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A candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, defendeu hoje (9) no Rio de Janeiro a ampliação do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), do governo do estado, que prevê a ocupação territorial das favelas com policiamento comunitário. A candidata, que visitou o Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, disse que o projeto ainda é muito “pontual”.
“Essas experiências, que ainda são pontuais e que não ganharam escala, podem criar escala necessária, para atender às necessidades das comunidades, que hoje vivem sob área de risco. As UPP podem ser um modelo a ser seguido, desde que sejam transformadas em uma política pública que tenha uma escala”, disse Marina Silva.
Marina Silva também defendeu que haja uma política específica de segurança pública que alie prevenção, inteligência e repressão, sem o grande foco dado à repressão pelas políticas de hoje. A candidata falou ainda sobre a violência contra a mulher e disse que precisam ser criadas condições para que as mulheres sejam mais independentes. Ela também defendeu a criação de uma rede de acolhimento para as vítimas e mais punição aos agressores.
Marina também aproveitou para falar sobre a necessidade de se evitar desastres naturais, como os deslizamentos de terra e inundações que vitimaram 66 pessoas na cidade do Rio, no início de abril. O Morro dos Prazeres foi a área com mais vítimas na cidade.
“A gente precisa, para o Brasil, de um programa de segurança ambiental, onde sejam feitos mapas de risco, onde sejam criados sistemas de alerta e onde a comunidade possa ser treinada para evitar os desastres que aconteceram aqui nessa comunidade e em outras localidades”, disse Marina Silva.
Durante a visita de Marina Silva ao Morro dos Prazeres, uma das favelas cariocas que ainda não recebeu uma UPP, homens armados que controlam a venda de drogas na comunidade acompanharam a movimentação da imprensa antes da chegada da candidata.
Edição: Aécio Amado