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Em julho, foram fechados 157.905 postos de trabalho com carteira assinada no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (21) pelo Ministério do Trabalho. O número representa queda de 0,39% no total de trabalhadores formais em comparação ao mês anterior. O resultado de julho representa a menor geração de empregos para o mês desde 1992, quando iniciou a série histórica.
O número resulta da diferença entre admissões (1.397.393) e demissões de trabalhadores (1.555.298). Segundo o ministério, no acumulado do ano, houve perda de 494.386 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 778.731 postos de trabalho, na série ajustada.
No mês, entre os setores de atividade econômica, apenas a agricultura teve desempenho positivo, com geração de 24.465 postos de trabalho. O número foi alcançado, de acordo com o ministério, por motivos sazonais. Segundo o Caged, o resultado é muito próximo da média de 2003 a 2014 para o mês de julho (geração de 24.848 postos de trabalho).
O setor que mais registrou perdas de emprego foi a indústria de transformação, com fechamento de 64.312 vagas com carteira assinada. Também houve queda no número de empregados com carteira assinada nos setores de serviços (58.010), comércio (34.545) e construção civil (21.996).
Todas as regiões registram queda no total de empregos formais. O Sudeste registrou o maior número de fechamento de postos de trabalho, 79.944. Na sequência, o Sul (44.943), Nordeste (25.164), Centro-Oeste (5.830) e Norte (2.024).
De acordo com o Caged, das 27 unidades da Federação, três apresentaram aumento no nível de emprego em julho: Pará (2.634), Maranhão (2.121) e Mato Grosso (707). São Paulo (38.109 postos), Rio de Janeiro (19.457) e Rio Grande do Sul (17.818 postos) tiveram o maior número de demissões.
Mais cedo, em São Paulo, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, havia adiantado que os números do Caged seriam negativos. Segundo ele, a expectativa é de que até o final do ano o país retome o crescimento dos empregos. A retomada, de acordo com o ministro, deve vir do aporte de recursos que o governo vem fazendo para estimular as atividades econômicas. Dias citou como exemplo a liberação de R$ 3,1 bilhões do Banco do Brasil para o setor automotivo e os investimentos na construção civil, por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Procurado, o Ministério da Fazenda informou que não comentará os dados do Caged.