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O Festival de Música de Londrina, este ano em sua 30ª edição, traz duas apresentações para Cambé. Neste sábado, dia 17 de julho, às 11 horas, no Calçadão, o Grupo L.A.T.A. (Laboratório Aberto de Trabalho Artísticos) da Universidade Estadual de Londrina mostra um espetáculo de maracatu de baque virado. No próximo sábado, dia 24 de julho, também às 11 horas, no Calçadão, o Grupo de Acordeão Evelina Grandis, de Londrina, apresenta um espetáculo de música popular brasileira.
O Grupo L.A.T.A. é coordenado por Edgar de Abreu e Maurido Werner. Músico, tem desenvolvido o estudo de diferentes rítmos brasileiros como baião, côco, maculelê, maracatu, entre outros. Criado há cinco anos com o objetivo ensinar e divulgar os ritmos afro-brasileiros em apresentações, o L.A.T.A. também oferece aulas com o grupo Latinha. É composto por 12 batuqueiros.
O Grupo de Acordeão homenageia em seu nome a precursora da música em Londrina Evelina Grandis. Ela chegou ao Norte do Paraná em 1946, vinda do Estado de São Paulo. Criou o primeiro grupo, em 1951, e ministrou aulas até 1974, quando ficou doente e foi proibida pelo médico de continuar tocando.
Evelina defendia que o instrumento – que não gostava que chamassem de sanfona – poderia tocar qualquer ritmo, inclusive música clássica. O sonho dela era ver o acordeão em uma orquestra sinfônica. A paixão pela música foi transmitida aos filhos. Mas, após a morte dela, em 1985, eles afastaram-se temporariamente da música.
Em 2002, nas comemorações do cinqüentenário do Conservatório Musical de Londrina, os acordeonistas que tocavam com Evelina foram convidados a se reunirem para um show. Hoje, o grupo reúne nove músicos, na faixa de 51 a 75 anos de idade.