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Brasil investe cinco vezes menos em educação que países desenvolvidos

Levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, instituição que reúne os 31 países mais ricos do mundo, revela que o Brasil investe em educação apenas um quinto do montante destinado ao setor pelos países desenvolvidos.

Segundo o estudo, a média de investimentos na Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Estados Unidos e Japão, por exemplo, ultrapassam os US$ 94 mil por aluno durante o ciclo do ensino fundamental. Já no Brasil o gasto médio por aluno fica em pouco mais de US$ 19 mil.

Presidente da Comissão de Educação, o deputado Angelo Vanhoni (PT/PR) afirma que o governo vem se empenhando para diminuir esta diferença. Ele lembra que o orçamento para educação em 2003 era de R$ 19 bilhões e hoje este valor chega a R$ 62 bilhões.

Angelo Vanhoni aponta algumas medidas adotadas para melhorar a qualidade do ensino, como por exemplo a aprovação da Emenda Constitucional 59. Entre outros pontos, a emenda passa para o governo federal a responsabilidade pela educação infantil. O deputado avalia que, dessa forma, as prefeituras de todo o País terão recursos suficientes para a construção de escolas e pré-escolas.

Angelo Vanhoni tem expectativas otimistas para os próximos anos.

“A previsão que temos para os próximos dez anos é que o governo brasileiro possa chegar aos patamares de 7 a 8% de investimento no PIB, isso equivale, nos deixará em igualdades de condições a todos os países desenvolvidos em relação à educação. Nesse sentido, tenho a impressão que o caminho que o Brasil está seguindo é o caminho da diminuição dessas diferenças em relação ao ensino fundamental nos países desenvolvidos.”

O especialista em política educacional Erasto Fortes Mendonça compartilha desse otimismo. Para ele há uma tendência à reversão do quadro porque o Brasil vem investindo cada vez mais no setor.

“Eu tenho consciência, não tenho uma posição ingênua em relação a esta questão. Como analista de política educacional não poderia, de forma nenhuma, ter esta posição, mas acho que é forçoso reconhecer que o Brasil, nos últimos anos, vem conquistando um espaço importante no aumento da conscientização sobre a importância da educação e de seu papel na sociedade. De maneira que estamos começando a alcançar resultados de esperança para que tenhamos uma educação de melhor qualidade para as novas gerações. Na educação, nada se faz de um dia para o outro. Estamos colhendo hoje aquilo que as gerações passadas nos plantaram.”

Ao comparar o tratamento dispensado pelos últimos governos à educação, Erasto Fortes não poupou críticas à gestão de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, no governo FHC, a educação superior foi “jogada ao mercado”, com todas as preocupações focadas no ensino fundamental. O relacionamento das entidades científicas e sindicais com o Estado também enfrentou dificuldades, segundo o especialista.

Já no governo Lula, Fortes destaca que o tratamento foi diferenciado. Ele lembra que os reitores das instituições federais tiveram a oportunidade de discutir o papel das universidades pessoalmente com o presidente, uma vez ao ano, durante o período dos dois mandatos.

Para Erasto Fortes, caso a candidata do PT, Dilma Roussef, seja eleita, a tendência é de continuidade da política do governo Lula, que encarou as universidades como uma ação importante do Estado.

Por outro lado, uma eventual vitória do tucano José Serra, a tendência natural, segundo Fortes, é a da volta das políticas anteriores, com a universidade sendo vista como campo de trabalho do mercado privado.

De Brasília, Idhelene Macedo.

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