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Escolas podem ser obrigadas a instalar detectores de metais e aparelhos de raios-X

Projeto (496/2011) do deputado Sandro Mabel, do PR de Goiás, torna obrigatória a instalação de detectores de metais e aparelhos de raios-X nas escolas públicas e privadas, para coibir a violência.

De acordo com o texto, o ingresso de qualquer pessoa em estabelecimentos de ensino, sem exceções, está condicionado à passagem por um detector de metais e da inspeção de seus pertences em aparelho de raios X.

Ainda segundo a proposta, a pessoa que se negar a passar pelos equipamentos não poderá ter acesso às dependências das escolas.

Sandro Mabel justificou sua proposta:

“O que nós temos visto, inclusive aí por uma fonte de uma pesquisa da Unesco, sobre violência nas escolas, alguns dados como 40% dos professores consideram que as gangues são um dos maiores problemas de escolas, 50% dos alunos brasileiros têm o aprendizado prejudicado pela violência no colégio. Três em cada dez alunos do ensino privado de Cuiabá já foram vítimas de assalto à mão armada dentro da escola. E mais, metade dos professores da São Paulo já relataram ameaças de agressão dentro da escola.”

Sandro Mabel defende que a instalação dos equipamentos comece pelas escolas com maior índice de violência.

Já o presidente do Conselho Nacional de Educação, Antonio Carlos Ronca, discorda do projeto e acha que a violência deve ser combatida com outros métodos:

“Eu considero a medida proposta para ser transformada em lei como inadequada. Eu acho que primeiro, conceitualmente, o que nós precisamos é fazer um trabalho para que a questão da violência seja enfrentada não apenas com proibições, com instalação de detectores de metais, mas com uma nova visão sobre o papel da escola, e a escola poderá perfeitamente, com recursos próprios, enfrentar essa questão da violência”.

Antonio Carlos Ronca aponta ainda que, na prática, a instalação dos equipamentos é inviável. Para ele, a dificuldade de revistar escolas com muitos alunos, além dos altos custos com a aquisição dos aparelhos e com a contratação de pessoal, inviabilizam a proposta.

O projeto de Sandro Mabel ainda será distribuído pelas comissões da Câmara dos Deputados.

De Brasília, Paulo Roberto Miranda.
Rádio Câmara

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De acordo com o texto, o ingresso de qualquer pessoa em estabelecimentos de ensino, sem exceções, está condicionado à passagem por um detector de metais e da inspeção de seus pertences em aparelho de raios X.

Ainda segundo a proposta, a pessoa que se negar a passar pelos equipamentos não poderá ter acesso às dependências das escolas.

Sandro Mabel justificou sua proposta:

“O que nós temos visto, inclusive aí por uma fonte de uma pesquisa da Unesco, sobre violência nas escolas, alguns dados como 40% dos professores consideram que as gangues são um dos maiores problemas de escolas, 50% dos alunos brasileiros têm o aprendizado prejudicado pela violência no colégio. Três em cada dez alunos do ensino privado de Cuiabá já foram vítimas de assalto à mão armada dentro da escola. E mais, metade dos professores da São Paulo já relataram ameaças de agressão dentro da escola.”

Sandro Mabel defende que a instalação dos equipamentos comece pelas escolas com maior índice de violência.

Já o presidente do Conselho Nacional de Educação, Antonio Carlos Ronca, discorda do projeto e acha que a violência deve ser combatida com outros métodos:

“Eu considero a medida proposta para ser transformada em lei como inadequada. Eu acho que primeiro, conceitualmente, o que nós precisamos é fazer um trabalho para que a questão da violência seja enfrentada não apenas com proibições, com instalação de detectores de metais, mas com uma nova visão sobre o papel da escola, e a escola poderá perfeitamente, com recursos próprios, enfrentar essa questão da violência”.

Antonio Carlos Ronca aponta ainda que, na prática, a instalação dos equipamentos é inviável. Para ele, a dificuldade de revistar escolas com muitos alunos, além dos altos custos com a aquisição dos aparelhos e com a contratação de pessoal, inviabilizam a proposta.

O projeto de Sandro Mabel ainda será distribuído pelas comissões da Câmara dos Deputados.

De Brasília, Paulo Roberto Miranda.
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