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Arrancada de Marina, voto de SP e queda de Dilma na classe C explicam o 2º turno – Base do governo aumenta no Senado – Aécio faz ‘barba, cabelo e bigode’ em MG – O melhor 3º lugar após a redemocratização – Marina ‘perde ganhando’, como queria – Intervenção branca na campanha tucana – Collor fica fora do 2º turno, que terá Teotonio e Lessa…
O Globo
Lula comandará campanha de Dilma no segundo turno
Com o segundo turno, a maior preocupação do comando da campanha petista e do presidente Lula é com o anticlímax na militância. A estratégia já pensada nas últimas horas é que o presidente Lula passe a assumir pessoalmente o comando da campanha.
Avaliação reservada é que Dilma cresceu de forma significativa no mês de agosto depois que houve a forte exploração da imagem de Lula ao lado da candidata petista nos programas eleitorais gratuitos. A prioridade de Lula vai ser exclusivamente para a campanha de Dilma neste mês.
No primeiro turno, Lula dividiu esforços com várias campanhas estaduais e também com agenda de governo. Tanto, que será cancelada toda a possibilidade de agenda internacional no mês de outubro que seria confirmada pelo Itamaraty caso Dilma fosse eleita no primeiro turno.
Outra estratégia imediata é trabalhar a conquista dos votos da candidata do PV, a senadora Marina Silva (AC).
Já no primeiro turno, houve uma preocupação para não atacar diretamente Marina. Agora, a ordem é usar o PT do Acre liderado pelo senador eleito e ex-governador Jorge Viana para tentar fazer uma reaproximação com os setores do PV mais ligados a Marina.
‘O cara’ carregou, e também atrapalhou Dilma
O presidente entrou na sala improvisada nos fundos do palanque, em Belo Horizonte. Naquela tarde de agosto, vestia uma típica jaqueta boliviana. E estava inquieto:
— Vocês acreditam que o Aécio (Neves) teve a coragem de me mandar um recado pedindo para não vir?
O tom irritadiço de Lula surpreendeu os políticos do PMDB e do PT que o recepcionavam.
— Como é? — quis saber Hélio Costa (PMDB), candidato ao governo mineiro.
— Ele mandou o Sérgio Andrade (empresário mineiro, acionista dos grupos Oi e Andrade Gutierrez) telefonar para o Gilberto (Carvalho, chefe de Gabinete de Lula). O Gilberto contou que o Sérgio ligou, falando em nome do Aécio, com pedido para eu não vir a Minas. Quem o Aécio pensa que é? Em quem ele acha que manda? Eu sou presidente da República, vou aonde quiser e agora vou para o enfrentamento.
Lula assumira o papel do político em transe com a adrenalina da vingança. E assim continuou.
Intervenção branca na campanha tucana
As cúpulas do PSDB e DEM preparam, a partir de hoje, uma “intervenção branca” na campanha do tucano José Serra, para iniciar a corrida do segundo turno com novo fôlego.
Deverão ter maior peso nas negociações dentro do PSDB o recém-eleito senador Aécio Neves, o governador reeleito de Minas, Antonio Anastasia, e o governador eleito do Paraná, Beto Richa.
A avaliação é que a oposição não pode cometer os mesmos erros de 2006: quando o tucano Geraldo Alckmin perdeu votos e saiu menor do que entrou na segunda fase da campanha.
Uma reunião de emergência para hoje já foi acertada entre os presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e do DEM, Rodrigo Maia (RJ), com líderes e dirigentes dos dois partidos.
A estratégia será fixada em dois eixos: adotar um discurso capaz de captar os votos dados à candidata do PV à Presidência, Marina Silva; e considerar o presidente Lula o grande derrotado da eleição, já que cantava a vitória de Dilma.
Para ampliar as chances de Serra no segundo turno, Aécio defende um freio de arrumação na campanha tucana.
Em vez de 50 mil militantes, festa do PT teve 300
A festa preparada com antecedência pela direção do PT — para a comemoração de uma eventual vitória da candidata à Presidência Dilma Rousseff ainda no primeiro turno — terminou num retumbante fracasso.
Pelos cálculos da Polícia Militar, cerca de 300 pessoas compareceram à área externa do Ginásio Nilson Nelson, onde participaram do ato, um número bem abaixo dos 50 mil militantes esperados pelos organizadores do evento.
A grande festa da vitória se resumiu a um minicomício do candidato petista ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do candidato a vice, Tadeu Filipelli (PMDB), e dos senadores eleitos Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB).
O presidente Lula e Dilma, principais convidados, desistiram de participar do encontro com os poucos militantes que, até por volta das 20h30m, ainda esperavam o triunfo da ex-ministra da Casa Civil no primeiro turno.
— Era uma concentração para acompanhar os resultados e comemorar. Comemorar tudo (vitória de Dilma e Agnelo). Mas no segundo turno vai ter uma grande reação da militância — afirmou a professora Luciana Leite, decepcionada com o resultado das urnas.
Marina ‘perde ganhando’, como queria
Ao discursar ontem após a confirmação do segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) anunciou que defenderá a realização de uma plenária de seu partido com segmentos sociais que a apoiaram para decidir quem o partido vai apoiar no segundo turno.
Com quase 20% dos votos em todo o país, ela comemorou a sua votação e disse que saiu vitoriosa da disputa:
— O partido vai ter que fazer uma discussão nas suas instâncias e, por respeito, aos que fizeram aliança conosco, vai ter de também convidá-los para debater as nossas posições.
Marina mandou recados para a direção do PV, próxima do PSDB e inclinada a manifestar apoio imediato a José Serra. O PV participava da gestão tucana no governo de São Paulo e estava coligado com os tucanos no Rio de Janeiro.
— A nossa decisão será uma decisão que não tem nada a ver com a velha política que se apressa em manifestar uma posição só para vislumbrar pontos lá na frente.
A candidata e a direção do partido se mantiveram distantes durante a campanha. Por coincidência ou não, o presidente do PV, José Luiz Penna, não acompanhou o pronunciamento, feito na Vila Madalena, em São Paulo.
O melhor 3º lugar após a redemocratização
andidata do PV à Presidência, a senadora Marina Silva (AC) obteve o melhor terceiro lugar de todas as disputas presidenciais desde a primeira eleição após a redemocratização do país, em 1989.
Apuradas as urnas, Marina teve quase 20% do total de válidos. Embora não tenha ido para o segundo turno, o seu desempenho nas urnas, após uma campanha por um partido pequeno e sem estrutura pelo país, pode ser retratado pelo que ela mesma definiu como uma luta de David contra Golias.
O terceiro colocado de disputas presidenciais com melhor desempenho, depois de Marina, foi Anthony Garotinho, em 2002, quando foi candidato pelo PSB e ficou com 17,8% dos votos válidos, atrás de José Serra, com 23,1%, e de Lula, que passou para o segundo turno com 46,4% dos votos.
Antes de Garotinho, em 1989, Leonel Brizola conquistou 15,4%, contra 16% de Lula (na segunda posição), e 28,5% de Collor, que foi para o segundo turno com o petista.
Em 1998, Ciro Gomes, pelo PSB, levou 10,9%. Em 2006, a então senadora Heloísa Helena (PSOL) registrou apenas 6,8%. O célebre Enéas, que ficou conhecido com o jargão “Meu nome é Enéas”, amargou a terceira posição em 94 com pífios 2,1%.
Aécio faz ‘barba, cabelo e bigode’ em MG
Após ter sido preterido pelo PSDB na disputa pela vaga de candidato à sucessão presidencial, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves acabou assegurando à oposição uma das maiores vitórias na eleição deste ano.
Com seu apoio, o governador tucano, Antonio Anastasia, conseguiu ser reeleito já no primeiro turno, com 62,72% dos votos. O senador e ex-ministro Hélio Costa (PMDB), apoiado pelo PT, terminou com 34,17%.
Com sua alta popularidade no segundo maior colégio eleitoral do país, Aécio garantiu sua vitória na disputa pelo Senado com 39,48% dos votos. E ainda ajudou o ex-presidente Itamar Franco, do PPS, aliado do tucano, a conseguir a segunda vaga no Senado, com 26,75% dos votos.
O ex-prefeito petista Fernando Pimentel (PT) ficou em terceiro, com 23,98%. Esse resultado confirma não apenas a força política de Aécio, como levou Anastasia ontem a cogitar publicamente a possibilidade de Aécio ser o próximo candidato do PSDB à Presidência.
Base do governo aumenta no Senado
Os partidos que apoiam o governo Lula ficaram com 40 das 54 vagas abertas no Senado nesta eleição, segundo a apuração divulgada ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que não inclui os candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa.
A oposição conseguiu eleger apenas 11 senadores; outros três eleitos são considerados independentes.
Com esse resultado, o bloco de partidos da base aliada de Lula e da candidata do PT, Dilma Rousseff, terá 56 senadores em 2011, uma ampla maioria capaz de brecar, por exemplo, qualquer pedido de instalação de CPI. Para aprovar uma CPI no Senado, são necessários 27 votos, um terço dos 81 que compõem a Casa.
Pelo quadro atual, o PMDB terá a maior bancada, passando de 17 para 20 senadores, seguido do PT, que sobe de oito para 15.
O PSDB tinha 16 senadores e ficou com dez, ficando com a terceira maior bancada. O DEM é o grande derrotado na disputa por cadeiras na Casa, pois tem hoje 13 senadores e ficará com sete.
Folha de S. Paulo
Arrancada de Marina, voto de SP e queda de Dilma na classe C explicam o 2º turno
Votações com tendência de alta para Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) levaram a eleição presidencial de 2010 ao segundo turno.
Já Dilma Rousseff (PT) manteve sua trajetória de perda de apoio das últimas semanas. De franca favorita até meados de setembro, terá de enfrentar Serra no próximo dia 31 de outubro.
O resultado de ontem repete o padrão das eleições presidenciais desde 1994.
Desde então, os melhores colocados ou vencedores no primeiro turno tiveram pouco menos ou pouco mais de 50% dos votos válidos.
O resultado das urnas também seguiu e reforçou a tendência captada pelas últimas pesquisas eleitorais realizadas pelo Datafolha.
Dilma convoca reunião de emergência
A campanha de Dilma Rousseff (PT) convocou uma reunião de emergência hoje com todos os governadores e senadores eleitos e presidentes dos partidos da base aliada para definir a estratégia do segundo turno.
A convocação para a reunião foi definida em reunião na noite de ontem, no Palácio
Otimista ao chegar a Brasília à tarde mas, no início da noite, já discutia com Lula a estratégia de segundo turno.
A candidata chegou a acreditar numa vitória no primeiro turno a partir de informações passadas a ela, durante a reunião com Lula, por sua equipe. Depois, com a evolução da apuração indicando que se mantinha na casa dos 45% dos votos, deu como certo o segundo turno.
Mostrei que o Brasil não pode continuar desigual, diz Plínio
Após votar, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) fez um balanço de sua campanha à Presidência e avaliou que a principal mensagem que passou foi a de que o Brasil não pode continuar desigual.
“Porque essa desigualdade é a base, inclusive, da corrupção, da violência, de tudo o que perturba a gente. A mensagem foi essa: “Vamos fazer esse país mais igual”.”
O socialista declarou também que sua candidatura serviu para mostrar “que há gente no Brasil interessada em ouvir a verdade”.
Sobre os risos que provocou durante a campanha, Plínio disse que não foram motivados apenas por ele, mas pelo contraste entre a realidade e o que ele dizia.
Oposição preserva patrimônio eleitoral
Puxada pela expressiva votação no cinturão no centro-sul do país, a oposição conseguiu manter seu patrimônio eleitoral nas urnas.
As vitórias obtidas nessa faixa do eleitorado servirão como contrapeso à força da ampla aliança de partidos governistas e à derrota de lideranças históricas de PSDB e DEM no Congresso.
É na musculatura desses Estados, especialmente São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que José Serra (PSDB) concentrará esforços para tentar virar a eleição presidencial no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).
Boca de urna sai após o começo da apuração
O Ibope e a TV Globo atrasaram ontem a divulgação da pesquisa de boca de urna da disputa presidencial.
Os números foram apresentados após o início da apuração -o resultado foi divulgado às 18h44.
Quando a pesquisa foi ao ar pela TV Globo, 40,85% das urnas já haviam sido apuradas. Tradicionalmente, os dados são divulga- dos logo após o fecha- mento das urnas.
Segundo o Ibope, a pesquisa não apresentou problema e foi encaminhada para a TV Globo às 17h57.
Marina, por ora, mantém neutralidade
A onda verde não estourou no segundo turno, mas levou Marina Silva (PV) a superar as expectativas mais otimistas dos verdes e mudar os rumos de uma eleição que parecia definida com mais de um mês de antecipação.
Após ultrapassar os 19 milhões de votos, com quase 20% dos válidos, ela sai fortalecida como alternativa à polarização entre PT e PSDB e já começa a pensar numa nova candidatura com mais chances no próximo pleito à Presidência, em 2014.
Senadora vence no DF e em BH, e fica em 3º no AC, seu Estado natal
A “onda verde” de Marina Silva, do PV, contagiou os eleitores do Distrito Federal, único local entre as 27 Unidades da Federação em que a candidata venceu.
Marina venceu com 41,96% dos votos válidos. Dilma, segunda colocada, obteve 31,74%. José Serra ficou em terceiro, com 24,30%.
Marina também venceu em Belo Horizonte, onde até o fim da noite tinha cerca de 560 mil votos. E em municípios de médio porte, como Niterói (RJ) e Vila Velha (ES).
Marina rompe a polarização PT-PSDB
Marina Silva (PV) quebrou a polarização PT-PSDB estabelecida na eleição de 2006.
Na última disputa presidencial, apenas Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) apareciam em primeiro ou segundo lugar nas 27 unidades da Federação. Heloísa Helena (PSOL), terceira colocada em 2006, não teve particição expressiva.
Neste ano, porém, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) deram espaço à candidata do PV, que se consolidou como terceira força nacional de peso -algo que Heloísa Helena e Cristovam Buarque (PDT) não haviam conseguido em 2006.
Marina roubou espaço significativo do PT e do PSDB em vários Estados e no Distrito Federal. Neste, por exemplo, ficou em primeiro lugar, com 42%, batendo Dilma por dez pontos percentuais.
Filho de Dirceu e outros 48 são detidos
Pelo menos 49 candidatos foram presos em flagrante ontem por prática de crime eleitoral. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), houve outras 251 irregularidades envolvendo políticos.
Entre os detidos está o candidato a deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, por suposta prática de boca de urna.
De acordo com o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, as demais prisões foram por transporte ilegal de eleitores, propaganda irregular, compra de votos e, principalmente, boca de urna.
Serra vence nos EUA ; Dilma, na Argentina
O candidato do PSDB, José Serra, foi o vencedor da disputa no exterior. Com praticamente todos os votos apurados, o tucano obteve 40,26% daqueles válidos.
A petista Dilma Rousseff ficou em segundo, com 36,82%, enquanto Marina Silva, do PV, levou 20,42%.
Até o fechamento desta edição, 99,83% dos votos no exterior já haviam sido apurados -restando apenas uma urna para a conclusão.
A Justiça Eleitoral registrou 200.392 eleitores aptos a votar fora do país, mas apenas 88.807 compareceram às urnas: uma taxa de abstenção de 55,52%.
Cobertura ao vivo da Folha bate recorde com 11 mi de páginas vistas
A cobertura da Folha no primeiro turno das eleições teve como novidade uma inédita programação ao vivo, gerada a partir de um estúdio montado na Redação.
A programação especial complementou a extensiva cobertura realizada pela Folha.com e que registrou ao menos 11 milhões de páginas vistas, recorde histórico do site. No pico, os acessos atingiram 1 milhão por hora.
Profissionais em 26 Estados e no Distrito Federal, além de correspondentes no exterior, participaram da cobertura, comandada pelo jornalista Fernando Rodrigues.
Entradas ao vivo de repórteres em Brasília, Porto Alegre e São Paulo começaram a partir das 7h, pouco antes do início da votação no país.
Aliados de Lula batem velha guarda no Senado
As eleições para o Senado confirmaram uma onda vitoriosa de candidatos que foram às urnas apoiados pelo presidente Lula e impuseram derrotas à velha guarda na oposição na Casa.
Dos 54 senadores eleitos ontem, 43 são de partidos que integram a atual base governista, dez de oposição e um de sigla independente.
Outros 27 têm mais quatro anos de mandato.
Nos últimos anos, a oposição se amparava na bancada do Senado para tentar contrabalancear o peso da base “lulista” na Câmara.
Aloysio e Marta são eleitos ao Senado
Aloysio Nunes (PSDB) contrariou as últimas pesquisas e, após uma arrancada, elegeu-se como o senador mais votado da história de São Paulo. O segundo assento paulista do Senado ficou com Marta Suplicy (PT).
Netinho (PC do B), em terceiro lugar, não se elegeu. À 0h10, com 99,94% das urnas apuradas, o tucano tinha 11.183.601 votos -30,43% dos votos válidos.
Heloísa Helena fica fora do Senado; Benedito e Calheiros são eleitos
Terceira colocada nas eleições presidenciais de 2006, Heloísa Helena (PSOL) foi derrotada ontem na disputa para o Senado em Alagoas.
Ela ficou atrás de Renan Calheiros (PMDB) e de Benedito de Lira (PP).
Ontem, a alagoana, que foi senadora de 1999 a 2007, não quis declarar seu voto para presidente da República, mas disse ter “esperança” na vitória da candidata do Partido Verde, Marina Silva.
Pelo Senado, Marco Maciel sofre primeira derrota em cinco décadas
Na política desde 1959, o senador Marco Maciel (DEM), 70, sofreu ontem sua primeira derrota na vida pública e perdeu a chance de se reeleger em Pernambuco.
Mesmo antes da totalização dos votos, já estava muito atrás dos eleitos, o ex-ministro Humberto Costa (PT) e o atual deputado federal Armando Monteiro (PTB).
Vice-presidente de 95 a 02, Maciel foi um dos articuladores da aliança que elegeu Tancredo Neves presidente, em 85, e que resultou na criação do PFL (atual DEM).
Tiririca e Garotinho são os campeões de voto para a Câmara
Confirmando as expectativas, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), foi o campeão de votos para a Câmara dos Deputados.
Com 99,9% das urnas de São Paulo apuradas, ele tinha 1,353 milhão de votos, número próximo ao recorde nacional, que é de Enéas Carneiro (Prona-SP) -1,57 milhão de votos em 2002.
Logo atrás vinham o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ), com 694 mil votos (99,8% das urnas apuradas), e Gabriel Chalita (PSB-SP), com 559 mil.
Proporcionalmente ao número de votos válidos, o “campeão” no país foi José Antonio Reguffe (PDT) -19% dos votos válidos do DF.
Fichas-sujas superam 700 mil votos em SP
Mais de 700 mil votos foram dados ontem a candidatos a deputado federal barrados com base na Lei da Ficha Limpa em São Paulo. Esses votos foram declarados nulos pela Justiça Eleitoral.
Entre os considerados “ficha-suja” pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo o mais votado foi o deputado federal Paulo Maluf (PP) que foi escolhido por mais de 495 mil eleitores.
Tucano volta por cima com eleição no 1º turno em SP
Geraldo Alckmin (PSDB) foi eleito ontem governador de São Paulo, em primeiro turno, com 50,64% dos votos válidos. O segundo colocado, Aloizio Mercadante (PT), obteve 35,22%, com 99,93% dos votos apurados.
A vitória o torna novamente um dos principais líderes do maior partido de oposição a Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele perdeu no segundo turno para Lula a eleição para presidente em 2006 e, em 2008, foi derrotado no primeiro turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Para viabilizar sua candidatura, Alckmin teve de disputar internamente com Aloysio Nunes, eleito ontem senador por São Paulo.
Alckmin já prepara resgate de projetos e de seus secretários
A volta ao Palácio dos Bandeirantes com vitória no primeiro turno devolve Geraldo Alckmin à linha de frente do PSDB e poderá alçá-lo ao posto de candidato à Presidência da República tanto em 2014 como em 2018.
Pavimentar esse caminho, porém, depende ainda do resultado dos próximos quatro anos de sua administração no Estado mais rico do país.
Mercadante diz que teve “vitória política”
Por cerca de 0,2% dos votos, o candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, não conseguiu levar a disputa para o segundo turno.
O petista superou as expectativas traçadas por pesquisas eleitorais e chegou a 35,2% dos votos válidos, contra 50,6% do vencedor Geraldo Alckmin (PSDB).
“Metade do Estado escolheu a mudança, a outra a continuidade do governo que aí está há 16 anos. Eu considero os votos tivemos uma grande vitória política”, afirmou Mercadante, após reconhecer a derrota, em coletiva de imprensa.
Vitória no 1º turno de Anastasia dá força a Aécio no país
O governador tucano Antonio Anastasia, 49, foi reeleito ontem em Minas Gerais. A vitória fortalece a posição política do Estado na cena nacional, sob a batuta do principal personagem da disputa, o agora senador eleito Aécio Neves (PSDB), 50.
Com 99,9% dos votos apurados até 0h, Anastasia batia o rival Hélio Costa (PMDB, aliado ao PT) por 62,72% a 34,17%. Padrinho político de Anastasia, Aécio se desdobrou para reelegê-lo.
Senador Raimundo Colombo, do DEM, vence no 1º turno
O senador Raimundo Colombo (DEM), 55, foi eleito no primeiro turno para o governo de Santa Catarina. Com 100% das urnas apuradas, o democrata atingiu 52,72% dos votos válidos. A deputada federal Angela Amin (PP), 56, que até meados de setembro era favorita, terminou em segundo lugar com 24,91% dos votos.
Em terceiro ficou a senadora Ideli Salvatti (PT), 58, com 21,90% dos votos.
Cabral vence no Rio com votação histórica
O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), 47, foi reeleito ontem com a maior votação ao cargo na história do Estado. Com 98% da apuração, o peemedebista somava 5,12 milhões de votos (66% dos válidos) superando Fernando Gabeira (PV) -seu principal oponente atingia 1,6 milhão de votos (21%).
Um dos responsáveis pelo bom desempenho nas urnas foi o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora -ocupação permanente da PM em 11 comunidades antes dominadas pelo tráfico de drogas.
“Não voto em quem defende pena de morte “, diz preso
Presos provisórios e adolescentes infratores votaram ontem pela primeira vez em São Paulo em penitenciárias e unidades da Fundação Casa (ex-Febem) no Estado.
No total, mais de 2 mil presos provisórios (aqueles que ainda têm direito a recursos ou cumprem ordens de prisão temporárias) e menores em medidas socioeducativas acessaram as urnas ontem.
Eduardo Campos se reelege com recorde de votos no Estado
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 45, foi reeleito ontem com o maior percentual de votos já registrado no Estado para o cargo. Foi também o que obteve a vitória mais elástica entre os que disputaram os governos no país.
Com 99,85% das urnas apuradas, Campos havia conquistado 82,83% dos votos válidos, contra 14,06% do seu principal adversário, Jarbas Vasconcelos (PMDB).
A reeleição de Campos, com 2,8 milhões de votos a mais que Jarbas, também representa uma vitória pessoal para o governador, que foi apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Collor fica fora do 2º turno, que terá Teotonio e Lessa
O ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB), 61, ficou fora do segundo turno em Alagoas, em uma disputa acirrada com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), 61. O pedetista vai disputar o segundo turno com o atual governador, Teotonio Vilela Filho (PSDB), 51.
Vilela Filho teve 39,58% dos votos válidos. Lessa teve 29,18% e Collor, 28,8%.
Jaques Wagner é reeleito e fala em “nova hegemonia” estadual
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), 59, foi reeleito já no primeiro turno das eleições ontem e falou na formação de uma “nova hegemonia” política no Estado.
Com 99,23% das urnas apuradas, o petista tinha 63,8% dos votos válidos. Os rivais Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB) tinham 16% e 15,55%.
Além da reeleição, Wagner conseguiu eleger dois aliados para o Senado -Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT)- e deve aumentar a base aliada de deputados federais e estaduais.
“Acredito numa nova hegemonia que não é só minha, eu não sou uma estrela solitária. Trabalho com uma constelação que agrega cada vez mais [aliados]. Então, é a hegemonia de um pensamento político”, afirmou.
Disputa entre Jatene e Ana Júlia só será decidida no 2º turno
Com mais de 99,4% das urnas do Pará apuradas, a disputa pelo governo do Estado será decidida no segundo turno, entre a governadora Ana Júlia Carepa (PT), 52, e o ex-governador Simão Jatene (PSDB), 61.
A diferença entre os dois candidatos foi mínima. Jatene, cotado pelas pesquisas para vencer ainda no primeiro turno por uma margem também pequena, obteve 48,9% dos votos válidos, contra 36% de Ana Júlia.
Agnelo e mulher de Roriz vão ao 2º turno
Foi graças à “onda verde” e ao escândalo do mensalão do DEM que o petista Agnelo Queiroz não ganhou a eleição no Distrito Federal no primeiro turno, faltando apenas 22 mil votos.
Queiroz teve 48,4% dos votos válidos e disputará o posto com Weslian Roriz (PSC), mulher de Joaquim Roriz que assumiu a campanha há dez dias e teve 31%.
O resultado deve-se menos à campanha de Weslian e mais aos votos de Toninho do PSOL, com 14%, e Eduardo Brandão (PV), com 5%.
Perillo e Iris Rezende disputarão apoio de Cardoso no segundo turno
Goiás terá no segundo turno o embate entre dois ex-governadores: o senador tucano Marconi Perillo (1996-2006) e Iris Rezende, do PMDB (1983-1986 e 1991-1994). Perillo teve 46,33% dos votos válidos, contra 36,38% de Íris.
O resultado torna importante no segundo turno o apoio de Vanderlan Cardoso (PR), o terceiro colocado, que totalizou 16,62%.
André Puccinelli, do PMDB, se reelege com mais de 700 mil votos
O governador André Puccinelli (PMDB), 62, foi reeleito no primeiro turno em Mato Grosso do Sul ontem.
Puccinelli teve 56% dos votos válidos, contabilizando mais de 704 mil.
O ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, teve 535 mil votos (42,5%). Em terceiro lugar, o candidato Nei Braga (PSOL) ficou com 1,5%. Congresso em Foco