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Dilma retalia Temer e ala do PMDB dá sinal de debandada
Presidente exonera aliado de vice; peemedebistas do Rio indicam saída
Às vésperas da decisão do PMDB de romper ou não com o Palácio do Planalto, o diretório regional do Rio de Janeiro tomou decisão favorável ao afastamento no encontro marcado para o próximo dia 29. A seção é considerada a maior aliada de Dilma no partido. Ao todo, os fluminenses têm 12 dos 119 membros do diretório nacional. Se todos votarem contra o governo, como chegou a ser divulgado pela ala oposicionista, o desembarque do governo é dado como certo. O PMDB tem 69 deputados na Câmara e Dilma precisa de pelo menos 171 para barrar o impeachment. …
O Globo
Manchete: PMDB do Rio decide romper com governo Dilma
À mídia estrangeira, presidente diz que impeachment é ruptura democrática
O mais influente e símbolo da fidelidade à presidente Dilma, o PMDB do Rio decidiu romper com o governo. A decisão, comunicada ao vice Michel Temer, sinaliza a tendência da maior parte da legenda. Ontem, um dia após ministros do STF afirmarem que impeachment não é golpe e está previsto na Constituição, Dilma disse a jornais estrangeiros que seu impedimento seria a “ruptura da ordem democrática”. Dilma alegou que tirá-la do cargo deixaria cicatrizes duradouras para a democracia e que apelará, “com todos os modos legais disponíveis”, para não sair da Presidência. (Págs. 3 e 4)
Merval Pereira
Está em gestação um conluio para melar a Lava-Jato. (Pág. 4)
Míriam Leitão
Lula quer jogar a culpa pela crise na Lava-Jato. (Pág. 22)
Nelson Motta
Como recriar o sistema político após perda total? (Pág. 13)
Lista inclui políticos que não concorreram
As planilhas com 284 nomes, apreendidas na Odebrecht, mostram como prováveis beneficiários políticos que não concorreram a eleições em 2012 ou 2014. (Pág. 9)
Revista põe Moro como líder mundial
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato em Curitiba, foi apontado pela revista americana “Fortune” como o 13º principal líder mundial. (Pág. 10)
Pezão se afasta do cargo para tratar câncer
Governador tem linfoma. Em seu lugar, assume o vice Francisco Dornelles
O governador Pezão, de 60 anos, anunciou ontem seu afastamento do cargo por 30 dias para se tratar de um linfoma não Hodgkin. O diagnóstico de câncer linfático foi divulgado após 13 dias de internação. Segundo os médicos, as chances de cura são de 70%. Pezão deverá fazer quimioterapia por seis a oito meses. “Deus nos dá o fardo que podemos carregar. Espero sair mais forte”, disse. O vice, Francisco Dornelles, assumiu o governo.(Págs. 15 a 17)
Zika pode ter entrado no Brasil em 2013
Estudo realizado por mais de 50 pesquisadores, a maioria brasileiros, revela que o vírus zika chegou ao Brasil em 2013, no período da Copa das Confederações, dois anos antes de surgir o 1º caso da doença. A minuciosa análise genética do agente infeccioso, publicada na “Science”, sugere que o vírus pode ter sido trazido por viajantes da Polinésia Francesa ou do Sudoeste da Ásia, revela Ana Lucia Azevedo. (Pág. 19)
Cresce demissão de informais
Em movimento inédito, foram demitidos em um ano 614 mil trabalhadores sem carteira assinada, segundo o IBGE. Até agora, a informalidade absorvia os dispensados com carteira. A taxa de desemprego passou a 9,5% em janeiro e o total de desempregados, a 9,6 milhões, dois recordes. (Pág. 21)
O Estado de S. Paulo
Manchete: Temer reforça articulação para PMDB sair do governo
Partido deve formalizar rompimento na 3ª-feira; diretório fluminense anunciou que vai votar pelo desembarque
Numa tentativa de barrar o impeachment, o governo ofereceu cargos de primeiro e segundo escalões a deputados da base aliada. O movimento fez com que Michel Temer cancelasse viagem a Portugal. O vice-presidente quer garantir vitória expressiva na reunião do diretório nacional do PMDB, terça-feira, em que deve ser oficializado o rompimento do partido com o governo, passo considerado fundamental para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Apontado como estratégico na disputa de votos no Congresso, o PMDB do Rio de Janeiro anunciou que vai votar pelo desembarque do governo. O Planalto deu mostras, porém, de que usará o poder que tem para atrapalhar os planos de Temer. A edição do Diário Oficial de ontem trouxe a demissão do presidente da Fundação Nacional de Saúde, Antonio Henrique Pires, aliado do vice-presidente. Pires disse não ter aceitado trocar coordenadores da Funasa para abrir espaço para indicações do PTN e do PMB. (Política/Pág. A4)
Dilma diz que Lula estará no governo
A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista a jornalistas estrangeiros que Lula fará parte do governo “ou como ministro, ou como assessor”. Ela disse que não renunciará, que está em curso no Brasil um “golpe” contra a democracia e que seu afastamento deixaria “cicatrizes profundas” no País. As publicações destacaram a crise política e econômica pela qual passa o Brasil. (Pág. A5)
Desempregados já são quase 10 milhões
A taxa de desemprego no País atingiu 9,5% no trimestre encerrado em janeiro, pior resultado nos quatro anos da série Pnad Contínua. O número de desempregados subiu 42,3% no período em relação a 2015, ficando próximo de 10 milhões de pessoas. A renda média real do trabalhador teve queda de 2,4%. (Economia/ Pág. B3)
Odebrecht usou cervejaria para fazer doação política
Planilhas apreendidas pela Lava Jato indicam que a Odebrecht usou distribuidoras de cerveja para fazer doações a políticos. Essas contribuições podem ter superado R$ 30 milhões. Desde que as planilhas foram reveladas, anteontem, políticos citados negam ter recebido recursos de forma irregular. Ao justificar as doações da Odebrecht, alguns apresentaram recibos de doações oficiai sem nome das empresas Leyroz de Caxias ou Praiamar, ligadas ao grupo Petrópolis, que fabrica as cervejas Itaipava e Cristal. (Política/Pág. A7)
Fernando Gabeira
Cada dia uma agonia
Toda a energia do governo se consome no medo da Lava Jato. Cada dia que um projeto fracassado sobrevive é mais um dia em que o Brasil afunda. (Espaço Aberto/ Pág. A2)
Notas & Informações
A culpa dos outros
Lula quer induzir lideranças sindicais a enxergar o combate à corrupção como prejudicial. (Pág. A3)
Limites da boçalidade
O uso de órgão público para fazer campanha político-partidária é um grave e evidente abuso. (Pág. A3)
Folha de S. Paulo
Manchete: Dilma retalia Temer e ala do PMDB dá sinal de debandada
Presidente exonera aliado de vice; peemedebistas do Rio indicam saída
A presidente Dilma Rousseff decidiu demitir todos os assessores nomeados por peemedebistas que optarem por romper com o governo. A primeira punição foi a exoneração do presidente da Funasa(Fundação Nacional de Saúde), Antônio Henrique de Carvalho Pires, indicado pelo vice-presidente, Michel Temer. Às vésperas da decisão do PMDB de romper ou não com o Palácio do Planalto, o diretório regional do Rio de Janeiro tomou decisão favorável ao afastamento no encontro marcado para o próximo dia 29. A seção é considerada a maior aliada de Dilma no partido. Ao todo, os fluminenses têm 12 dos 119 membros do diretório nacional. Se todos votarem contra o governo, como chegou a ser divulgado pela ala oposicionista, o desembarque do governo é dado como certo. O PMDB tem 69 deputados na Câmara e Dilma precisa de pelo menos 171 para barrar o impeachment. Em entrevista a veículos estrangeiros, Dilma disse que o ex-presidente Lula vai participar de seu governo de qualquer forma. “Ou vem como ministro ou como assessor, de uma maneira ou outra. Vamos trazê- lo para ajudar. Não há como impedir”, disse. (Poder A4)
Vírus da zika pode ter surgido no país em 2013
Estudo publicado na revista “Science” mostra que o primeiro caso de zika no Brasil surgiu até dois anos antes de maio de 2015, quando houve a identificação oficial do primeiro doente. A demora em reconhecê-lo é atribuída a epidemias de dengue e chikungunya,com sintomas parecidos. (Ciência B6)
Cinco meses após tragédia, lama ainda vaza em Mariana
Quase cinco meses após a ruptura de reservatório em Mariana (MG), a Samarco não consegue evitar que o rio Doce receba lama levada pelas chuvas, apesar de ter erguido diques de contenção, segundo o Ibama. Escutas telefônicas feitas com ordem da Justiça pela Polícia Federal revelam que obra que deveria filtrar a água não tem sido eficaz. A Samarco diz que usa tecnologia de ponta e que o índice de segurança está acima do determinado. (Cotidiano B1)
Ruy Castro
Com a crise política, não faltarão judas para malhar neste sábado (Opinião A2)
Vagner Freitas
Impeachment é um golpe contra os trabalhadores
Não há base jurídica para cassar Dilma, e a história já nos ensinou que trabalhadores são os mais prejudicados sempre que um governo de base popular é derrubado por forças conservadoras. Um exemplo é 1964, quando vivemos arrocho salarial, com piora na distribuição de renda, e o fim do regime de estabilidade.
Danilo Pereira da Silva
Só cabe ao governo reconhecer que não dá mais para ficar
Juros, inflação, desemprego e recessão corroem a vida de milhares de brasileiros. Existe um consenso de que o governo Dilma perdeu a legitimidade. Acabou, é o fim da linha. O que resta é aglutinar novas forças políticas e sociais para restabelecer a confiança da população e do mercado.
Editorial
Leia “Lista explosiva”, sobre políticos beneficiados pela Odebrecht. (Opinião A2)
Edição: Equipe Fenatracoop, sexta-feira, 25 de março de 2016