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Uma classe profissional inteira reunida para avaliar, debater e definir estratégias de atuação em suas áreas, por meio de propostas de mudanças para o exercício da profissão. Assim foi o 11º CEP (Congresso Estadual de Profissionais), promovido pelo Crea-PR na última semana, em Foz do Iguaçu.
O evento contou com a participação de profissionais Agrônomos, Engenheiros e Geocientistas, conselheiros, inspetores e lideranças da Autarquia na construção de propostas para aprimoramento e crescimento da classe.
“Estamos celebrando 88 anos com muita felicidade por encontrar aqui o entusiasmo de uma classe que constrói e debate coletivamente as mudanças profissionais que deseja para seu exercício pleno, com consciência e dedicação no papel social que possui como propulsor de desenvolvimento e impulsionador de transformações na mobilidade urbana, na geração de renda, na segurança pública, na qualidade de vida e no bem-estar comunitário”, destaca o presidente do Crea-PR, Engenheiro Civil Ricardo Rocha.
O Congresso Estadual ocorreu a partir da conclusão das RPI (Reuniões Preparatórias de Inspetorias), realizadas em 35 cidades, seguidas das RPR (Reuniões Preparatórias Regionais), feitas nas oitos regionais paranaenses: Apucarana, Cascavel, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco e Ponta Grossa. Em cada uma delas, houve apresentação de visões, sugestões, propostas de crescimento e aprimoramento para a área, buscando a evolução e melhoria da profissão.
Conforme a coordenadora do CEP, engenheira civil Ligia Rachid, o Congresso Estadual iniciou com a missão de selecionar 15 propostas entre as 83 elaboradas regionalmente. “Todas as propostas voltaram-se ao eixo temático de atuação profissional e mostraram preocupações com a sociedade e com os profissionais em seu dia-a-dia.
Nas propostas apresentadas constataram-se, modelos de cobrança sobre anuidade e ART, garantia de pagamento do salário mínimo, propostas para implementar as carreiras de engenharia, agronomia e geociências como carreira de estado, além de criação e implantação de programa nacional de residência técnica, que necessitam ser trabalhadas em conjunto ao Conselho Nacional”, adianta Ligia.
Promovido a cada triênio, o Congresso Estadual de Profissionais é seguido da etapa nacional (CNP – Congresso Nacional de Profissionais), que neste ano ocorrerá em Goiânia, em outubro. As propostas paranaenses serão apresentadas por 24 profissionais, os quais foram eleitos durante o CEP. Chamados de delegados, eles são os responsáveis por construir a defesa das ideias levadas à esfera nacional e se dividem entre delegados com mandato (que possuem atribuição no Crea-PR) e sem mandato (sem atribuição no Crea-PR).
Luiza Scarpim é Engenheira Ambiental em Curitiba e foi a delegada sem mandato eleita com maior número de votos. Além dela, outras 12 profissionais mulheres foram eleitas como delegadas no CEP paranaense. “Não posso deixar de enaltecer a meritosa condução do Programa Mulher e das iniciativas em prol da equidade de gênero. Sem hesitar, retribuirei a confiança depositada a partir da defesa das propostas aprovadas e dos interesses dos proponentes”, garante a Engenheira.
Este será o segundo CNP (Congresso Nacional de Profissionais) que Luiza participará. Reconhecendo este evento como um momento democrático, diverso e inclusivo para discutir contribuições não somente num olhar interno, do ponto de vista de usuário, mas também externo com reflexo na sociedade, Luiza destaca que o Paraná terá propostas bastante relevantes para defender nacionalmente. “Coloco em evidência a proposta de reconhecimento pela inclusão das profissões abrangidas pelo sistema como carreira típica de estado ou exclusiva de estado, o que vem sendo debatido no âmbito da reforma administrativa e, ao meu ver, é um tema com fortes implicações para os profissionais afetos e, consequentemente, para o desenvolvimento do país”, avalia.
Já Dante Alves Medeiros Filho, Engenheiro Civil e Coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil foi o delegado com mandato eleito com maior número de votos. Atuante na Regional de Maringá, essa será sua primeira experiência como delegado e reconhece o grande desafio. “A preocupação é representar bem os anseios e aspirações dos profissionais registrados no sistema Confea/Crea. Atualmente, temos grandes demandas que precisam ser analisadas e atendidas”, exalta o Engenheiro.
Dentre as propostas selecionadas, Dante enfatizou a necessidade de estreitar os laços entre o Sistema Profissional (Confea/Crea) e o Sistema Educacional, através do MEC (Ministério da Educação). “Solicitamos que ocorra uma manifestação prévia do Sistema Confea/Crea junto ao MEC ou ao órgão competente do sistema de ensino quando da criação de novos cursos de Engenharia, Agronomia e Geociências. Acreditamos que podemos contribuir pois, por meio do controle de ARTs (Anotação de Responsabilidade Técnica), temos uma verdadeira radiografia de como vem acontecendo o exercício das profissões nele registradas”, detalha.
Com o olhar crítico e amplo de quem acompanhou de perto cada etapa dessa construção de propostas, Ligia avalia o CEP como potente e enriquecedor. “Todas as propostas apresentadas mostram o desejo dos profissionais que participaram do Congresso. Tivemos painéis ricos e de grande validade para os profissionais que estão no mercado. Por tudo isso, podemos esperar uma participação nacional com grandes contribuições e qualidade”, finaliza.
Sessão Plenária número 1.000
Durante o evento realizado em Foz do Iguaçu, o Crea-PR também realiza a plenária de número 1.000, considerada um marco para a Autarquia. Segundo o Presidente do Crea-PR, Engenheiro Civil Ricardo Rocha, a plenária é o pulmão da estrutura do Conselho, exercendo função vital de oxigenação da máquina e representando a renovação do terço e a entrada de novos profissionais para a apreciação de assuntos ligados à fiscalização e julgamento dos processos.
Nesse sentido, em 88 anos de existência, a milésima plenária marca a história do Conselho e do trabalho incansável em busca da ética e da longevidade de uma sociedade segura e sustentável.
“A importância desta atividade dentro do Conselho é inquestionável e estarmos hoje participando da edição número 1.000 da Sessão Plenária é motivo de honra e orgulho para todos nós. Parabéns ao Crea-PR e a todos os envolvidos neste imprescindível trabalho”, enalteceu o presidente.
Nestes anos de história, as Sessões Plenárias registraram momentos importantes para o Conselho, como a comemoração dos 50 anos do Crea-PR, em 1984; o 16º EPEC, em 1992; o lançamento do Programa Casa Fácil, em 1993; o Fórum de Docentes, em 1996; a Renovação do Terço, também em 1996; a solenidade de profissionais remidos, em 1998; Homenagem ALEP pelos 70 anos do Crea-PR, em 2004 e a Sessão Plenária de Entidades Mundiais, em 2007.
A cada ano, evoluções e novidades foram percebidas. No começo, em 11 de junho de 1934, a ata da Sessão Ordinária foi manuscrita e em 23 de janeiro de 2019, já foi registrada no Sistema Eletrônico de Informações (SEI).
O Plenário do Crea-PR é a instância máxima do Conselho. É composto por conselheiros titulares e suplentes, sendo brasileiros diplomados em curso superior, registrados no Conselho, e indicados pelas Entidades de Classe e Instituições de Ensino ligadas às áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências. Entre as inúmeras funções do Plenário estão: decidir, em grau de recurso, as questões enviadas pelas Câmaras Especializadas, baixar Atos Normativos para fiscalização do exercício profissional e coordenar a gestão administrativa do Crea.
“A edição número 1.000 da Sessão Plenária é motivo de honra e orgulho para todos nós. Viva e plenária número 1.000 do Crea-PR”, finaliza o presidente.
Assessoria de Imprensa CREA-PR