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O sistema eletrônico para registrar acidentes de trânsito sem vítimas está implantado em todo o Estado e já é possível estimar a economia aos cofres públicos. Só este ano, até 15 de agosto, foram 15.295 registros pela internet, no Paraná, que evitaram deslocamento de policial ao local do acidente e dos motoristas a unidades da Polícia Militar.
Para divulgar o Boletim de Acidentes de Trânsito Eletrônico Unificado (Bateu) e explicar em quais casos ele pode ser usado, a Polícia Militar simulou, na manhã desta quarta-feira (28/08), na Praça Tiradentes, em Curitiba, dois acidentes, um com e outro sem vítima. O Bateu faz parte do Programa Paraná Seguro e começou a ser implantado em março de 2012 e pode ser usado em qualquer um dos 399 municípios paranaenses. Desde então, foram registrados 36.570 acidentes sem vítimas em todo o Paraná, dos quais 24.690 somente na capital.
O sistema possibilita ao condutor registrar o seu envolvimento em um acidente de trânsito, sem vítimas, pelo site www.bateu.pr.gov.br, com inclusão de até 10 fotos e a livre declaração do envolvido no acidente. As fotos, posteriormente, terão uma validade jurídica O sistema padroniza o registro de ocorrências e dá mais agilidade ao processo.
EXERCÍCIO – Em um dos acidentes simulados, um homem foi atropelado por um carro e sofreu ferimentos graves, necessitando da presença do Siate e das viaturas da PM, no caso de Curitiba, do Batalhão de Polícia de Trânsito, para levantamento das informações e registro do boletim de ocorrência.
Na outra simulação, um carro e uma moto colidem, mas ninguém fica ferido. Neste caso, não é necessária a solicitação da presença policial, podendo ser feito o registro do boletim diretamente pela internet. No exercício, um policial esteve no local apenas para fazer a orientação.
“Com o registro on-line, os envolvidos não precisam permanecer no local, evitando o congestionamento do trânsito e o risco de novos acidentes”, avalia o comandante-geral da PM, coronel Roberson Luiz Bondaruk que participou da atividade simulada. “Nos casos com vítima é necessário entrar em contato com a PM, através do 190, para que seja acionado também o Siate. Não se deve mexer na pessoa ferida até a chegada da equipe policial e do socorro, para que não seja agravada a situação da vítima e nem se altere o local do acidente”.
“Achei a simulação muito pertinente, pois não temos orientação de como agir em determinados casos e aprendi em quais situações acionar a PM. Já passei por um caso de acidente e não sabia o que fazer, a partir do momento em que somos instruídos conseguimos evitar outras situações”, afirma o aposentado João Pedro Vidal, que acompanhou a simulação.
ECONOMIA – O coronel Bondaruk afirmou que, com os registros dos acidentes sem vítimas pelo sistema on-line, houve economia significativa, pois foram evitados gastos com deslocamento até o local do acidente, tempo de permanência que chegava a duas horas por acidente, mão de obra, impressão e papel, dentre outros itens. “A economia foi de aproximadamente R$ 4 milhões”, estimou.
Os envolvidos devem efetuar o registro do acidente sem vítima pelo Bateu em até 188 dias após o ocorrido. O acompanhamento pode ser feito por e-mail e a impressão do boleto de cobrança pode ser feita pela internet. A taxa do Detran, estipulada por lei, para atendimento no local do acidente é de R$ 70,32 e para registro direto na unidade da Polícia Militar e via internet, sem a presença do policial, é de R$ 49,20.
“A implantação desse sistema trouxe mais facilidade até para fazermos o boletim de ocorrência. Antes, tínhamos que aguardar no local por horas um acidente sem vítima, sendo que hoje podemos registrar o acidente pelo Bateu em apenas alguns minutos, mas com a mesma qualidade de prestação de serviço que a PM faz no local e tendo o mesmo resultado”, afirma Sebastião Zerocinski, responsável pela Auto Viação São José Filial, que usa o sistema Bateu frequentemente.
CRIAÇÃO – Para sua criação, o Bateu contou com o auxílio da Celepar (Companhia de Informática do Paraná) e da Diretoria de Tecnologia e Qualidade da Polícia Militar, que criou um banco de dados consistente para que estatísticas claras de acidentes de trânsito fossem fornecidas para todo o estado. Também apoiaram o projeto o Detran/PR, o Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso (Sindcor), Sindicato dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro do Paraná (Sindiseg PR/MS)
CURITIBA – Em 2013, o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) realizou, até julho, em Curitiba, 426 operações de trânsito, emitiu 7.792 notificações de trânsito, recolheu 2.012 veículos e fiscalizou 14.816, além da prisão de 506 pessoas. Também foram registrados 413 atropelamentos, nos quais 405 envolvidos ficaram feridos e seis morreram.
Os cruzamentos com maior número de acidentes COM VÍTIMAS em Curitiba:
1º – Avenida Victor Ferreira do Amaral com BR-116 – sete acidentes
2º – Das Carmelitas com Desembargador Antônio de Paula – sete acidentes
3º – Izaac Ferreira da Cruz com Dilermando Pereira de Almeida – sete acidentes
Os cruzamentos com maior número de acidentes SEM VÍTIMAS em Curitiba:
1º – Avenida Victor Ferreira do Amaral com BR-116 – 21 acidentes
2º – Mariano Torres com Avenida Visconde de Guarapuava – 13 acidentes
3º – Avenida Juscelino Kubitshek de Oliveira com Eduardo Sprada – 12 acidentes
BATEU/CURITIBA – Na capital do estado foram registrados 60.397 acidentes de trânsito (desde a implantação do sistema em 2012), sendo 20.684 atendimentos no local (com viatura), 15.023 diretamente na Central do BPTran (Secretaria) e 24.690 feitos pelo sistema online – Bateu. No ano de 2011 o atendimento direto na Central do BPTRan era de 71% e no local do acidente de 29%; já em 2012, com a implantação do Bateu, o número na secretaria caiu para 34% e o uso da internet subiu para 42%, ficando o atendimento no local do acidente com 24% dos registros.
Desde o início da sua utilização, o Bateu agilizou o processo dos registros de acidentes sem vítimas, tanto que de 1º de janeiro a 15 de agosto, deste ano o número de ocorrências efetuadas através do sistema subiu para 57%, ficando o atendimento na secretaria com 19%; já no local, manteve-se os 24%.
Traduzindo isso em números, em todo o ano de 2012, somente na capital do estado, o BPTran registrou, via Bateu, 13.352 acidentes sem vítimas, passando em 2013 (até 15 de agosto) para 11.316 registros, quase o total do ano anterior. Neste ano (2013) foram registrados 19.729 acidentes no total, sendo 4.652 acidentes atendidos no local, dos quais 3.385 com vítimas e 1.267 sem vítimas, sendo que 4.042 pessoas envolvidas ficaram feridas e 37 entraram em óbito. Também foram registrados 3.761 acidentes (com e sem vítimas) diretamente na secretaria do BPTran.
BATEU/PARANÁ – Em todo o estado o Bateu registrou 92.609 ocorrências de trânsito (desde a implantação do sistema em 2012), das quais 32.524 foram atendidas no local (com viatura), 23.515 efetuados diretamente na Central do BPTran (Secretaria) e 36.570 feitos pelo sistema online – BATEU. O BPTran atendeu, no ano de 2011, 8.509 acidentes no local (com e sem vítimas), sendo em 2012 registrados 8.720 e em 2013 ( de janeiro a 15 de agosto) 15.295.
Neste ano, o total de acidente atendidos até agora foi de 47.977, sendo que dos acidentes atendidos no local, 14.377 dos envolvidos ficaram feridos e 125 entraram em óbito. Também foram registrados 10.080 acidentes (com e sem vítimas), em 2013, diretamente na secretaria do BPTran. Através do Bateu foram 22.602 registros, sendo que em 2011 foram 22 (isso porque o sistema estava operando apenas em teste).