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Andrade Gutierrez aponta propina de R$ 150 milhões para PT e PMDB
Em depoimento, executivo da empreiteira diz que parte dos recursos foi repassada à campanha presidencial de Dilma em 2014
Delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez aponta pagamento de cerca de R$ 150 milhões em propina na obra da hidrelétrica de Belo Monte. O valor se referiria a acerto de 1% sobre contratos e teria como destino PT, PMDB e agentes públicos ligados a esses dois partidos. Entre os depoimentos homologados estão os do ex-presidente da empreiteira Otávio Azevedo e do ex-executivo Flávio Barra. Planilha de doações da empresa indicou R$ 15,7 milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff de 2010 e R$ 34,68 milhões para a de 2014. Os recursos foram registrados como doações legais, mas,segundo Azevedo, R$ 10 milhões das doações da última campanha têm origem em superfaturamento de contratos de três obras: Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), Angra 3 e Belo Monte. O PMDB também teria recebido doações legalmente registradas com dinheiro de propina. As informações devem ser usadas nos processos que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a cassação da chapa de Dilma e do vice Michel Temer…
O Globo
Manchete : Procurador acusa Dilma de tentar obstruir Justiça
Janot muda parecer e pede que Supremo anule posse de Lula
Para ele, nomeação teve objetivo de ‘afetar a competência’ do juiz Moro; ex-presidente é ouvido pela Lava-Jato
Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou a presidente Dilma de tentar obstruir a Justiça ao nomear o ex-presidente Lula para a Casa Civil, o que deu foro privilegiado ao petista, retirando as investigações contra ele das mãos do juiz Sérgio Moro. Janot mudou parecer anterior e agora recomendou que o STF anule a posse de Lula, considerada um ato para “tumultuar” a Lava-Jato e “afetar a competência do juízo” de primeira instância. A validade da nomeação, suspensa por liminar do ministro Gilmar Mendes, será julgada pelo plenário do STF no próximo dia 20. Lula prestou depoimento ontem à força-tarefa da Lava-Jato em Brasília. (Pág. 7)
Delator relata propina para Cunha no exterior (Pág. 9)
Delação de empreiteira agrava situação da presidente
A delação do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo agravou a situação da presidente Dilma e do vice Michel Temer no TSE, onde a chapa eleita em 2014 enfrenta processo de cassação. Segundo a delação, homologada pelo ministro do STF Teori Zavascki, a empreiteira fez doações legais para as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 usando propina cobrada em obras da Petrobras e do sistema elétrico. O PT negou irregularidades. A presidente determinou que a PF investigue o vazamento das informações, que considerou premeditado para tumultuar o processo de impeachment. (Págs. 3 a 6)
Salários no estado serão parcelados
O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, anunciou ontem que os salários de março dos servidores estaduais serão parcelados por causa da crise financeira do estado. Ele garantiu, porém, que policiais civis e militares, bombeiros e professores deverão receber o vencimento integral no dia 14 deste mês. (Pág. 11)
Pesadelo de multinacionais
A recessão e a desvalorização do real provocaram perdas nos balanços de multinacionais de diferentes setores, como Accor, GM e Casino. Para analistas, isso afetará investimentos e compromete a produtividade do país. (Pág. 21)
Patrimônio natural em risco
Relatório da ONG WWF mostra que, dos 229 Patrimônios Mundiais Naturais da Unesco, 114 estão ameaçados. No Brasil, seis das sete paisagens preciosas correm risco por causa de mineração e desmatamento. (Pág. 27)
Ameaça de prisão por canabidiol
Ministério Público Federal em Marília (SP) pediu a prisão de ministro e secretário de Saúde por não fornecerem remédio à base de canabidiol para crianças. (Pág. 27)
Colunistas
MERVAL PEREIRA – Delação é duro golpe recebido pela presidente (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO – Dilma faz do governo um escritório partidário (Pág. 22)
NELSON MOTTA – Se vencer, com quem Dilma governará? (Pág. 19)
O Estado de S. Paulo
Manchete: Andrade Gutierrez aponta propina de R$ 150 milhões para PT e PMDB
Em depoimento, executivo da empreiteira diz que parte dos recursos foi repassada à campanha presidencial de Dilma em 2014
Delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez aponta pagamento de cerca de R$ 150 milhões em propina na obra da hidrelétrica de Belo Monte. O valor se referiria a acerto de 1% sobre contratos e teria como destino PT, PMDB e agentes públicos ligados a esses dois partidos. Entre os depoimentos homologados estão os do ex-presidente da empreiteira Otávio Azevedo e do ex-executivo Flávio Barra. Planilha de doações da empresa indicou R$ 15,7 milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff de 2010 e R$ 34,68 milhões para a de 2014. Os recursos foram registrados como doações legais, mas,segundo Azevedo, R$ 10 milhões das doações da última campanha têm origem em superfaturamento de contratos de três obras: Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), Angra 3 e Belo Monte. O PMDB também teria recebido doações legalmente registradas com dinheiro de propina. As informações devem ser usadas nos processos que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a cassação da chapa de Dilma e do vice Michel Temer. (Política/ Págs. A4 a A6)
Sociedade com filho de Lula
Otávio Azevedo disse em depoimento que a Oi, antiga Telemar, fez aportes de R$ 5,2 milhões na Gamecorp, empresa de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, em 2005, por questão de estratégia de negócios. (Pág. A6)
Câmara recorre para não abrir impeachment de Temer
A Câmara enviou recurso ao Supremo Tribunal Federal questionando a decisão do ministro Marco Aurélio Mello que determinou que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),dê prosseguimento a pedido de impeachment contra o vice Michel Temer. O argumento é de que não havia “razão jurídica” para que Marco Aurélio analisasse a questão de forma “unipessoal”. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) já negocia com parlamentares de outros partidos cargos num eventual governo Temer. (Pág. A10)
Foto-legenda: Dilma critica vazamentos
Dilma Rousseff, em ato de mulheres contra o impeachment ontem no Palácio do Planalto: presidente criticou o que chama de “vazamentos premeditados”, feitos para “criar ambiente propício ao golpe”. (Pág. A5)
Janot vê ‘desvio de finalidade’ e pede anulação da posse de Lula
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mudou de opinião sobre a nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal. Agora, ele recomenda a anulação do decreto da presidente Dilma Rousseff que deu posse ao petista e vê “desvio de finalidade”. Para Janot, não resta dúvida de que o ato foi uma manobra para “tumultuar” a Lava Jato e Lula escapar da alçada de Sérgio Moro. (Pág. A7)
Youssef pagou US$ 5 milhões a Cunha, afirma doleiro
O doleiro Leonardo Meirelles disse ao Conselho de Ética da Câmara que o também doleiro Alberto Youssef lhe contou ter repassado em 2012 cerca de US$ 5 milhões ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pedido do lobista Julio Camargo. Meirelles afirmou ter feito contratos fictícios de prestação de serviço para justificar três transferências bancárias. (Pág. A11)
Dora Kramer
Batom no colarinho
O relato do ex-presidente da Andrade Gutierrez aos investigadores torna quase inexorável a condenação no TSE da chapa de 2014. Trata-se de um caso de batom no colarinho branco. (Pág. A4)
Eliane Cantanhêde
Em ebulição
Ninguém sabe o que vai ocorrer. Impeachment, cassação da chapa Dilma-Temer, antecipação de eleições… Quem tem tanta opção talvez não tenha nenhuma. (Pág. A6)
Propina da merenda foi para campanha de Capez, diz lobista
Investigado no esquema de desvio de verbas de merendas, o lobista Marcel Julio disse à Procuradoria-Geral de Justiça que parte de R$ 490 mil em propinas entregues a aliados do presidente da Assembleia Legislativa de SP, Fernando Capez, foi para a campanha do tucano. Capez nega. (Política/Pág. A13)
Governo já prevê rombo nas contas em 2017 (Economia/ Pág. B1)
Sem-terra morrem em conflito no PR
Dois sem-terra morreram e seis pessoas ficaram feridas durante confronto entre policiais militares e integrantes do movimento em Quedas do Iguaçu (PR). (Política/Pág. A13)
The Panama Papers
O Ministério Público argentino denunciou o presidente Mauricio Macri por participação em empresa nas Bahamas, revelada nos Panama Papers. (Política/ Pág. A12)
Fernando Gabeira
Carbonos 14
Como foi possível o Brasil conviver tantos anos com proposta tão cínica como a do PT? Responder é vital para que a tragédia não se repita. (Espaço Aberto/ PÁG. A2)
Fernando Dantas
O poder das ideias erradas
Elas nunca morreram e conseguiram voltar ao governo, onde já haviam reinado em épocas como os governos Geisel e Sarney. (Economia/ Pág. B5)
Notas & Informações
O jogo de quem já perdeu
Defesa da presidente sabe que não lhe resta alternativa senão recorrer a chicanas. (Pág. A3)
A índole do lobo
PT dedicou-se, com afinco, a destruir os pilares da democracia no País para governar sem estorvos. (Pág. A3)
Folha de S. Paulo
Manchete : 60% da Câmara diz ser favorável ao impeachment
Segundo projeção do Datafolha, 308 deputados votariam contra Dilma, menos que os 342 necessários para pedido ir ao Senado
Seis de cada dez deputados (60%) estão decididos a votar no plenário da Câmara pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). É o que mostra levantamento do Datafolha feito de 21 de março a 7 de abril, segundo o qual os votos pelo impedimento —caso o percentual seja projetado para o total de 513 votantes— são 308, ou 34 a menos do necessário para o pedido ser encaminhado ao Senado (66,7%). Os contrários são 108, ou 21%. Para se manter no cargo, a presidente precisa que o número de votos a favor de sua deposição seja inferior a 342. Do total de deputados, 18%não se posicionaram. Em dezembro, 42% dos deputados eram a favor do impeachment; 31%, contra. No recorte das quatro maiores bancadas da Casa (PMDB, PT, PSDB e PP), a situação de Dilma é tranquila só em seu próprio partido. No PP, legenda que o governo corteja, o índice devotos pró-impeachment é de 57%, e de indecisos, de 30%. No PMDB, que desembarcou da base de apoio à presidente no mês passado, 59% dos deputados devem votar pelo afastamento, e 38% não se posicionaram. O pedido de abertura do processo tramita em comissão especial da Câmara e deve ser apreciado em plenário no domingo (17). (Poder a4)
Lula ficará pelo menos 11 dias sem poder assumir Casa Civil
Em manifestação enviada ao Supremo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que seja anulada a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil. Segundo Janot, há indícios de desvio de finalidade na indicação, que aconteceu depois que o petista se tornou alvo da Lava Jato. O governo nega irregularidade. A previsão é que o STF discuta a posse somente no dia 20. Como a Câmara planeja votar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff no dia 17, o ex-presidente comandará negociações em favor da petista sem estar no cargo. O ex-presidente havia declarado recentemente que nesta semana já estaria empossado como ministro. (Poder a8)
Segundo Andrade, PT e PMDB levaram propina de R$ 150 mi
Executivos da Andrade Gutierrez disseram, em delações na Lava Jato, que empreiteiras envolvidas na obra de Belo Monte acertaram propina de R$ 150 milhões para PT e PMDB, pagos nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Os partidos negaram as acusações e reafirmaram a legalidade dos repasses feitos às campanhas. (Poder a6)
Caixa decidiu, sob pressão de bancos privados, elevar juros imobiliários (Mercado2 pág. 1)
Propina ia para Capez, afirma delator no caso das merendas
Apontado como lobista no suposto esquema de desvios de merenda escolar em SP, Marcel Ferreira Julio afirmou que o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), era o destinatário de parte da propina. Ele fechou acordo de delação com o Ministério Público e disse, em depoimento, que combinou o pagamento com ex-assessores de Capez. O deputado nega envolvimento no caso. (Poder a12)
Em texto, secretário de Educação de SP ignora ensino como missão do Estado (Cotidiano B1)
Reinaldo Azevedo
Defesa de eleição antecipada iguala casos desiguais
A defesa impensada que fez esta Folha da antecipação da eleição presidencial, no editorial “Nem Dilma nem Temer”, iguala desigualdades em favor do vício, não da virtude. Até que não haja, e não há, evidências de que o vice-presidente tenha cometido crime de responsabilidade, “nem Temer” por quê? (Poder a7)
Vladimir Safatle
Novo pleito frearia ímpetos de aliança político-econômica
O que uma nova eleição pode fazer é quebrar o ímpeto da casta política em aproveitar-se da fragilidade do governo para se salvar criando uma aliança com setores econômicos interessados em passar à força programa de “austeridade” e concentração de renda que nunca seria referendado pela população. (Ilustrada C8)
Editoriais
Leia “Crise ininterrupta”, sobre delação de executivos da Andrade Gutierrez, e “Esbórnia agrária”, acerca de irregularidades no cadastro de assentados. (Opinião A2)
Edição: Equipe Fenatracoop, Sexta-Feira, 08 de Abril de 2016