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No terceiro dia de mobilização dos caminhoneiros por todo o País, a CNTA – Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, em conjunto com Associações, Federações e Sindicatos representantes da categoria, participou em Brasília, de uma reunião convocada pelo Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, da qual também estiram presentes, o Ministro dos Transportes, Valter Casemiro, o Secretário de Governo, Carlos Marun e o diretor da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres.
No encontro, o presidente da CNTA, Diumar Bueno, listou as duas principais reivindicações dos caminhoneiros, a primeira pede outra política de reajuste de preços do óleo diesel, com redução de impostos, principalmente do PIS/COFINS e do ICMS e a segunda, exige o fim da cobrança de tarifa dos caminhões vazios, que passam nas praças de pedágio com os eixos levantados. Mesmo com a Lei 13.103/15, sancionada pelo Governo Federal em 2015, que suspendeu essa cobrança, as concessionárias insistem em desrespeitar a Lei.
Após o fim da reunião, o presidente da Confederação dos Transportadores Autônomos, Diumar Bueno, afirmou que o Governo não apresentou nenhuma proposta concreta e ficou acertado um segundo encontro com as lideranças dos caminhoneiros para amanhã, às 14 horas, no Palácio do Planalto. E sobre uma possível trégua pedida pelo Presidente Temer, Diumar Bueno disse que infelizmente, o Governo está condicionado à paralisação permanecer por mais um dia. O descontentamento da categoria já tinha sido informada ao Governo, no dia 16 de maio, através de um Ofício, com os pontos de reivindicações, mas nada foi feito para evitar os protestos, que já atingem 25 estados e mais do Distrito Federal.
No balanço feito pela CNTA, no terceiro dia de mobilização, foram identificados cerca de 370 atos de caminhoneiros ao longo das principais rodovias estaduais e federais do Brasil. Na Região Sul, tem 160 pontos de concentração, na Sudeste, 105, na Região Nordeste, 51, na Centro-Oeste, 56 e Norte, os atos estão em 12 locais.
A mobilização é extensa e cresce a cada momento, são milhares de quilômetros de caminhões parados e os reflexos da falta de transportes estão em todos os setores, que registram desabastecimento dos mais diversos produtos. No Paraná, o desabastecimento chegou aos postos de combustíveis, às montadoras de veículos, às cooperativas. Em Recife, a prefeitura suspendeu o transporte escolar. Em outros estados, como no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins, os postos também já estão sem combustíveis. No Ceará, Sergipe, Pará há falta de hortifrutigranjeiros, e em muitos supermercados, os estoques foram reduzidos e há falta de produtos alimentícios. A Agência de Correios anunciou que vai suspender temporariamente as postagens encomendadas com dia e hora marcados por causa da paralisação dos caminhoneiros. Indústrias, cooperativas, montadoras, supermercados, enfim, todos os setores produtivos do País estão tomando medidas emergenciais para minimizar o desabastecimento.
Para a CNTA essa situação já era prevista uma vez o Brasil passa pelas rodovias, tudo é transportado por caminhões, de norte a sul, se os motoristas param, o País para também.
Fonte: Assessoria de Imprensa