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O Governo do Paraná pretende estender a mais gente os benefícios do programa social Luz Fraterna, que isenta do pagamento da conta de luz as famílias de baixa renda cujo consumo no mês não ultrapasse um determinado limite – que atualmente é de 100 kWh (quilowatts-hora). Para tanto, o governador Orlando Pessuti encaminhou em julho, para apreciação da Assembléia Legislativa, mensagem propondo alterar a Lei 14.087/2003, que instituiu o programa, ampliando em 50% o limite e fixando-o em 150 kWh mês.
Caso venha a ser aprovada, a medida resultará na extensão do benefício do Luz Fraterna para cerca de 80 mil famílias de baixa renda, aproximadamente, aumentando para mais de 300 mil o número de famílias contempladas todos os meses com a isenção do pagamento – nessa situação, o Estado é quem paga a conta de luz no lugar dessas famílias. “É uma ação social das mais importantes porque garante às famílias que são mais necessitadas um serviço elétrico de qualidade, que traz consigo o conforto de um banho quente, o cuidado com a saúde pela adequada conservação dos alimentos e do acesso à informação, cultura e lazer”, disse o governador.
NOVO PROGRAMA – Ao mesmo tempo, o governador adiantou a intenção de instituir um novo programa, o Energia Solidária, que estenderá os mesmos benefícios do Luz Fraterna a famílias de baixa renda que utilizem em casa equipamentos de sobrevivência, como respiradores, por exemplo. “Essas famílias, que se obrigam a usar de forma contínua aparelhos muitas vezes de consumo elevado, também serão incluídas no Luz Fraterna e receberão do Estado uma atenção especial”, salientou o governador.
As novidades foram relatadas durante a reunião semanal da Escola de Governo desta terça-feira (dia 28) em Curitiba, durante a apresentação do presidente da Copel, Ronald Ravedutti, que fez um relato das principais atividades e realizações da companhia nos últimos meses.
Entre os trabalhos mais importantes desenvolvidos pela empresa nesse período estão os estudos para estender a todos os produtores rurais – independentemente da atividade à qual se dediquem – as tarifas reduzidas para a eletricidade utilizada no período entre 21 horas e 6h30 da manhã. “Essa facilidade já existe para quem consome eletricidade acionando sistemas de irrigação, para os avicultores e para os suinocultores”, detalhou Ronald Ravedutti. “Em breve, o Conselho de Administração da Copel estará reunido para apreciar a mensagem do governador Pessuti, propondo que os mesmos descontos sejam estendidos a todos os produtores rurais, inclusive àqueles atendidos pelas cooperativas de eletrificação rural”.
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Copel vai levar energia por cabo à
comunidades isoladas do Litoral
As comunidades isoladas de Bertioga, Puruquara, Tibicanga e Guapicum, no litoral norte do Paraná, situadas em áreas de preservação ambiental do município de Guaraqueçaba e em ilhas da baía de Paranaguá, serão em breve incorporadas ao sistema regular de distribuição de energia elétrica da Copel, que deverá investir cerca de R$ 20 milhões no projeto.
A companhia está ultimando o lançamento de licitação pública para a compra de cabos condutores subaquáticos com núcleo de fibras ópticas, que levarão energia elétrica – com a mesma qualidade e confiabilidade colocadas à disposição dos consumidores instalados no restante do Paraná – a um total de 460 propriedades. Serão ligadas 397 residências, dez escolas e 18 centros comunitários, além de 35 outras unidades consumidoras com diferentes atividades.
Em localidades onde não for possível estender as redes convencionais de distribuição de energia elétrica, a Copel pretende instalar para uso dos moradores sistemas de painéis fotovoltaicos, que convertem a energia solar em eletricidade que é armazenada em baterias.
Para o governador Orlando Pessuti, essa iniciativa é uma ação de justiça social “Não faz muito sentido irmos aos Estados Unidos acompanhar as justas homenagens da Bolsa de Nova York à Copel e, depois, irmos ao nosso litoral e encontrar casas ainda sem o serviço de energia elétrica”, anotou. “Nosso trabalho não estaria completo dessa maneira”.