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Mudanças nas manobras de desengasgo em bebês, crianças e adultos é assunto urgente

Segundo classe médica, é preciso que a população aprenda os protocolos de primeiros socorros e tenha condições de ajudar alguém em caso de colapso

As orientações sobre como agir em casos de engasgo sofreram atualizações importantes no final de outubro. As novas diretrizes, divulgadas por instituições internacionais de primeiros socorros e reanimação como, a American Heart Association (AHA) e o European Resuscitation Council (ERC) trazem mudanças tanto na sequência das manobras como na forma de abordagem da vítima.

O órgão que publicou as alterações na revista científica Circulation é a AHA, Associação responsável por definir as diretrizes de forma internacional, e que reúne estudos e validões de profissionais da área cardiológica de todo o mundo. E essas alterações chegam após a AHA constatar que 40% das paradas cardíacas infantis fora do hospital nos EUA são causadas por emergências respiratórias ou asfixia.

Dr. Ederlon Nogueira-CRMPR:30.009

E para termos acesso ao passo a passo das novas diretrizes para desengasgo em crianças, adultos e bebês confirmado por um médico, fomos conversar com o Dr. Ederlon Nogueira, cardiologista intervencionista, membro das Sociedades Brasileiras de: Cardiologia e Hemodinâmica. “As manobras de engasgo , nas crianças acima de 1 ano de idade e nos adultos, quando a gente suspeita de uma obstrução total, mais grave, em que a vítima leva as mãos à garganta ali, quando ela parece sem ar, sem conseguir tossir, nem mesmo falar, temos que adotar as seguintes ações:  posicione-se atrás da vítima, levemente inclinado para frente, dê cinco tapas firmes nas costas com o calcanhar da mão, alterne com  cinco compressões abdominais , a conhecida manobra de Heimlich, com a mão em punho, feche um punho e posicione-o acima do umbigo e abaixo do osso do peito da vítima, até ela desobstruir a via aérea. Em caso de colapso, perda da consciência, outro procedimento precisa ser adotado, pois se tornou uma parada cardíaca e aí, nós vamos adotar as compressões torácicas no ritmo RCP, com 100 a 120 compressões torácicas por minuto”.

ILUSTRAÇÃO AHA- MANOBRA DESENGASGO EM CRIANÇAS E ADULTOS
REPRODUÇÃO AHA- DESENGASGO EM BEBÊS ( CRIANÇAS MENORES DE 1 ANO)

Em relação à abordagem de bebês, crianças menores de um ano, não houve mudança. De acordo com Dr, Ederlon Nogueira, os golpes nas costas dos bebês para desobstrução continuam sendo o foco. “Recomendamos a manobra clássica, cinco golpes no dorso do bebê, com o bebê apoiado no braço do socorrista, de forma segura, com as mãos no queixo da criança para observar se tem leite ou o objeto que estava obstruindo a vítima está saindo e alternamos essa manobra com cinco compressões torácicas e vamos realizando os movimentos até a criança expelir o que está causando a obstrução. Em caso de perda da consciência do bebê, a manobra a ser adotada é a para parada cardíaca, que passou a ser: a gente passa a comprimir o tórax da crianças com dois polegares, com a mão circundando o tórax com 30 compressões e duas manobras de boca a boca para ventilar a via aérea”.

Dr. Ederlon destaca que as mudanças coordenadas pela AHA, têm como foco a segurança e eficácia nos primeiros socorros, no atendimento do leigo, da pessoa que não tem conhecimento técnico ou clínico. E que a comunidade esteja atenta às manobras de desengasgo, mas também ao atendimento do colapso de uma pessoa em necessidade, seja uma criança ou adulto. “ A comunidade médica sabe que as pessoas mal sabem reconhecer uma parada cardíaca, a gente sabe que apenas uma pequena quantidade de pessoas que chegam à atendimento no ambiente hospitalar recebem algum atendimento ou compressão torácica pelo leigo antes da chegada do serviço de emergência, e é fundamental que o leigo identificando uma pessoa, seja ela criança ou adulto em necessidade, inicie as manobras de compressão cardíaca, pois quando isso não acontece as chances de sobrevivência da vítima são pequenas. Esperara somente o atendimento do Samu ou Siate muitas vezes, naõ é suficiente”.

Também segundo o Dr. Ederlon, os números de engasgo em crianças no Paraná são altos. “No ano de 2024, mais de 1500 atendimentos foram feitos pelo SUS em todo o estado, em crianças abaixo de 10 anos de idade, sendo que a grande maioria deles eram bebê”.

Por fim, o Dr. Ederlon Nogueira, cardiologista intervencionista, membro das Sociedades Brasileiras de: Cardiologia e Hemodinâmica salienta que a prevenção e o preparo para receber um bebê em casa, ou para acompanhar o crescimento de uma criança sem grandes riscos, é preciso que a comunidade se atente. “É importante que toda a população tenha estratégias para diminuir as chances de engasgo pelas crianças. É importante que os pais estejam sempre atentos às crianças, não deixar objetos pequenos e brinquedos minúsculos pela casa. Importante também os pais educarem os irmão maiores para que o irmão (ã) maior- mesmo crianças- reconheça quando o irmãozinho engoliu algum objeto ou colocou algo na boca. E precisamos cada vez mais capacitar os leigos a reconhecerem uma pessoa em colapso”.

FONTE ESPECIALISTA: Dr. Ederlon Nogueira-CRMPR:30.009 / RQE 17.403/2318
Cardiologista Intervencionista
Membro das Sociedades Brasileiras de Cardiologia e Hemodinâmica

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Emily Müller
Emily Müller
Jornalista apaixonada pelas "boas notícias" e criadora da Coluna Bela Manchete! Esposa e mãe dedicada, se dedica a pesquisa e veiculação de informações positivas que passam por diferentes editoriais, como moda, comportamento,life style,saúde e bem-estar.

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