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terça-feira, novembro 5, 2024

Disputa eleitoral passa ser herança no Brasil

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Políticos lançam herdeiros na disputa para manter o nome da família no poder.

Prefeitos, deputados federais e estaduais e governadores acostumados estarem no poder, já estão pensando e articulando a sua permanência nos mais autos escalão da política brasileira e paranaense. Alguns, pelo avançar da idade, outros por problemas de saúde ou até mesmo pelo desgaste de sua imagem perante a população, estão preparando filhos, esposas e irmãos para assumirem o seu lugar na política, fato que garante a permanência desses velhos caciques de política no poder.

De acordo com especialistas, a tarefa pode ser fácil para uma geração que cresceu vendo os pais, esposos e irmãos em palanques, carreatas e viajando pelo estado atrás de votos. Sobrenome conhecido eles já têm. O desafio é extrapolar o possível quadro de eleitores herdados e manter a família no poder. A legenda que mais está investindo na renovação por meio de filhos de lideranças partidárias é o PSDB.

Depois de cinco mandatos, o tucano Nárcio Rodrigues – que se licenciou da Câmara dos Deputados para assumir a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – não vai tentar a reeleição, deixando a responsabilidade de manter o legado para Caio Nárcio, de 26 anos, seu filho caçula. Para ficar conhecido, Caio está acompanhando o pai no interior do estado e já chegou a representá-lo em inauguração de obras na base eleitoral da família.

Mas não é só no PSDB que herança política passa de pai para filho. Filho de pai e mãe com carreira na política, Frederico Ferramenta (PT) vai disputar a eleição para deputado estadual. Sua mãe, Cecília Ferramenta (PT), é prefeita de Ipatinga, no Vale do Aço, e já esteve por dois mandatos na Assembléia de Minas. Seu pai, Chico Ferramenta, também foi prefeito de Ipatinga, por três mandatos, e já passou pela Assembléia e Câmara dos Deputados.
No sétimo mandato na Assembléia, Antônio Genaro (PSC) disputou as últimas eleições junto com o filho Leandro Genaro, que como ele é pastor evangélico. O deputado conseguiu se reeleger, mas o filho ficou como segundo suplente do partido. No ano que vem, a dobradinha deve se repetir.

Na região Norte do estado do Paraná, mais precisamente na região de Londrina, essa pratica de passar o poder de pai para filho também vem sendo uma constante. O deputado federal Luiz Carlos Jorge Hauly do PSDB que está no seu sexto mandato consecutivo e vai buscar o seu sete mandato como deputado federal, deve emplacar também nas eleições deste ano o seu filho Luiz Hauly como candidato a deputado estadual pelo PSDB. Outro cacique da política paranaense que tem a sua base  eleitoral na região de Londrina e que teve cinco mandatos consecutivos como deputado estadual e atualmente e conselho do tribunal de contas do estado do Paraná Durval Amaral também vai colocar o se filho Thiago Amaral como candidato a deputado estadual pelo DEM nas eleições deste ano.

Para muitos entendidos e a própria população, acha que a ação de transformar a disputa eleitoral em herança passando de pai para filho coloca em xeque o modelo histórico da democracia mantendo no poder as famílias tidas como tradicionais na política do nosso País.

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