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A entrada em vigor do Pix, no final do ano passado, jogou nova luz sobre a questão da segurança das transações financeiras online. O método de pagamento instantâneo, lançado pelo Banco Central, teve um impacto enorme nos hábitos dos consumidores e, por isso, é importante saber que ele é seguro, assim como outros métodos mais tradicionais, como as transações online com cartão de crédito e débito.
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos possibilitaram o incremento da segurança nas transações digitais. A pandemia da covid-19, que já dura quase um ano, levou mais pessoas a frequentarem ambientes de compras virtuais, o que aumentou a relevância que evitar que os dados dos consumidores caiam nas mãos de criminosos. A segurança em cassinos online, por exemplo, tem sido aprimorada constantemente conforme novos métodos de pagamento são disponibilizados.
O que é a criptografia de dados
Para garantir a segurança das transações online, é preciso reforçar o máximo possível a criptografia dos dados trocados digitalmente entre o consumidor e a plataforma na qual ele está consumindo online.
A criptografia é um conceito e uma técnica milenar. O imperador romano Júlio César, por exemplo, criou um código criptográfico próprio para se comunicar com seus militares, no século I aC. César substituía cada letra da sua mensagem pela letra que estivesse um determinado número de casas à frente no alfabeto.
Esse é um bom exemplo de como funciona a criptografia: através de um código que é conhecido pelo emissor e pelo receptor da mensagem. Quem não conhecer o código é incapaz de compreender a mensagem – a não ser que tente identificar padrões na mensagem decodificada para desvendar o código.
Os códigos utilizados para manter a segurança dos dados trocados pela internet são muito mais complexos que aqueles criados por César. A criptografia de hoje em dia usa algoritmos produzidos virtualmente.
Assim, quando fazemos uma compra online e preenchemos um formulário com nossas informações bancárias, ou quando trocamos mensagens de WhatsApp, os dados são enviados de forma criptografada até a outra ponta. Ao chegar lá, a chave será usada para decifrar os dados.
Se algum invasor obtiver os dados no meio do caminho, ele vai se deparar com a mensagem criptografada. Quando mais complexo for o código, mais difícil será para o invasor desvendar as informações. Hoje em dia, isso é praticamente impossível – e é esse o objetivo.
O Banco Central determina o uso de tecnologia de segurança relacionada à criptografia. Para isso, é importante o uso de um HSM (hardware de criptografia dedicado).
Nas compras em crédito, quando o pagamento é confirmado, o chip do cartão envia um código criptografado da operação – que serve para assegurar que os dados passaram pelo chip. Apenas quem possuir a chave correta possui acesso aos dados, como a bandeira, o emissor e a operadora.
A utilização da criptografia é importante, sobretudo, para minimizar riscos. Diante da possibilidade de que o fluxo de dados seja interceptado, é imprescindível que as empresas reflitam sobre se vale a pena correr o risco de ter suas comunicações violadas.
A vulnerabilidade à violação de dados pode também acarretar prejuízos à imagem das empresas, no caso de que comunicações sejam interceptadas. Esse é um risco, principalmente, para empresas iniciantes no mercado.