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Os empresários de Cambé começam a demonstrar preocupação com o meio ambiente. A Eletro Mega Luz, comerciante de materiais elétricos, deu um bom exemplo sobre cuidados ambientais: iniciou a descontaminação de 150 lâmpadas fluorescentes trazidas por clientes. É a primeira empresa da cidade que toma a iniciativa de descarte ambientalmente correto de lâmpadas. Para o proprietário da loja, Júnior Cesar Santos, a destinação correta desse tipo de resíduo é essencial para o meio ambiente. “As lâmpadas fluorescentes, quando jogadas no lixo comum, são um grande problema ambiental. Elas contêm mercúrio que é altamente prejudicial ao homem e ao meio ambiente”, salientou ele.
A Eletro Mega Luz contratou uma empresa especializada em descarte de resíduos para descontaminar as lâmpadas. “Os clientes trazem as lâmpadas velhas e nós contratamos o serviço de descarte. A empresa vem até a loja, recolhe as lâmpadas e faz a descontaminação aqui mesmo”, explicou Júnior. O proprietário afirma que o custo para o descarte de cada lâmpada é de 60 centavos. A loja arca com esse gasto caso o cliente traga lâmpadas usadas no ato da compra de novas, caso contrário, repassa esse valor ao cliente.
O processo de descontaminação é rápido. A BAP Light, empresa que faz a descontaminação, efetua o serviço no próprio local. Uma máquina suga uma por uma das lâmpadas e já separa o vidro, o alumínio e os vapores de mercúrio e fósforo. Andreia Munhon, representante da BAP Light, informa que cada resíduo tem sua destinação certa. “O vidro é repassado para uma empresa para a produção de tintas reflexivas, os vapores de alumínio são doados para pesquisa na Universidade de São Paulo e o alumínio e processado e destinado para a reciclagem”, afirma ela.
Júnior agradeceu o incentivo dado pela Secretária Municipal de Agricultura e Meio Ambiente para o descarte. “A prefeitura promoveu há dois meses uma demonstração onde nós aprendemos como fazer o descarte correto das lâmpadas e a importância disso para o meio ambiente, a partir daí começamos a recolher as lâmpadas para podermos fazer a nossa parte”, declarou o proprietário.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Claudiney Gloor, a iniciativa da Eletro Mega Luz é um exemplo a ser seguido. “Esperamos que outras empresas da cidade façam o mesmo e comecem a dar o destino correto para os resíduos que produzem. Além de ser um dever legal, é também uma medida louvável das empresas que ajudam a preservar o meio ambiente” afirmou ele.
Claudiney lembrou que o descarte incorreto das lâmpadas é ilegal e passível de multas. “As lâmpadas fluorescentes são um perigo para a saúde e para a natureza quando jogadas no lixo comum. Por isso, existem leis e instrumentos para coibir essa agressão ao meio ambiente”, ressaltou o secretário.