O sistema de estacionamento rotativo de Cambé, conhecido como Zona Verde, passou por mudanças importantes para facilitar a vida dos motoristas que circulam pela região central da cidade. Entre as principais alterações estão a criação de um período de tolerância de 15 minutos, novas formas de pagamento e a destinação dos recursos arrecadados para ações sociais voltadas a adolescentes e jovens do município.
Segundo Wellington Marcati, um dos responsáveis pela operação da Zona Verde, a medida da tolerância foi uma demanda antiga da população e foi aprovada após consenso entre a Prefeitura, os vereadores e a entidade gestora. Agora, ao estacionar, o motorista tem até 15 minutos gratuitos, que podem ser solicitados ao colaborador da Zona Verde ou são emitidos automaticamente no sistema.
Regularização e prazos
Caso o condutor não efetue o pagamento da tarifa, ele recebe um aviso de regularidade, que pode ser quitado no prazo de até quatro dias úteis, evitando autuação de trânsito. O valor equivale a dez horas de estacionamento. Se não for pago nesse prazo, o motorista pode receber uma multa emitida pelos agentes da Sestran.
Marcati reforça que o objetivo do sistema não é punir, mas sim garantir a rotatividade das vagas e a mobilidade urbana. “A Zona Verde facilita o acesso ao comércio e aos serviços do centro, permitindo que mais pessoas encontrem vagas disponíveis”, explicou.
Pagamentos e tecnologia
Os motoristas podem pagar o estacionamento por meio dos colaboradores, dos totens instalados em pontos estratégicos ou pelo aplicativo Estacione Legal. Os totens aceitam moedas e também possuem QR Code para pagamento via Pix. Segundo Marcati, a manutenção dos equipamentos foi intensificada recentemente para garantir o funcionamento adequado.
Uma das vantagens do aplicativo é a cobrança proporcional: caso o usuário não utilize todo o tempo adquirido, o saldo restante retorna para sua conta, gerando economia.
Recursos destinados a projetos sociais
Todo o valor arrecadado com a Zona Verde é administrado pelo ISAP (Instituto Social de Aprendizagem Profissional), que desenvolve projetos educacionais e de capacitação para adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Atualmente, os cursos são realizados no antigo Colégio Sesi, na Rua da Lapa, e incluem aulas de informática básica para jovens de 14 a 18 anos. Uma nova turma, com 42 alunos, está em fase de formatura, e as inscrições para a próxima edição estão abertas.
Marcati destaca que a atuação do ISAP em Cambé segue o mesmo modelo aplicado pela EPESMEL em Londrina, ambas mantidas pelo Instituto Leonardo Murialdo, ligado à Congregação de São José. “Nosso trabalho é dar oportunidades e formação para adolescentes e jovens, especialmente os mais vulneráveis, para que possam ingressar no mercado de trabalho no futuro”, afirmou.