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quinta-feira, dezembro 19, 2024

Contrato de Loteria em Paraná Suscita Suspeitas de Direcionamento a Empresários Doadores da Campanha de Ratinho Jr.

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Um contrato de R$ 167 milhões para operacionalizar pagamentos da loteria criada pelo governo do Paraná está no centro de uma controvérsia que envolve empresários doadores da campanha de reeleição do governador Ratinho Jr. (PSD). Empresários ligados ao grupo PayBrokers, vencedor da licitação, doaram um total de R$ 400 mil para a campanha de Ratinho Jr., levantando suspeitas de direcionamento no processo de contratação, de acordo com técnicos do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR).

O grupo PayBrokers, especializado em ferramentas de pagamento, ganhou a licitação em março para operacionalizar os pagamentos da Loteria do Estado do Paraná (Lottopar). A empresa tem como principais acionistas a família Lenzi, que possui ligações no mercado de jogos e apostas.

Pelo menos quatro pessoas ligadas ao grupo PayBrokers fizeram doações à campanha de Ratinho Jr., alegando motivações de “convicção político-partidária”. Um ex-servidor que ocupava um cargo de comando na secretaria responsável pela criação da loteria também está envolvido. Henrique de Oliveira Moreira, atualmente sócio e diretor-financeiro do PayBrokers, ingressou na empresa após deixar o governo. Ele também é casado com a filha do presidente do TCE-PR.

O TCE-PR emitiu um relatório apontando indícios de direcionamento na licitação e defendendo a suspensão do contrato. Técnicos destacaram a escolha em regime de urgência do modelo de pagamentos antes mesmo da conclusão da licitação para a concessão dos serviços lotéricos.

Tanto o governo do Paraná quanto o grupo PayBrokers negaram irregularidades. O governo indicou a Lottopar para responder às suspeitas, e a entidade afirmou que a escolha do consórcio com três empresas tem como objetivo entregar o melhor projeto para o estado. O PayBrokers alegou que não houve direcionamento na licitação e que atendeu aos requisitos estipulados.

O envolvimento do ex-servidor no processo, sua rápida transição para o setor privado e as conexões familiares levantaram preocupações sobre um possível conflito de interesses. O TCE-PR apontou falhas na pesquisa de orçamentos e restrições à competição no processo de licitação, o que levanta preocupações sobre superfaturamento e enriquecimento indevido da contratada.

Apesar das suspeitas e das recomendações dos técnicos do TCE-PR, até o momento o Tribunal de Contas não tomou providências concretas em relação à licitação. O caso coloca em destaque a necessidade de transparência e lisura nos processos de contratação pública e suscita questionamentos sobre a influência das doações de campanha na concessão de contratos governamentais.

Não houve qualquer direcionamento em relação ao certame objeto da pergunta, muito pelo contrário. Uma vez publicado o edital para o Pregão Eletrônico nº 2306/2022, a PayBrokers teve que diligenciar contra o tempo para encontrar um parceiro internacional apto a cumprir os requisitos estipulados e assim estar apta a participar do procedimento.Grupo PayBrokers, por meio de nota

O fato de determinada empresa ter software com especificações muito próximas às do edital provavelmente ocorrerá por uma das seguintes hipóteses: sorte ou direcionamento licitatório. Relatório do TCE-PR

Doações de campanha

O trânsito político de Moreira somou-se às doações que ele e seus sócios no PayBrokers fizeram à campanha de Ratinho Jr.. Ao todo, foram R$ 400 mil para financiar a reeleição do governador.

Henrique Moreira doou R$ 15 mil

Edson Antonio Lenzi Filho, líder do PayBrokers, desembolsou R$ 115 mil

Edgar Lenzi, sócio e irmão de Edson, destinou R$ 180 mil.

Daniele Fernanda Sanson Lenzi, esposa de Edgar, transferiu R$ 90 mil

As doações dos sócios da PayBrokers foram feitas para o diretório estadual do PSD, partido de Ratinho Jr., que as repassou imediatamente para o então candidato. Esse expediente faz com que as contribuições não apareçam diretamente relacionadas ao governador do PR.

Edson Lenzi negou, por meio da assessoria do grupo empresarial, que Moreira tenha influenciado em suas doações.

Edson fez a doação por convicção político-partidária, obedecendo às normas eleitorais. Edson já fez doações em outras campanhas pela mesma razão. Resposta do grupo PayBrokers

Moreira também disse ter feito a doação por “convicção política” após ser convidado para três jantares de arrecadação partidária.

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