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Diante dos últimos acontecimentos envolvendo o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), o vice-presidente do Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares), Jacir J. Venturi, esteve reunido em Brasília no dia 07 de agosto com representantes do INEP (órgão do MEC responsável por toda a logística do ENEM) e da FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares) para apresentar um documento que analisa as quatro grandes áreas exigidas na prova: Linguagens e Códigos, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. A elaboração do documento partiu de um pedido do presidente do INEP, prof. Luiz Cláudio Costa, diretamente à FENEP que indicou o Sinepe/PR para participar do processo.
“Toda a sociedade anseia por um ENEM sem problemas, após os incidentes dos últimos três anos. O Exame, transformado em grandioso processo seletivo, deve também ter como objetivo balizar e nortear todo o Ensino Médio, onde estão as maiores mazelas no espectro da educação brasileira”, comenta Venturi.
Com a orientação do presidente do Sinepe/PR, Ademar Batista Pereira, foi montada uma equipe multidisciplinar de 11 professores e redigido um documento de 38 páginas que sugere melhorias ao Exame. Entre as sugestões apresentadas estão:
1) Há excesso de contextualização, o que alonga o enunciado e fica a sensação de um exame muito extenso. Na área de Ciências Exatas, em especial, há contextualizações forçadas e demasia de aritmética (continhas), tangenciando apenas conteúdos mais profundos e de raciocínio lógico.
2) As 180 questões objetivas das quatro áreas do conhecimento valem apenas 50%. Na outra metade, reina a redação (30 linhas). A sugestão da equipe multidisciplinar é que as quatro provas valham 20% cada uma e também à redação se atribua este valor.
3) O conteúdo programático está genérico demais, merece ser mais bem descrito e enxuto. Nenhum educador sério pretende fazer com que o aluno do Ensino Médio estude menos, e sim, que empregue honestamente o seu tempo, preparando-se bem para as elevadas exigências futuras.
4) Tem-se como premissa que o tempo é insuficiente: 3 minutos, em média, para a resolução de cada questão. Julgamos que o número de 180 questões está adequado, pois diminuí-las compromete a abrangência e aumentar o tempo da prova levará o candidato à exaustão. A solução é reduzir parte dos enunciados e que o MEC assuma e divulgue amplamente que a administração do tempo é uma das habilidades exigidas.
O documento completo e a relação dos nomes que compõem a equipe multidisciplinar estão no site: www.sinepepr.org.br/inep.
Este ano, o ENEM será aplicado nos dias 03 e 04 de novembro, em todo o país.
Mariana Nunes
IEME Comunicação