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Os pequenos podem crescer e se consolidar em suas atividades econômicas. Em Cambé, 334 deles optaram por tornar seus negócios mais viáveis recorrendo a recursos para ter capital de giro e equipamentos melhores, desde que o Programa Banco Social Microcrédito foi instalado no município, em 2001.
O Banco Social é a alternativa dos pequenos empreendedores, inclusive informais, de obterem financiamentos. O programa, do Governo do Estado e da Agência de Fomento do Paraná, funciona a partir de parceria entre a Prefeitura de Cambé, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social.
O total de financiamentos liberados no município nesses anos de funcionamento do Banco Social é de cerca de R$ 380 mil. Entre empreendedores, seus familiares e em alguns casos empregados, são aproximadamente 640 pessoas beneficiadas.
De acordo com o agente de crédito Daniel Pedroso, são três diferentes modalidades de financiamento de acordo com a situação do microempreendedor. Quem está iniciando a atividade, mesmo que ainda trabalhe informalmente (sem constituir uma empresa formal) pode obter financiamento para capital de giro de até R$ 700,00 a serem pagos em seis meses. Para investimento fixo (compra de equipamento e reforma do estabelecimento) o prazo é de 18 meses e o valor máximo é de R$ 2.000,00. O iniciante pode optar ainda pelo investimento misto (capital de giro e investimento fixo). Nesse caso, o valor máximo é de R$ 2.000,00 e o prazo é de 12 meses.
Como informais podem ser enquadrados vendedores de lanches, costureiras, pequenos que trabalham no ramo de artesanato, fabricantes de relógios de parede e até faccionistas, informa Daniel Pedroso.
O microempreendedor que está com o negócio consolidado pelo menos por seis meses, mesmo que seja ainda informal, pode financiar até R$ 2.000,00 para capital de giro, para serem pagos em seis vezes, e de R$ 5.000,00 para investimento fixo, a serem pago em 18 vezes. Ele pode optar pelo investimento misto, no valor máximo de R$ 5.000,00. Nesse caso o pagamento é em 12 parcelas. Existe a possibilidade do pagameto começar a ser feito após o terceiro mês (carência de três meses) para investimento fixo e investimento misto. A regra não vale para capital de giro.
A terceira modalidade oferecida pelo Banco Social é para o microempreendedor formal, com a empresa devidamente constituída há seis meses, no mínimo. É o chamao financiamento para expansão. O valor para capital de giro é de R$ 3.000,00 com pagamento em nove parcelas. Para investimento fixo o valor máximo é de R$ 10.000,00 e o pagamento é em 24 parcelas. Se optar pelo investimento fixo o valor máximo é R$ 10.000,00 em 18 parcelas. Também pode haver carência de três meses, mas somente para investimento fixo e investimento misto.
O microempreendedor formal só tem o financiamento aprovado se a receita bruta de sua atividade seja de até R$ 360.000,00 por ano. Nas três modalidades a taxa de juros é de 0,95% ao mês pela tabela price. O candidato ao financiamento deve apresentar um avalista que não esteja incluído no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e na Serasa. “O avalista deve ter uma capacidade de renda que sobreponha 30% do valor da parcela do financiamento”, avisa o agente de crédito. Não são aceitos como garantia bens como imóveis, carros ou outros objetos.
O Banco Social funciona no prédio da Agência do Trabalhador, na rua França 988. O funcionamento é das 8h30 às 11h30 e das 13 às 17 horas. O interessado deve agendar atendimento pelo telefone 3174-0449.