sarney. Isso explica reações opostas a ele. (Pág. 6)
Merval Pereira
Nada será igual após o que estamos vivenciando. (Pág. 4)
Ancelmo Gois
Investidores esperam julgamento final do impeachment. (Pág. 14)
Ricardo Noblat
Ameaça de tsunami faz a República dormir mal. (Pág. 6)
Elio Gaspari
Janot leva faxina aos salões do PMDB, e o circo pega fogo. (Pág. 18)
Zuenir Ventura
Escrúpulos vão às favas por dinheiro, e não por ideologia. (Pág. 19)
Roberto DaMatta
Governar no Brasil é, acima de tudo, “se arrumar”. (Pág. 19)
Paulo Celso Pereira
Prisões podem levar a uma crise entre poderes. (Pág. 4)
PF investiga obra em Deodoro
A PF apura suposto desvio de recursos nas obras do Complexo Esportivo de Deodoro. Operação fez busca ontem em escritórios da OAS e da Queiroz Galvão. (Pág. 29)
Senado aprova Ilan Goldfajn no BC
Por 56 votos a favor e 13 contra, o Senado aprovou o nome do economista Ilan Goldfajn para a presidência do BC. (Pág. 25 e Míriam Leitão)
O Estado de S. Paulo
Manchete: Planalto teme que pedido de prisão de Renan atrapalhe impeachment
Os pedidos de prisão de líderes do PMDB feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por tentativa de obstrução da Justiça, causaram apreensão no Palácio do Planalto. A avaliação é que o episódio pode ter impacto na definição do processo de impeachment de Dilma Rousseff e na agenda legislativa de Michel Temer. Estão na lista de Janot o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador e ex-ministro Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),e o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP). A solicitação também abalou o Congresso, onde parlamentares governistas e de oposição foram da cautela a duras críticas ao procurador. A decisão agora caberá ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que deve levar o caso a plenário. Ministros da Corte criticaram vazamento. (Política/Págs. A4 a A7)
Governo pressiona para ajudar Cunha e votação é adiada
A pressão do Planalto sobre o PRB para proteger Eduardo Cunha provocou adiamento, para terça-feira, da votação no Conselho de Ética do parecer que pede cassação do peemedebista. Peça-chave na decisão, Tia Eron (PRB-BA) não apareceu na sessão. (Pág. A9)
Delatores apontam propina para Jucá
À Lava Jato, executivos da Andrade Gutierrez citaram propina a Romero Jucá e Edison Lobão. Ontem, o Conselho de Ética do Senado arquivou pedido de abertura de processo contra Jucá. (Pág. A8)
Análises
Dora Kramer
Aqui se paga
Na perspectiva da sociedade, Janot fez o correto, a partir do preceito da independência entre os Poderes. (Pág. A6)
Rubens Glezer
Supremo na berlinda
Se não decretar prisões, STF será acusado de arbitrário e parcial. Se decretar, começam as questões políticas. (Pág. A7)
Coluna do Estadão
Sexta-feira faz um mês que a força-tarefa da Lava Jato pediu a Teori Zavascki que devolva a Curitiba os inquéritos envolvendo o ex-presidente Lula. Pelo menos cinco investigações contra o petista foram remetidas ao Supremo. (Pág. A4)
Empregados da Caixa vão cobrir rombo na Funcef
A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, começou em maio a cobrar de seus participantes taxa adicional de 2,73% para cobrir déficit de R$ 2,3 bilhões registrado em 2014. Essa nova tarifa deve durar 17 anos. (Economia/Págs. B1 e B3)
Governo libera mais R$ 38 bi em gastos (Economia/ Pág. B4)
8 grupos concentram 27% dos universitários (Metrópole/Pág. A13)
Mônica de Bolle
Frustrações olímpicas
Olimpíada haverá de deixar-nos prejuízo de 0,7% do PIB, ou uns R$ 42 bilhões. Mais perdas em País com contas mergulhadas no vermelho. (Economia/Pág. B4)
Notas & Informações
A lição simples de Goldfajn
Economista deixou clara a oposição entre o caminho da sensatez e a trajetória para o atoleiro. (Pág. A3)
Juízes com medo da verdade
Forma de intimidação de jornalistas adotada pelos magistrados paranaenses não é nova. (Pág. A3)
Folha de S. Paulo
Manchete: Pedidos de prisão de Renan, Cunha, Jucá e Sarney geram crise com STF
Vazamento do caso é crime, diz ministro Gilmar Mendes; políticos do PMDB negam acusação de tentar obstruir Lava Jato
Em ato inédito, a Procuradoria- Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal pedidos de prisão de um ex-presidente da República, José Sarney, e de um presidente do Senado, Renan Calheiros. Ambos são do PMDB. O procurador-geral, Rodrigo Janot, também pediu a prisão de outros dois peemedebistas, o senador Romero Jucá e o deputado afastado Eduardo Cunha. Os quatro são acusados de tentar obstruir a Operação Lava Jato. A divulgação dos pedidos sigilosos pelo jornal “O Globo” causou crise com o STF. Para o ministro Gilmar Mendes, o vazamento é brincadeira e abuso de autoridade. Outro membro do tribunal falou em pressão sobre a corte. Os processos esperam, sem prazo, decisão do ministro relator, Teori Zavascki. No caso de Renan e Cunha, as medidas precisam ser discutidas pelo plenário do STF e, caso recebam aval, também do Senado e da Câmara. Já Sarney e Jucá estão no âmbito da segunda turma da corte, que trata da Lava Jato. Gravações feitas pelo delator Sérgio Machado, que sugerem articulação contra a investigação, baseiam os pedidos, exceto o de Cunha. Renan negou ter tentado obstruir a Justiça. A defesa de Jucá disse que a medida não se justifica. Sarney, alvo de pedido de prisão domiciliar e uso de tornozeleira, se disse “indignado”. Para Cunha, o pedido é “abusivo”. (Poder a4)
Risco de revés faz comissão adiar votação sobre Cunha
Presidente e relator do Conselho de Ética da Câmara manobraram para adiar a votação que decidiria se Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Casa, teria o mandato cassado. Considerada voto decisivo, Tia Eron (PRB-BA) não apareceu, o que permitiria a um aliado de Cunha votar. Para a defesa do deputado, a decisão foi vergonhosa. (Poder a6)
Senadores aprovam Ilan Goldfajn para a presidência do BC (Mercado pág. 3)
Hélio Schwartsman
Corte deveria fazer um mutirão para julgar os políticos
Um pedaço da crise que o país atravessa seria evitado se o STF resolvesse rápida e definitivamente casos como os de Cunha e Renan. Quando peças-chave do Legislativo continuam a dar as cartas com a espada de Dâmocles sobre as cabeças, o resultado é a instabilidade política. Bem que o STF poderia fazer um mutirão para julgar no mérito os processos de políticos que lá estão. (Opinião a2)
Vinicius Torres Freire
Governo Temer gasta crédito com donos do dinheiro
Quanto à economia, Temer ainda está em período de graça, ao menos na opinião dos poderes do dinheiro. Os tumultos do seu início de governo, por enquanto só levantam a suspeita de que tudo pode ir à breca, não de que irá. Temer gasta esse crédito. Surfa no deficit de Dilma Rousseff. Os povos dos mercados toleraram. A incógnita maior, ressalte-se, está na coalizão indizível. (Mercado pág. 4)
PF investiga suposta fraude de R$ 85 mi em obra da Rio-2016 (Esporte B7)
Editoriais
Leia “Falta explicar”, sobre pedido de prisão de políticos peemedebistas, e “Evidências e versões”, acerca de mortes causadas por policiais em São Paulo. (Opinião a2)
Edição: Equipe Fenatracoop, Quarta-Feira, 08 de Junho de 2016