Na última sexta-feira (24 de outubro), o Portal Cambé conversou com Felipe e Vieira, representantes do projeto Pedalando para a Vida, iniciativa que percorre longas distâncias de bicicleta com o objetivo de conscientizar sobre a doação de medula óssea. A ação nasceu em 2019, em parceria com a APACN (Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia), de Curitiba, instituição que acolhe pacientes de todo o país em tratamento contra o câncer.
Segundo Vieira, o grupo descobriu, por meio da entidade, que a chance de um paciente encontrar um doador compatível de medula óssea é de um em cada 100 mil pessoas, um número que evidencia a importância de ampliar o registro de voluntários. “O povo brasileiro é muito miscigenado, o que torna mais difícil encontrar compatibilidade genética. Por isso, buscamos aumentar o número de doadores com cada pedalada”, destacou.
Desafios sobre duas rodas
Desde o início, o grupo já realizou oito expedições de bicicleta pelo Brasil e outros países da América do Sul, como Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia e Uruguai. A primeira jornada aconteceu entre Foz do Iguaçu e Paranaguá, totalizando 800 quilômetros em sete dias.
Cada percurso é uma oportunidade para divulgar a causa e conscientizar sobre o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), que é administrado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e está entre os três maiores bancos de doadores do mundo, sendo o único mantido exclusivamente com verbas públicas.
Felipe explicou que muitos mitos ainda cercam o tema. “Muita gente acredita que a medula óssea fica na coluna vertebral, mas isso não é verdade. Ela está dentro dos ossos, no tutano, e é responsável por produzir o sangue e as defesas do organismo. Outro mito é sobre o custo do processo — mas todo o transporte e acompanhamento do doador são garantidos pelo SUS.”
Como se tornar um doador
O grupo orienta que pessoas entre 18 e 35 anos procurem o banco de sangue mais próximo ou a Secretaria de Saúde de seu município para manifestar o desejo de se registrar como doador de medula óssea. Também é importante manter os dados atualizados no cadastro, já que isso facilita o contato caso haja compatibilidade com algum paciente.
Além de promover informação, o Pedalando para a Vida também realiza campanhas interativas, como o sorteio de camisetas temáticas entre os seguidores que comprovarem seu registro como doadores.
Apoio e parcerias
O projeto conta com o apoio de diversas empresas, como a VZAN, de Cambé, que forneceu rodas especiais para a expedição até a Terra do Fogo, além de Força Total, PHD Academias, Pedaleria, Santu Seguros, Shimano do Brasil e o canal Café com Bala.
Durante a passagem por Cambé, o grupo recebeu suporte da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar, representada pelo tenente Moreira, que auxiliou na hospedagem e logística.
Vieira e Felipe agradeceram ao Portal Cambé pela divulgação e reforçaram o convite para que mais pessoas se juntem à corrente do bem.
“Cada registro pode significar uma nova chance de vida. Nosso propósito é unir pessoas por um único objetivo: ajudar quem precisa”, destacou Vieira.
Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no site pedalandoparavida.com.br e nas redes sociais @pedalando_para_vida.
