

Na noite do último sábado, 7 de junho de 2025, uma jovem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Tupi, em Cambé, apresentando dores intensas. Segundo informações repassadas pela Polícia Militar, a paciente teria ingerido medicamentos com o intuito de interromper a gravidez.
Durante o atendimento emergencial, a mulher entrou em trabalho de parto e a criança chegou a nascer com sinais vitais. A equipe médica da unidade tentou reanimar o bebê, mas, infelizmente, ele não resistiu e veio a óbito.
De acordo com o tenente Moreira, da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar, a corporação foi acionada via 190 e deslocou equipes até o local para prestar apoio e registrar a ocorrência. As informações iniciais colhidas no local apontam que a jovem teria feito uso de substâncias abortivas, mas as circunstâncias exatas que motivaram a situação ainda estão sendo investigadas.
O caso está sendo tratado, preliminarmente, como aborto provocado, conforme previsto no Código Penal Brasileiro, e a paciente foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Cambé para prestar esclarecimentos. Caberá à Polícia Civil e ao Ministério Público analisar os fatos e definir eventuais responsabilizações jurídicas, com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos.
A situação chama atenção para a necessidade de um debate mais amplo envolvendo políticas públicas de acolhimento, assistência social e apoio psicológico para mulheres em situação de vulnerabilidade. O episódio também levanta questões sobre o acesso à informação, à saúde reprodutiva e à prevenção de práticas inseguras que colocam em risco vidas maternas e infantis.
O Portal Cambé seguirá acompanhando o andamento da apuração do caso, e, em breve, trará matérias complementares com profissionais da área da saúde e psicologia, visando orientar a população sobre sinais de sofrimento emocional, gatilhos e formas de acolher e auxiliar pessoas que enfrentam situações extremas.