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O número de consumidores que procuraram crédito no mercado, no primeiro semestre deste ano, caiu 7,4% ante o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados hoje (10) pela empresa de consultoria Serasa Experian. Essa é a maior queda no indicador desde 2008, quando o índice começou a ser medido.
De acordo com a Serasa, os níveis mais elevados de inadimplência e de endividamento do consumidor reprimiram a demanda por crédito durante o primeiro semestre de 2012, apesar das reduções dos juros e demais medidas de estímulo ao consumo adotadas pelo governo.
O movimento de retração foi forte em quase todas as faixas de renda. A única exceção foi a dos brasileiros que ganham menos de R$ 500 mensais, que ampliaram a demanda em 2% nos primeiros seis meses do ano. Segundo a Serasa, a alta foi impulsionada pelo aumento do salário mínimo.
Entre os que têm uma remuneração mensal de mais de R$ 10 mil, houve queda de 7,5% no semestre. No segmento com salários entre R$ 5 mil e R$ 10 mil houve recuo de 8,1%. A maior queda foi encontrada na faixa de renda de R$ 2 mil a R$ 5 mil, com uma baixa de 8,8%. Já entre os que ganham de R$ 1 mil a R$ 2 mil e de R$ 500 a R$ 1 mil, a redução na busca por crédito nos seis primeiros meses do ano foi 8,4% e 8,6%, respectivamente.
Na análise por região, ainda considerando os primeiros seis meses do ano, as quedas menos expressivas foram encontradas naquelas de menor renda. Nas regiões Norte e Nordeste houve variação de -0,3% e -4,7%, respectivamente. Na Centro-Oeste, a redução da demanda dos consumidores por crédito foi 5,4%. No Sudeste e no Sul, houve queda de 8,6% e 9,1%, respectivamente.
No comparativo mensal, considerando o mês de junho ante maio, a queda na procura por crédito ficou em 2,1%. Quando comparado o sexto mês de 2012 a junho de 2011, houve retração de 6,6%.