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Manchete dos Jornais nesta quinta-feira, 21 de abril de 2016

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Investigação de chapa Dilma-Temer no TSE vai incluir Lava Jato
Ministra dá início à fase de coleta de provas, que prevê perícia em empresas e oitiva de envolvidos em corrupção; parte da Corte discute possibilidade de separar conta do vice
A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Thereza de Assis Moura, corregedora-geral da Justiça Eleitoral, autorizou o início da produção de provas para embasar ações que pedem a cassação da chapa formada pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice Michel Temer. As fases de coleta de provas incluem perícia contábil em gráficas e fornecedores de campanha, juntada de informações colhidas pelo juiz federal Sérgio Moro e depoimentos de testemunhas já investigadas na Operação Lava Jato, como Pedro Barusco, Ricardo Pessoa e Julio Camargo. Os documentos serão utilizados nas quatro ações que correm no TSE sobre o assunto. Segundo a ministra, “o momento processual” deve garantir “o direito à produção da prova e não seu cerceamento”. A fase de perícias terá início em 15 de maio e prazo de 90 dias. Em agosto, o Tribunal deve dar início à oitiva das testemunhas. A corregedora eleitoral não analisou o pedido feito pela defesa de Temer de separar suas contas de campanha das de Dilma. Mas parte dos ministros do TSE vê a proposta com simpatia. Nos bastidores, ela é encarada como uma saída para não estender a crise política…


O Globo

Manchete : Ministros do STF: Dilma ofende instituições ao falar em golpe
Decano Celso de Mello condena ‘gravíssimo equívoco’ da presidente
Dias Toffoli afirma que processo de impeachment aprovado na Câmara e que agora está no Senado garantiu ampla defesa à presidente; petista, porém, deve repetir a estratégia amanhã na ONU
Ministros do Supremo Tribunal Federal rechaçaram ontem a alegação da presidente Dilma de que o impeachment aprovado na Câmara é um golpe. Argumentando que as regras foram definidas pela Corte e respeitadas pelos deputados, o decano do STF, Celso de Mello, afirmou que a acusação de Dilma é um “gravíssimo equívoco”. Para o ministro Dias Toffoli, o processo assegurou amplo direito de defesa, e alegar golpe agora é uma “ofensa às instituições brasileiras”. Também a ex-senadora Marina Silva (Rede) condenou a estratégia de defesa de Dilma. A presidente, porém, deve repetir o discurso amanhã na ONU, em Nova York. Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o tucano Aloysio Nunes afirmou que, se ela usar a tribuna da ONU para se defender e voltar a falar em golpe, será um “desserviço ao país”. (Pág. 6 e 7)

Posse de Lula continua suspensa
O STF adiou o julgamento de ações que contestam a posse do ex-presidente Lula na Casa Civil. Com isso, o petista continua fora do governo até ser marcada nova sessão do Supremo, sem previsão. Mais dois ministros deixaram a Esplanada, o que eleva para nove o número de pastas sem comando. (Págs. 5 e 6)

Petista só tem 5 votos na comissão
A oposição tem ampla vantagem na comissão especial que analisará o impeachment no Senado. Dos 21 integrantes titulares, 14 já declararam ao GLOBO serem favoráveis ao afastamento, cinco são contrários e dois se dizem indecisos. O presidente será Raimundo Lira, do PMDB, que tem a maior bancada. (Pág. 8)

Delatora diz que Mantega negociou caixa 2 em 2014
Mulher e sócia de João Santana afirmou que R$ 10 milhões do total que recebeu pela campanha de Dilma não foram declarados
Presa pela Lava-Jato, Monica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana, disse a procuradores que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega intermediou pagamentos de caixa 2 para a campanha da presidente Dilma em 2014, revela THIAGO HERDY. Em depoimento durante negociação de delação premiada, ela revelou que recebeu pagamentos de empresários indicados pelo então ministro. Por todos os serviços prestados, segundo Monica, foram pagos R$ 10 milhões não declarados à Justiça. Mantega, segundo seu advogado, confirmou ter tido encontros com a sócia de Santana, mas afirmou que não tratou de pagamentos. (Págs. 3 e 4)

Dilma e Temer no STF
O STF incluiu em inquérito da Lava-Jato trechos da delação do senador Delcídio Amaral que citam Dilma, Lula e Temer. (Pág. 5)

TSE pode poupar vice
Ministros do TSE negociam acordo para julgar de forma separada as contas do vice Michel Temer e da presidente Dilma. (Pág. 4)

Desemprego já afeta 10 milhões no Brasil
Taxa de desocupação alcançou 10,2% em fevereiro, maior patamar da pesquisa nacional do IBGE, iniciada em 2012 (Pág. 21)

Colunistas
MÍRIAM LEITÃO – Dilma afugenta investidores ao insistir na tese do golpe (Pág. 22)

MERVAL PEREIRA – STF pode investigar Dilma até mesmo antes do impeachment (Pág. 4)

ARTUR XEXÉO – A ressaca depois do reality show dos deputados na Câmara (Pág. 10)

ANCELMO GOIS – Brasil pode ter dois presidentes durante a Rio-2016 (Pág. 14)

CARLOS A. SARDENBERG – Crise é o resultado de populismo iniciado por Lula (Pág. 18)

Editorial
‘Dilma põe interesses pessoais e do PT acima do país’ (Pág. 18)


O Estado de S. Paulo

Manchete : Investigação de chapa Dilma-Temer no TSE vai incluir Lava Jato
Ministra dá início à fase de coleta de provas, que prevê perícia em empresas e oitiva de envolvidos em corrupção; parte da Corte discute possibilidade de separar conta do vice
A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Thereza de Assis Moura, corregedora-geral da Justiça Eleitoral, autorizou o início da produção de provas para embasar ações que pedem a cassação da chapa formada pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice Michel Temer. As fases de coleta de provas incluem perícia contábil em gráficas e fornecedores de campanha, juntada de informações colhidas pelo juiz federal Sérgio Moro e depoimentos de testemunhas já investigadas na Operação Lava Jato, como Pedro Barusco, Ricardo Pessoa e Julio Camargo. Os documentos serão utilizados nas quatro ações que correm no TSE sobre o assunto. Segundo a ministra, “o momento processual” deve garantir “o direito à produção da prova e não seu cerceamento”. A fase de perícias terá início em 15 de maio e prazo de 90 dias. Em agosto, o Tribunal deve dar início à oitiva das testemunhas. A corregedora eleitoral não analisou o pedido feito pela defesa de Temer de separar suas contas de campanha das de Dilma. Mas parte dos ministros do TSE vê a proposta com simpatia. Nos bastidores, ela é encarada como uma saída para não estender a crise política. (Política A4)

STF aceita citações de Delcídio
Relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki determinou que trechos da delação do senador Delcídio Amaral sejam incluídos no inquérito. Eles citam, entre outras autoridades, Dilma, Temer e o ex-presidente Lula. (Pág. A11)

Ministros do STF criticam Dilma por falar em golpe
Ministros do STF criticaram ontem a possibilidade de Dilma Rousseff usar viagem a Nova York para apontar o processo de impeachment como um golpe. Dias Toffoli disse que a presidente ofende as instituições. Para Celso de Mello, trata-se de “gravíssimo equívoco”. (Pág. A10)

Senado usará rito de impeachment como o de Collor
O roteiro definido para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado é semelhante ao adotado em 1992 no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A diferença será apenas durante a fase de interrogatório da petista na Casa. (Pág. A6)

Contabilidade de empreiteira tem 19 partidos
Laudo da Polícia Federal anexado aos autos da Operação Lava Jato mostra que a contabilidade da empreiteira Andrade Gutierrez registrou R$ 292,5 milhões em doações eleitorais, feitas entre 2008 e 2014, para 19 partidos, entre eles PT, PSDB, PMDB, PP e PSB. (Pág. A5)

Foto-legenda : Reuniões em São Paulo
Michel Temer almoçou com o economista Delfim Netto. O vice nega que esteja fazendo convites, mas o advogado José Yunes disse que será assessor especial da Presidência caso Temer assuma o cargo. (Pág. A9)

Governo federal deve R$ 400 mi à Prefeitura
A Prefeitura de São Paulo tem R$ 400 milhões a receber de pagamentos atrasados do PAC. Com a queda na arrecadação, a capital depende de um eventual governo Temer para tocar obras prometidas por Fernando Haddad. (Metrópole A15)

Desemprego é recorde e supera 10 milhões
A taxa de desemprego no País chegou a 10,2% no trimestre, encerrado em fevereiro. Foi o pior resultado desde 2012. O total de desempregados alcançou o recorde de 10,371 milhões, um salto de 40,1% em apenas um ano. (Economia B1 e B3)

Justiça acata denúncia contra dono do Safra (Economia B10)

Caso grave de H1N1 afeta 1 em 5 cidades paulistas (Metrópole A20)

Veríssimo
Morcegos – Se Obama abrir os arquivos sobre a participação dos EUA na repressão aos contestadores da ditadura na Argentina, histórias tenebrosas surgirão. (Caderno2 C8)

Notas&Informações
A exportação do vexame – Dilma não esmorece em sua campanha para envergonhar o Brasil (A3)

Inexplicável sobrevivência – Eduardo Cunha mais cedo ou mais tarde terá de ser julgado e sofrer a merecida punição (A3)


Folha de S. Paulo

Manchete : Demissões batem recorde, e desemprego chega a 10%
Reflexo da recessão no país, taxa pela primeira vez atinge a marca de dois dígitos
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 10,2% no trimestre que foi encerrado em fevereiro. Esse é o maior patamar do índice desde que o IBGE iniciou o levantamento, quatro anos atrás. Um ano antes, ele estava em 7,4%. A disparada do desemprego é fruto da recessão que afeta o país no segundo mandato de Dilma Rousseff. De dezembro a fevereiro, 1 milhão de vagas foram fechadas, um recorde, e há 10,4 milhões de pessoas buscando trabalho. O aumento dos cortes é comum no início de ano, com o fim do período de festas, mas o IBGE disse que o resultado surpreendeu pela sua intensidade, afetando não só temporários, mas também quem era efetivo no trabalho. O avanço do desemprego somente não foi pior porque 676 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria. A indústria foi o setor que mais demitiu, com 740 mil postos de trabalho perdidos no período. (Mercado a13)

Dilma falar em golpe é um erro grave, diz Celso de Mello, do STF
Para Celso de Mello, ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal, a presidente Dilma Rousseff (PT) comete “um gravíssimo equívoco” ao comparar a um golpe o processo de impeachment que está em andamento no Congresso. Segundo ele, o STF já analisou que a Câmara agiu conforme a lei, respeitando “os cânones estabelecidos na Constituição”. (Poder a4)

Temer prepara novo governo em escritório em SP
Depois de o pedido de impeachment de Dilma Rousseff ser aprovado na Câmara, a articulação do vice-presidente para um eventual governo se transferiu de Brasília para São Paulo. Só nesta quarta-feira (20), Michel Temer recebeu ao menos dez lideranças do PMDB em seu escritório no Alto de Pinheiros, bairro nobre da capital paulista. (Poder a6)

Petista reforçará nos EUA críticas ao impeachment
A presidente Dilma Rousseff se posicionará sobre o impeachment em Nova York, onde participará de cerimônia na ONU sobre o acordo climático. Ela chega nesta quinta (21) à noite aos EUA. Com o intuito de angariar apoio internacional, dirá que não cometeu crime de responsabilidade e defenderá a tese de que afastá-la é um “golpe de Estado”. (Poder a5)

Limite de dados de internet é criticado em EUA e Europa (Mercado a16)

Sete Brasil recorre a medida jurídica por sobrevivência
Por decisão de seus sócios, a empresa de sondas Sete Brasil, principal fornecedora da Petrobras na exploração do pré-sal, entrará com pedido de recuperação judicial na semana que vem. Depois do pedido, a Sete Brasil terá dois meses para apresentar um plano a seus credores. A dívida bancária da companhia é de cerca de R$ 17 bilhões. (Mercado a15)

Foto-legenda : Fome de justiça
Secundaristas fizeram ato na avenida Paulista nesta quarta (20) contra fraude em merenda escolar que é investigada na gestão Alckmin; ex-chefe de gabinete da Casa Civil de SP admite ter ajudado cooperativa (Poder a10)

Painel
Vice se mexe para sufocar proposta de novas eleições
A fim de evitar que a proposta de antecipar a eleição ganhe força no Senado, Michel Temer (PMDB), sucessor de Dilma em caso de impeachment, deflagrou operação para sufocar a ideia. Seu correligionário Romero Jucá atuará para evitar que o projeto, que foi defendido por Renan Calheiros, avance. (Poder a4)

Editoriais
Leia “Golpe na ONU”, sobre intenção de Dilma em fala nas Nações Unidas, e “Moléstia judicial”, a respeito de decisões de tribunais na área da saúde. (Opinião a2)


Edição: Equipe Fenatracoop, Quinta-Feira, 21 de Abril de 2016

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