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“PARCIMÔNIA” DO BC DETONA DÓLAR
Os mercados de câmbio e juros futuros dedicaram-se ontem ao ajustamento não propriamente à decisão principal tomada na véspera pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a de intensificar o aperto monetário mediante uma alta, amplamente prevista e precificada, de 0,50 ponto na Selic, mas à sugestão implícita no comunicado pós-reunião de que os próximos passos monetários serão parcimoniosos.
Governo adota PIB de 0,8% em 2015, previsto pelo mercado
As projeções da pesquisa Focus realizada pelo Banco Central junto ao mercado financeiro foram utilizadas na proposta de modificação da LDO do ano que vem, enviada ao Congresso. A estimativa de crescimento da economia em 2015 foi revisada de 2% para 0,8%. A mudança de tom mostra o que deverá ser Joaquim Levy na Fazenda: “Para saber o que eu farei, basta ler o meu discurso de apresentação”, disse o futuro ministro a um interlocutor, lembrando seu compromisso com o ajuste fiscal.
O Globo
Manchete : Governo reduz projeção do PIB para 0,8% em 2015
Proposta para alterar LDO do ano que vem adota meta fiscal de Levy
Compromisso é obter superávit de 1,2% do PIB, deixando claro quais serão os descontos para investimentos do PAC. Previsão para crescimento econômico do país fica mais realista, próxima do que estima mercado financeiro
Em sua primeira ação concreta para tentar resgatar a credibilidade da política fiscal, o governo enviou ontem ao Congresso proposta para alterar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, na qual adota uma previsão mais realista para o crescimento do PIB no ano que vem, de 0,8%. Antes, o governo estimava 2%, bem acima das projeções do mercado, hoje em 0,77%. A proposta enviada ao Congresso também confirma a meta de superávit fiscal anunciada pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de 1,2% do PIB. A meta deixa claro quais serão os descontos feitos para investimentos no PAC. E traz previsões mais transparentes para o comportamento da dívida pública, que ficará estável nos próximos dois anos e só cairá a partir de 2017. Ontem, Levy teve seu primeiro encontro formal com o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, dando início oficial à transição. (Pág. 25 e Merval Pereira)
Poupança tem menor captação em 3 anos
Depósitos superaram saques em R$ 2,5 bilhões, menor valor para novembro desde 2011. Com orçamento apertado, famílias poupam menos. (Pág. 26)
Manobra de 2014 avança
Numa maratona de 19 horas que só terminou às 5h da madrugada de ontem, com parlamentares sonolentos, o Congresso aprovou, como queria o Planalto, o texto-base da manobra fiscal que libera o governo de cumprir a meta de superávit deste ano. Faltou quorum, porém, para apreciar destaque da oposição. (Pág. 8)
Ministros e Dilma saem em defesa do PT
Após divulgação do depoimento do executivo da Toyo Setal Augusto Mendonça Neto, que diz que propina por negócios com a Petrobras virou doação oficial para o PT, a presidente Dilma pediu respeito “às escolhas legítimas” do povo. Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (AGU) também saíram em defesa do PT. (Pág. 3)
MPF deve denunciar empreiteiros
Procuradores preparam ação por corrupção e lavagem de dinheiro contra integrantes do clube de empresas beneficiadas pelo cartel que operou na Petrobras. (Pág. 4)
PF indicia 33 por cartel do metrô
A PF indiciou 33 pessoas por participação no cartel que fraudou licitações em obras do metrô e de trens de SP em governos do PSDB, de 1998 a 2008. Entre elas há doleiros, servidores e executivos. (Pág. 9)
Ilimar Franco
Mercadante abre o coração
O interlocutor da presidente Dilma para tratar com os aliados da reforma ministerial, Aloizio Mercadante, está irado com as versões de suas conversas. Ele diz que só encaminha os pleitos dos partidos e que quem decide sobre eles é a presidente Dilma. Mercadante reclama que está sendo usado por terceiros e diz: “Quem tem candidatura a ministro que a defenda. Não se esconda atrás de mim”. (Pág. 2)
Merval Pereira
Dilma cai na real
Devemos aplaudir o gesto sincero do governo de rever suas previsões para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, mas não há como não ficar preocupado com os números “realistas” com que a nova equipe econômica se compromete. O primeiro governo Dilma, que parece não ter fim, foi caracterizado, entre outras coisas, pelas previsões otimistas que acabaram sempre atropeladas pela realidade. (Pág. 4)
Míriam Leitão
LADEIRA ÍNGREME
A indústria automobilística enfrenta um ciclo de baixa que ainda não deu sinais de forte reversão. A produção está caindo quase 10% este ano, e a melhora que se viu no segundo semestre foi interrompida pelo tropeço de 9,7% em novembro. A entidade que representa o setor aguarda com bons olhos as mudanças na política econômica, mesmo que isso signifique aumento de juros e redução de subsídios. (Pág. 26)
Editoriais
O velho e o novo na administração Dilma
Haverá pressões, no segundo mandato, para retrocessos, e, se a presidente fraquejar, manchará de vez sua biografia como administradora pública (Pág. 22)
É necessário manter-se a Aids sob controle
Apesar dos avanços na luta contra uma doença incurável, o Brasil ainda tem preocupantes indicadores da epidemia (Pág. 22)
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Zero Hora
Manchete : Sartori escolhe um político para Fazenda
Giovani Feltes – Fazenda
Carlos Búrigo – Secretaria-Geral
Márcio Biolchi – Casa Civil
Governador eleito anuncia os três primeiros nomes do secretariado. Giovani Feltes vai comandar as finanças do RS e articular a defesa das medidas amargas em gestação. (Notícias | 10 e 16)
Planalto reduz previsão do PIB
Em tom realista, governo baixa de 2% para 0,8% a expectativa de crescimento para 2015. (Notícias | 14)
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Valor
Empresas garantem crédito concedido a seu fornecedor
Grandes companhias estão facilitando o acesso a crédito por pequenas e médias empresas, uma alternativa à crescente dificuldade dessas firmas em obter financiamento junto aos bancos
Pagamentos da Sete Brasil estão atrasados
A Sete Brasil está atrasando pagamentos aos estaleiros responsáveis pela construção de 29 sondas de perfuração de petróleo que vão demandar investimentos de US$ 25,5 bilhões
Nova equipe econômica usa previsão do mercado
A equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff vai trabalhar com as previsões de mercado que constam do boletim Focus para o crescimento da economia, a inflação, o câmbio e os juros. Até agora, o governo usava as projeções feitas pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda
Lagarde aprovou discurso de Levy
Em entrevista ao Valor, Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, disse que se sentiu animada pelos comentários feitos pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, “em que ele ressaltou o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal e com políticas macroeconômicas equilibradas”
BB garante superávit do Tesouro
O Banco do Brasil responderá por quase metade do superávit primário previsto para 2014. Segundo fontes, o Tesouro espera receita de R$ 4,5 bilhões com o pagamento de Imposto de Renda na operação entre o BB e a Cielo, que se associaram para formar uma empresa de cartões
Brasil Econômico
Manchete : Governo adota PIB de 0,8% em 2015, previsto pelo mercado
As projeções da pesquisa Focus realizada pelo Banco Central junto ao mercado financeiro foram utilizadas na proposta de modificação da LDO do ano que vem, enviada ao Congresso. A estimativa de crescimento da economia em 2015 foi revisada de 2% para 0,8%. A mudança de tom mostra o que deverá ser Joaquim Levy na Fazenda: “Para saber o que eu farei, basta ler o meu discurso de apresentação”, disse o futuro ministro a um interlocutor, lembrando seu compromisso com o ajuste fiscal. (Pág. 3)
Produção de veículos continua caindo, mas em ritmo menor
No mês passado, setor automotivo produziu 264,8 mil unidades, um recuo de 9,7% na comparação com outubro. (Pág. 5)
Crise da água mobiliza municípios mineiros
Sob, pressão do cenário de desabastecimento e do Ministério Público Estadual, cidades da Bacia do Paraopeba criam Plano de Ação para promover o saneamento de esgoto. (Pág. 6)
Celulares e tablets salvam a receita de eletrônicos
Segundo a Abinee, setor registrará alta nominal de 2% no ano e queda real de 3%. (Pág. 4)
Mosaico Político
Gilberto Nascimento
ALCKMIN DIVIDE PT
A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo está rachada. Entre os atuais 22 deputados, uma parte defende uma dura oposição ao governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB). Outra é adepta de uma oposição mais suave. (Pág. 2)
Sintonia Fina
Julio Gomes de Almeida
PERSPECTIVAS PARA A ECONOMIA
Já é possível delinear o quadro básico para a economia brasileira deixado pelo ano de 2014. O Brasil não vai escapar de assistir a uma queda dos investimentos, o que é disparadamente o pior resultado para o ano. (Pág. 7)
O mercado como ele é…
Luiz Sérgio Guimarães
“PARCIMÔNIA” DO BC DETONA DÓLAR
Os mercados de câmbio e juros futuros dedicaram-se ontem ao ajustamento não propriamente à decisão principal tomada na véspera pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a de intensificar o aperto monetário mediante uma alta, amplamente prevista e precificada, de 0,50 ponto na Selic, mas à sugestão implícita no comunicado pós-reunião de que os próximos passos monetários serão parcimoniosos. (Pág. 19)
Ponto Final
Octávio Costa
EM NOME DA DEMOCRACIA
Após audiência como governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a presidente Dilma Rousseff voltou a fazer um aceno de paz para seus adversários. Na presença do tucano, ela afirmou que, durante campanhas eleitorais, “é natural divergir, criticar e disputar”. Disse também que é compreensível que, em alguns momentos, a temperatura se eleve. Mas reafirmou que não considera natural que o clima de guerra persista após o pronunciamento das urnas. (Pág. 32)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Governo revê a alta do PIB em 2015 de 2% para 0,8%
Previsão menor integra plano de resgate da credibilidade da política econômica
Em documento enviado ao Congresso, o governo Dilma Rousseff (PT) reduziu a projeção oficial para o crescimento do PIB (produção de bens e serviços do país) em2015, de 2% para 0,8%. Pela primeira vez na gestão da presidente, apresenta- se expectativa similar à dos analistas de mercado. A estimativa será utilizada na elaboração do Orçamento de 2015, cujo projeto inicial contava com uma expansão econômica de 3%. A previsão mais realista integra a estratégia dos futuros ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) de trabalhar com metas possíveis de cumprir, para recuperar a credibilidade da política do governo para o setor. A nova equipe econômica vê na decisão gesto para reatar relações com o mercado financeiro. Em tom de despedida, o ministro Guido Mantega disse deixar a economia melhor do que recebeu. (Mercado b1)
PF indicia 33 por cartel de trens em gestões do PSDB em SP
A Polícia Federal encerrou investigação sobre o cartel de empresas que fraudou licitações de trens em São Paulo de 1998 a 2008, em governos do PSDB, e acusou 33 pessoas de envolvimento em crimes. Ex-servidores, executivos, lobistas e doleiros estão entre os indiciados. Caberá ao Ministério Público apresentar ou não denúncia contra eles. (Poder a12)
Presos na Lava Jato tentam usar argumento que libertou Duque
Advogados de seis presos na Operação Lava Jato, entre os quais o presidente da OAS e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, tentam estender medida que libertou da prisão o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Teori Zavascki, ministro do STF, mandou soltá-lo por considerar que não havia fato concreto que justificasse manter a detenção. (Poder a4)
Por reaproximação, Joe Biden deve vir à posse de Dilma
O governo americano deve anunciar nos próximos dias que o vice-presidente, Joe Biden, virá à posse de Dilma Rousseff, em janeiro. A última vez que isso ocorreu foi em 1990, quando Collor assumiu. Será mais um gesto dos EUA para tentar se reaproximar do Brasil. (Mundo a16)
Produção de veículos acumula queda de 15% no ano e preocupa setor (Mercado b3)
Graduação a distância ganha mais cursos e dispara no país
Em dez anos, a quantidade de matrículas na graduação a distância no Brasil passou de 50 mil em 2003, que representavam 1,3% do total de inscritos, para 1,15 milhão (16%) no ano passado. Antes, a área de educação concentrava a maioria dos alunos. Hoje, há mais cursos, que oferecem videoaulas e softwares que simulam experimentos. (Cotidiano C1)
Negociação sobre acordo mundial para o clima inclui ideia brasileira (C5)
Foto-legenda : Noite do abacaxi
O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) oferece a fruta a colegas durante sessão de quase 19 horas em que congresso aprovou, em meio a cochilos, texto que permite ao governo fechar as contas deste ano (Poder a10)
Reinaldo Azevedo
Uma organização criminosa está no comando do Brasil?
Se for fato o que dizem os delatores, a coisa é pior do que parece: o Brasil está sendo governado por uma organização criminosa. A oração subordinada definirá o sentido da principal e se o PT tem de ser posto na ilegalidade. (Poder a9)
Editoriais
Leia “Novo ativismo”, a respeito de protestos contramanobra fiscal, e “Aids subestimada”, acerca de aumento de contaminações entre os jovens. (Opinião A2)
EBC
Edição: Equipe Fenatracoop