Escute a noticia. Clique no Player acima!
O advogado Samir Badra Dib, de Rondonópolis (MT), a 219 quilômetros de Cuiabá, conseguiu na Justiça o direito de receber de volta mais de R$ 100 mil que havia investido para se tornar divulgador da Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.). A empresa foi proibida de operar desde o fim de junho, pela Justiça do Acre, por acusação de praticar pirâmide financeira.
A decisão favorável a Dib é de 19 de julho, e foi assinada pela juíza Milena Aparecida Pereira Beltramini, da Terceira Vara Cível de Rondonópolis (MT). A empresa ainda pode recorrer, e a Justiça do Acre também precisa aprovar essa nova decisão.
Esse é o primeiro caso de um participante do negócio que conseguiu recuperar o investimento após o bloqueio de bens da TelexFree pela Justiça.
Dib aderiu à empresa na manhã de 19 de junho, com aporte de R$ 101.574. “Achei um bom investimento, acabei entrando como divulgador também”, conta. Naquele mesmo dia, à tarde, a Justiça do Acre suspendeu as operações da empresa e bloqueou novas adesões, alegando haver indícios de pirâmide.
De acordo com o contrato, Dib teria sete dias para se arrepender do negócio e solicitar reembolso do valor investido. Porém, com o bloqueio das operações da Telexfree, ele afirma que não conseguiu mais contato com a empresa.
‘É um descaso com o divulgador da Telexfree’
Ao perceber que havia perdido o dinheiro e não tinha a quem recorrer, Dib decidiu entrar com uma ação na Justiça para exigir seu dinheiro de volta. “Vi que não havia interesse da empresa em saldar seu compromisso com os seus divulgadores. É um descaso com o divulgador da Telexfree”, diz. “Decidi entrar com ação na Justiça. O Direito não socorre quem dorme.”
De acordo com a última decisão, a TelexFree tem dez dias para devolver a quantia investida, a partir do dia da decisão judicial. Em caso de atraso, há multa diária de R$ 1.000. O dinheiro deverá ser transferido para uma conta da Justiça de Mato Grosso, onde vai ficar até o processo terminar.
Procurado por telefone pelo, o advogado da Telexfree informou que ainda não foi notificado oficialmente e, portanto, não tem como se pronunciar sobre o caso.