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SESP
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária ofereceu curso de capacitação sobre o uso de drone (veículo aéreo não tripulado) para policiais civis e policiais rodoviários federais. A intenção é utilizar o equipamento no trabalho de investigação policial. O curso, realizado na terça-feira (10) na sede da Polícia Rodoviária Federal, em Curitiba, foi ministrado pelo capitão da Polícia Militar Eduil Nascimento Júnior e pelo escrivão da Polícia Civil Rodrigo Taborda Ribas, que trabalham no setor de Engenharia da pasta.
Segundo o capitão Nascimento, o equipamento conta com uma câmera de alta resolução e pode ser utilizado em resgates, perícias e rebeliões. “O drone auxilia a observação de locais com aglomeração de pessoas como eventos de futebol e shows, no levantamento de informações de locais que estão sob investigação, e também para realizar perícia em local de crime. Além disso, os bombeiros tem a possibilidade de verificar a extensão de um incêndio florestal com o equipamento ou localizar um local para realizar resgate e salvamento de pessoas, por exemplo”, diz.
O aparelho também foi utilizado em duas rebeliões ocorridas no ano passado, uma na Penitenciária Estadual de Piraquara e outra na Penitenciária Industrial de Guarapuava, para captar a imagens de dentro do presídio, o que auxiliou nas negociações com os presos.
Durante a capacitação, o capitão também solicitou uma maior atenção aos órgãos responsáveis pela fiscalização do equipamento. “A secretaria está aguardando a regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para poder, como órgão de segurança, projetar um aparelho de maior alcance”, afirma.
O diretor da Escola Superior de Polícia Civil, delegado Cristiano Quintas, que também participou do evento, disse que a intenção é que a capacitação seja fornecida também durante o curso para escrivães, investigadores e delegados da Polícia Civil. “A gente vê isso como um recurso tecnológico que a polícia não pode ficar longe. Pensamos em institucionalizar isso lá na Escola de Polícia, ou seja, habilitar os profissionais de segurança pública para que eles saibam operar o drone e trazer mais essa ferramenta para a nossa rotina”, explica.