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No QG da delação premiada
EXCLUSIVO. HOTEL DE BRASÍLIA VIRA ‘BUNKER’ DA ODEBRECHT; MAIOR EMPREITEIRA DA AMÉRICA LATINA TENTA FECHAR COM PROCURADORES ACORDO QUE PODE SER O MAIS EXPLOSIVO DA OPERAÇÃO LAVA JATO
Em reuniões que entram madrugada adentro, regadas a água, café e vinho, o empresário Emílio Odebrecht, patriarca do grupo Odebrecht, dá ordens e debate com os advogados que negociam aquela que pode ser a mais explosiva delação premiada da Operação Lava Jato, informam Beatriz Bulla e Fábio Serapião. Ele, a filha Mônica, o marido dela, Maurício Ferro, responsável pela área jurídica do grupo, e Newton de Souza, atual presidente, ditam os rumos da tentativa de acordo com a Procuradoria-Geral da República para que Marcelo, filho de Emílio, e cerca de 50 executivos confessem crimes em troca de punição menor. A cena se repetiu várias vezes na semana passada na cobertura do Windsor Plaza Brasília, um dos mais caros da cidade. Ali, a Odebrecht alugou, além de salas de reunião, quartos para cerca de 20 pessoas, refeitório e lounge para secretárias. A maior empreiteira da América Latina tenta fechar um dos maiores acordos judiciais do mundo. Marcelo, que presidia o grupo até ser preso, há um ano e quatro meses, e os executivos estão dispostos a contar bastidores da distribuição de milhões de reais a políticos em troca de redução da pena. A empresa também tenta virar a página da história que a arrastou ao maior escândalo de corrupção do País…
O Globo
Manchete : Estado terá programa de demissão voluntária
Corte de gastos prevê também redução do número de secretarias
Governo busca fonte de receita para pagar indenizações a servidor que aderir ao plano
Mergulhado numa crise financeira sem precedentes, o governo do Estado do Rio decidiu, entre outras medidas, lançar um plano de demissão voluntária para os servidores e reduzir as 20 secretarias para dez a 12, informa CARINA BACELAR. O governo federal também pode assumir empréstimos externos feitos pelo Rio que não estão sendo pagos. Mas uma intervenção é descartada pelo estado e pela União. (Pág. 10 e editorial “Tratamento de choque para a crise fiscal fluminense”)
ENQUANTO ISSO…
Rio desapropria área de resort (Pág. 11)
Inflação cai, e BC deve baixar juros
A inflação ficou em só 0,08% em setembro, a menor taxa para o mês desde 1998, o que reforçou a previsão de analistas de que o BC vai cortar este mês os juros, em 14,25% ao ano desde julho de 2015. A medida deverá ajudar no ajuste fiscal. (Pág. 19)
Procuradoria contesta teto
A Procuradoria Geral da República pediu arquivamento da proposta que limita as despesas públicas. (Pág.21)
Eleições 2016 – Situação fiscal é preterida no Rio
Num cenário de crise, os candidatos Crivella e Freixo tratam das finanças da prefeitura de forma genérica e propõem medidas de difícil execução. (Pág.3)
Nobel ajuda Santos em busca da paz
Menos de uma semana após ser derrotado num referendo para pôr fim a 52 anos de guerra na Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos recebeu um forte respaldo para renegociar o acordo com as Farc ao ganhar o Prêmio Nobel da Paz. “Colombianos, este prêmio é de vocês”, disse ele. (Pág.23)
Colunistas
JORGE BASTOS MORENO – Temer faz jantar ostentação para aprovar teto de gastos (Pág.3)
MERVAL PEREIRA – Um balanço dos 28 anos da Constituição Cidadã (Pág.4)
FLÁVIA OLIVEIRA – Eleitor carioca disse não. Falta saber o que deseja (Pág.6)
ANCELMO GOIS –Comitê Rio-2016 deve à Light R$ 10 milhões (Pág.12)
ROSISKA DARCY DE OLIVEIRA – Cidade sincrética vai escolher entre duas religiões (Pág.16)
ZUENIR VENTURA – Jovens devem deixar de lado o voluntarismo político (Pág.17)
MÍRIAM LEITÃO – Inflação em 12 meses vai continuar caindo (Pág. 20)
O Estado de S. Paulo
Manchete : No QG da delação premiada
EXCLUSIVO. HOTEL DE BRASÍLIA VIRA ‘BUNKER’ DA ODEBRECHT; MAIOR EMPREITEIRA DA AMÉRICA LATINA TENTA FECHAR COM PROCURADORES ACORDO QUE PODE SER O MAIS EXPLOSIVO DA OPERAÇÃO LAVA JATO
Em reuniões que entram madrugada adentro, regadas a água, café e vinho, o empresário Emílio Odebrecht, patriarca do grupo Odebrecht, dá ordens e debate com os advogados que negociam aquela que pode ser a mais explosiva delação premiada da Operação Lava Jato, informam Beatriz Bulla e Fábio Serapião. Ele, a filha Mônica, o marido dela, Maurício Ferro, responsável pela área jurídica do grupo, e Newton de Souza, atual presidente, ditam os rumos da tentativa de acordo com a Procuradoria-Geral da República para que Marcelo, filho de Emílio, e cerca de 50 executivos confessem crimes em troca de punição menor. A cena se repetiu várias vezes na semana passada na cobertura do Windsor Plaza Brasília, um dos mais caros da cidade. Ali, a Odebrecht alugou, além de salas de reunião, quartos para cerca de 20 pessoas, refeitório e lounge para secretárias. A maior empreiteira da América Latina tenta fechar um dos maiores acordos judiciais do mundo. Marcelo, que presidia o grupo até ser preso, há um ano e quatro meses, e os executivos estão dispostos a contar bastidores da distribuição de milhões de reais a políticos em troca de redução da pena. A empresa também tenta virar a página da história que a arrastou ao maior escândalo de corrupção do País. (Política A4)
Procuradoria diz que PEC do Teto fere Constituição
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Congresso arquivamento ou alteração da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria teto para gastos públicos. Para a PGR, a matéria é inconstitucional e ameaça o combate à corrupção. PT e PCdoB entraram no STF com mandado de segurança pedindo a suspensão da tramitação. O relator da PEC na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse que a PGR faz “chantagem” para gastar mais. (Economia B4)
Inflação recua e abre apostas sobre juros
IPCA de 0,08%, menor inflação para setembro desde 1998, faz mercado apostar em queda de juros. Henrique Meirelles diz que economia está voltando ao normal. (Economia B1)
PMDB se aproxima de Doria em São Paulo (Direto da fonte – C2)
Colombiano Juan Manuel Santos ganha o Nobel da Paz
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2016. Derrotado no plebiscito sobre o acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e sob forte pressão, ele recebeu um impulso inesperado do exterior e reforçou sua posição na negociação. “Colombianos, esse prêmio é de vocês”, afirmou. Santos estendeu o agradecimento aos negociadores do governo e das Farc. (Internacional A12)
João Domingos
A eleição deu uma força que nem o governo esperava à agenda ultraliberal de Temer (Política A6)
Notas&Informações
O não-voto é preocupante – A alarmante incidência do não-voto deve ser interpretada como uma advertência aos políticos (A3)
Os sólidos fundamentos (A3)
Folha de S. Paulo
Manchete : Maia lança ultimato por mudança na repatriação
Chefe da Câmara diz que, sem acordo político, projeto vai ser abandonado
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse à Folha que, se não houver entendimento até terça (11) entre União, Estados e cidades sobre alterações na Lei da Repatriação, o projeto será abandonado na Casa. A principal divergência é a pressão de governadores e prefeitos por fatia maior da receita prevista com a regularização de valores mantidos ilegalmente no exterior. Estados e municípios esperam receber R$ 5,3 bilhões, caso a arrecadação chegue a R$ 25 bilhões, pelo rateio do Imposto de Renda. Estuda-se o repasse a eles também de parte do obtido com pagamento de multas.
O projeto suaviza regras do programa de repatriação, definindo parâmetros menores para a tributação e a multa para os contribuintes. Hoje, a cobrança incide sobre todos os valores e bens a serem regularizados. Pelo novo texto, o cálculo se restringe ao saldo fora do país em uma data específica, 31 de dezembro de 2014. O projeto ainda deixa clara a anistia aos crimes tributários que foram cometidos. Para Maia, os governadores têm de fechar questão com o governo federal “para não ser texto de batalha”. (Mercado a15)
Procuradoria-geral da República diz que teto de gastos é inconstitucional e viola separação de Poderes. (A17)
Preço de alimentos recua, e inflação fica quase estável
A inflação desacelerou em setembro e registrou a menor taxa para o mês desde 1998, com alta mínima de 0,08%. Com maior peso no índice, os alimentos, que tiveram deflação de 0,29% no mês, contribuíram para o resultado. Para o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), a normalidade voltou. (Mercado A15)
Moraes recebeu R$ 4 milhões de firma investigada
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, recebeu R$ 4 milhões entre 2010 e 2014 de empresa investigada na Operação Acrônimo. Na época, ele era advogado e não ocupava cargo público. Moraes diz que os honorários foram legais e o caso foi arquivado pelo ministro do STF Luiz Fux. (Poder A4)
Doria estima custo de R$450 milhões para congelar tarifa
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, estimou gasto de R$ 450 milhões para congelar a tarifa de ônibus em 2017, sem detalhar o cálculo. Nesta sexta (7), a Folha revelou que a medida pode custar R$ 1 bilhão. A decisão de Doria preocupa empresários do setor, que temem efeito cascata e atraso de repasses. (Cotidiano B1)
Foto-legenda : Transição
O prefeito de SP, Fernando Haddad (PT), e seu sucessor, o tucano João Doria, conversaram sobre como evitar que as chuvas causem estragos na cidade (Cotidiano B5)
Rombo de governo com arena da Copa em Natal pode ser de R$ 450 mi (b10)
Negociação de paz dá Nobel ao presidente da Colômbia
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, venceu o Nobel da Paz nesta sexta-feira (7). Ele foi premiado pelas negociações com as Farc, na tentativa de encerrar conflito de 52 anos. A notícia foi recebida com certa surpresa, já que no domingo (2) o acordo havia sido rejeitado em plebiscito. Analistas creem que o prêmio pode ajudar na renegociação do texto. (Mundo A9 e A10)
Demétrio Magnoli
Zeitgeist do PT, que perdeu nas urnas, continua entre nós
O zeitgeist, no Brasil, pode ser desvendado a partir da Bienal de Arte de SP, do fim da prova específica para ingresso na Arquitetura e Urbanismo da USP e da contestação ao ensino da norma culta. O espírito do tempo que o PT introduziu segue entre nós. (a8)
André Singer
Divórcio dos mais pobres com lulismo ainda será testado
Creio que o descolamento do lulismo em relação à sua base social refletiu nas duas figuras escolhidas por Lula para cargos-chave, Dilma e Haddad. O problema é saber se houve afastamento temporário ou verdadeiro divórcio litigioso entre o lulismo e os mais pobres. (Opinião A2)
Editoriais
Leia “Cidade mais complexa”, acerca de promessas de João Doria para São Paulo, e “Politicagem e violência”, sobre fracasso do combate ao homicídio. (Opinião A2)
Edição: Equipe Fenatracoop, Sábado, 08 de Outubro de 2016