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Fechamento do Pronto Socorro da Santa Casa de Cambé revolta vereadores e motiva ação no Ministério Público

A atitude dos diretores da Santa Casa de Misericórdia de Cambé em fechar o Pronto Socorro no último final de semana e também na segunda-feira, alegando falta de médicos, causou revolta e motivou os vereadores a entrar como uma ação no Ministério Público para exigir que posicionamentos desse tipo nunca mais aconteçam, antes de se esgotar todas as formas de diálogo e tentativas de soluções para qualquer tipo de situação.

A ação conta com a assinatura de todos os vereadores e será protocolada hoje, dia 7, às 15 horas, no Fórum local.

Segundo o presidente da Câmara, Conrado Scheller, “a entidade achou um meio covarde e cruel para chamar a atenção, numa demonstração pura de desrespeito para com o cidadão cambeense”. Ele disse ainda que o legislativo aprovou recentemente o aumento solicitado pela entidade no repasse de recursos por parte da Prefeitura, praticamente dobrando o valor anterior.

O presidente da Câmara afirmou também que para aprovar esse aumento a Câmara tomou o cuidado de especificar que esses recursos seriam para manter o quadro de profissionais para funcionamento exclusivo do Pronto Socorro. “Então essa atitude não se justifica, pois mesmo que os recursos não sejam ainda suficientes para a contratação de todos os profissionais necessários, pelo menos alguém teria que estar contratado e trabalhando”, disse.

Conrado considerou o fechamento do Pronto Socorro como uma chantagem com a população. “Fechar as portas para quem precisa de atendimento é dar a demonstração de que a entidade fecha também os olhos para os princípios cristãos, além de ignorar seus objetivos. O que pretenderam foi simplesmente colocar a faca no pescoço das autoridades, fugindo das suas próprias responsabilidades, em detrimento ao diálogo e à parceria. A Câmara sempre esteve de portas abertas para a entidade e nunca se furtou de conversar e buscar soluções para os problemas. Desta vez nem fomos procurados e isso deixa claro que precisamos tomar todas as providências para realmente esclarecer tudo o que está acontecendo naquela entidade”, afirmou.

VEREADORES SE POSICIONAM – Para o vereador Paulo Tardiolle a atitude tomada pela diretoria da Santa Casa manchou a imagem da instituição. Segundo ele “mesmo com as portas abertas a entidade deixou de atender a comunidade já faz muito tempo e não podemos admitir mais essa situação”.

Já Cecílio Araujo afirmou que serviço de saúde é essencial para a população e no seu entendimento um hospital fecha portas por superlotação ou problemas de outra natureza. Mesmo assim precisa existir a preocupação de direcionar os pacientes para atendimento em outros locais. “A subvenção, autorizada pela Câmara, que o município repassa é para custear a contratação de médicos e outros profissionais. Cabe à entidade determinar a capacidade de atendimento que dá para prestar com esses recursos. Agora, não é dessa forma que se trata uma questão séria como é a saúde. Não dá para brincar com a vida das pessoas”, disse.

Segundo Irineu Defende “a diretoria da Santa Casa foi muito infeliz com essa atitude já que recebe religiosamente em dia os recursos firmados em contrato. Agora, se são suficientes ou não, essa é uma questão de discutir com mais transparência sobre como é gasto esse dinheiro. O que não podemos é aceitar que situações como esta voltem a acontecer em Cambé”.

O líder do prefeito Junior Felix afirmou que a Santa Casa é uma entidade particular que recebe recursos públicos para prestar determinados tipos de serviço. “Portanto é obrigada a cumprir com seus compromissos. Temos que verificar de perto a situação, pois penso que falta algum tipo de organização”.

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A ação conta com a assinatura de todos os vereadores e será protocolada hoje, dia 7, às 15 horas, no Fórum local.

Segundo o presidente da Câmara, Conrado Scheller, “a entidade achou um meio covarde e cruel para chamar a atenção, numa demonstração pura de desrespeito para com o cidadão cambeense”. Ele disse ainda que o legislativo aprovou recentemente o aumento solicitado pela entidade no repasse de recursos por parte da Prefeitura, praticamente dobrando o valor anterior.

O presidente da Câmara afirmou também que para aprovar esse aumento a Câmara tomou o cuidado de especificar que esses recursos seriam para manter o quadro de profissionais para funcionamento exclusivo do Pronto Socorro. “Então essa atitude não se justifica, pois mesmo que os recursos não sejam ainda suficientes para a contratação de todos os profissionais necessários, pelo menos alguém teria que estar contratado e trabalhando”, disse.

Conrado considerou o fechamento do Pronto Socorro como uma chantagem com a população. “Fechar as portas para quem precisa de atendimento é dar a demonstração de que a entidade fecha também os olhos para os princípios cristãos, além de ignorar seus objetivos. O que pretenderam foi simplesmente colocar a faca no pescoço das autoridades, fugindo das suas próprias responsabilidades, em detrimento ao diálogo e à parceria. A Câmara sempre esteve de portas abertas para a entidade e nunca se furtou de conversar e buscar soluções para os problemas. Desta vez nem fomos procurados e isso deixa claro que precisamos tomar todas as providências para realmente esclarecer tudo o que está acontecendo naquela entidade”, afirmou.

VEREADORES SE POSICIONAM – Para o vereador Paulo Tardiolle a atitude tomada pela diretoria da Santa Casa manchou a imagem da instituição. Segundo ele “mesmo com as portas abertas a entidade deixou de atender a comunidade já faz muito tempo e não podemos admitir mais essa situação”.

Já Cecílio Araujo afirmou que serviço de saúde é essencial para a população e no seu entendimento um hospital fecha portas por superlotação ou problemas de outra natureza. Mesmo assim precisa existir a preocupação de direcionar os pacientes para atendimento em outros locais. “A subvenção, autorizada pela Câmara, que o município repassa é para custear a contratação de médicos e outros profissionais. Cabe à entidade determinar a capacidade de atendimento que dá para prestar com esses recursos. Agora, não é dessa forma que se trata uma questão séria como é a saúde. Não dá para brincar com a vida das pessoas”, disse.

Segundo Irineu Defende “a diretoria da Santa Casa foi muito infeliz com essa atitude já que recebe religiosamente em dia os recursos firmados em contrato. Agora, se são suficientes ou não, essa é uma questão de discutir com mais transparência sobre como é gasto esse dinheiro. O que não podemos é aceitar que situações como esta voltem a acontecer em Cambé”.

O líder do prefeito Junior Felix afirmou que a Santa Casa é uma entidade particular que recebe recursos públicos para prestar determinados tipos de serviço. “Portanto é obrigada a cumprir com seus compromissos. Temos que verificar de perto a situação, pois penso que falta algum tipo de organização”.

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