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O fortalecimento na logística e a ampliação do perfil econômico do porto fizeram com que Paranaguá passasse de 4.º maior exportador de carnes congeladas (frango, bovino e suíno), em 2003, para a liderança no ranking nacional, este ano. “Somos responsáveis por 31% da exportação nacional de congelados, enquanto as movimentações em Itajaí representam 28% do total e as de Santos, 23%”, compara o diretor empresarial da Appa, João Batista Lopes.
O porto paranaense responde por 37% de todo o frango congelado exportado pelo Brasil, em 2010. No primeiro semestre do ano, foram movimentadas 606.778 toneladas do produto pelo terminal paranaense. Em todo o País, foram comercializados cerca de 1,6 milhões de toneladas de carne de frango, no período. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e fazem parte do levantamento da divisão empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Paranaguá lidera o ranking nacional de exportação da carne de frango congelada, a frente do porto de Itajaí, em Santa Catarina, que movimentou pouco mais de 523 mil toneladas de carne de frango, no período. O terminal de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, participou com 217 mil toneladas, o de Santos, em São Paulo, com 207 mil toneladas; e o porto catarinense de São Francisco do Sul atendeu 41 mil toneladas.
Segundo o MDIC, o comércio internacional de frango congelado gerou, neste primeiro semestre, receita cambial de mais de US$ 2,6 bilhões para o Brasil. O Paraná registrou receita de US$ 986 milhões. Os principais destinos da carga movimentada pelo Estado foram Arábia Saudita, Hong Kong, Japão, Emirados Árabes e Kuwait.
Para Linda Machado, diretora comercial da empresa Standard Logística, maior operadora logística frigorificada do Brasil, as maiores vantagens do porto de Paranaguá, são a localização próxima ao polo produtor da Região Sul e o acesso via diferentes modais de transporte. “Juntos, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por mais de 40% das carnes de frango, suíno e bovino exportadas pelo País. Como Paranaguá tem conexões diretas com a ferrovia e também vias de acesso rodoviário, os custos para os exportadores são bem menores”, explica ela.
A expectativa da empresa é ampliar os negócios e crescer 49% até o final do ano. “Entre janeiro e julho, investimos cerca de R$ 42 milhões, sendo a maior parte destinada à construção de uma Unidade de Armazenagem, na cidade de Cambé, no Norte do Paraná. Nosso objetivo é atender, não só a demanda da Região Sul, mas também de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, conta Linda.
CORREDOR – Entre os principais diferenciais para o aumento na exportação de frango congelado via Paraná, está o modelo adotado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em 2008. O Corredor de Congelados de Paranaguá é uma parceria entre Appa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e iniciativa privada.
O complexo conta com seis berços de atracação dedicados à operação de congelados (quatro em Paranaguá e dois em Antonina), pátio de armazenagem de contêineres em zona primária, com 370 mil metros quadrados, capacidade de armazenagem frigorífica para 58 mil toneladas e ramal ferroviário em zona primária, com operações diárias. “O corredor oferece logística e armazenagem aos exportadores e, assim, garante volume de carga e interesse dos armadores em fazer escalas nos portos paranaenses”, destaca o superintendente da autarquia, Mario Lobo Filho.
“As janelas públicas de atracação também são apontadas como grandes vantagens, pois apresentam índices de cumprimento de quase 80%, resultando em baixo índice de cancelamentos de navios e redução no tempo de espera para atracação. Em junho deste ano, disponibilizamos mais duas janelas extras para a movimentação de contêineres”, completa ele.
Seis das principais empresas do ramo de congelados no Paraná atuam em parceria com o Corredor de Exportação, são eles: Terminal Ponta do Félix, Martini Meat, Standard Logística, América Latina Logística (ALL), Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) e Wilson, Son